Ressentimento em relação a relatório da Amnistia Internacional | Ramos-Horta
>> 20090828
Totalmente de acordo! Força Timor-Leste e IV Governo!
Ramos-Horta reafirma recusa a um Tribunal Criminal para os crimes cometidos em Timor-Leste
"O Presidente timorense, José Ramos-Horta, manifestou-se ressentido com um comunicado da Amnistia Internacional a solicitar que o Conselho de Segurança das Nações Unidas estabeleça um Tribunal Criminal com jurisdição sobre todas as graves violações aos direitos humanos cometidas por altura do referendo em que, há 10 anos, a população de Timor-Leste optou pela independência.
"Na devida altura, os indonésios, com a sua própria agenda, julgarão eventualmente os que na Indonésia são responsáveis por crimes cometidos na Indonésia, em Aceh, em Irian e em Timor-Leste", disse o chefe de Estado, hoje citado pela Radio Australia.
Na linha do que muitas vezes já afirmou, Ramos-Horta disse agora, uma vez mais, que não apoia nenhuma investigação internacional ao que se passou no seu país.
"Os indonésios fizeram um tremendo progresso nos últimos dez anos, afastando-se da ditadura e da impunidade para uma democracia mais robusta", disse ainda o Presidente, citado desta vez por outro órgão australiano, o ABC Online.
"Se fossem comigo, por todo o país, como o tenho feito durante tantos, tantos meses, ao encontro das pessoas de pé descalço de todo o país, milhares delas, nem uma só, nem uma, levantou os assuntos de 1999, nem uma só falou de se julgar os indonésios", insistiu José Ramos-Horta.
"Tudo o que me perguntam, a toda a hora, é quando é que vão ter electricidade, quanto é que vão ter uma rede telefónica", afirmou o Presidente, segundo o qual existe apenas um pequeno número de activistas dos direitos humanos que pede um tribunal internacional para julgar as atrocidades que foram cometidas antes de Timor-Leste ter conseguido garantir a sua independência.
Dentro do espírito de boa vizinhança actualmente existente entre Jacarta e Díli, o ministro indonésio dos Negócios Estrangeiros, Hassan Wirajuda, é aguardado em Timor-Leste no dia 30 de Agosto, para as cerimónias do décimo aniversário do referendo, quando a maioria da população votou a favor da independência." (Público.pt)
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