NINO KONIS SANTANA

>> 20080312

Herói da Luta pela Independência de Timor morreu há 10 anos

Nino Konis Santana (1957-1998) foi comandante das FALINTIL, forças de guerrilha que lutaram contra a invasão da Indonésia e pela independência de Timor-Leste.

Nino Konis Santana nasceu em 1957 na aldeia de Veru, subdistrito de Tutuala, perto de Lospalos, distrito de Lautém, sendo baptizado com o nome de Antoninho Santana. Enquanto jovem, Nino foi dirigente da UNETIM (União Nacional dos Estudantes Timorenses). Foi membro da comissão que preparou o processo eleitoral em Lospalos em 1974 e foi professor, na mesma localidade, até à invasão indonésia de Dezembro de 1975.

Após a invasão e a ocupação indonésia, Konis Santana buscou refúgio nas montanhas e ingressou na luta armada, na Região Militar de Lospalos.

Em 1981 foi nomeado membro do grupo de ligação liderado por Xanana Gusmão. No início de 1992, após a captura de José da Costa, aliás "Mau Hodu Ran Kadalak", passou a adido político de Xanana Gusmão. Com a prisão de Xanana em Novembro de 1992, Konis Santana foi nomeado membro do Comité Político-Militar liderado por António João Gomes da Costa, conhecido pelo nome de guerra "Ma'Hunu", que acabou também por ser capturado pelas forças indonésias no ano seguinte em Manufahi.

Nino Konis Santana ascendeu, então, a comandante operacional das FALINTIL tendo reorganizado a resistência com o estabelecimento do Conselho Executivo da Luta Armada e da Frente Clandestina, coordenando toda a actividade da resistência dentro do território. Nino Konis Santana foi ainda Secretário do Comité Directivo da FRETILIN.

Com o objectivo de levar a guerra à parte ocidental da ilha, Konis Santana fixou-se em Ermera em 1991, com a ajuda de familiares que viviam na zona, construiu um pequeno oratório dedicada a Nossa Senhora de Fátima. Por baixo, ficava um esconderijo que incluía uma pequena sala, um quarto de dormir e um quarto de banho, onde Konis viveu os últimos seis anos da sua vida.

Apesar da presença constante do exército indonésio nas redondezas, o esconderijo nunca foi descoberto. Konis acabou por falecer a 11 de Março de 1998 na sequência de complicações de saúde e da falta de assistência médica à altura. Com a sua morte a liderança da luta armada de Timor-Leste passou a ser assumida por Taur Matan Ruak, até à realização do referendo que decidiu a independência do território.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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