Apontamentos | Agricultura biológica em Timor-Leste
>> 20100530
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Página recomendada:
Páginas de Interesse da Rede de Agricultura Sustentável (http://www.agrisustentavel.com/links.htm)
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Quais os idiomas que se aprende na escola luxemburguesa? Tradução do francês.
Escola fundamental
No Ciclo 1 (idades 3-5 anos), a ênfase é colocada na aprendizagem do luxemburguês, a linguagem de comunicação deste ciclo. Em seguida, os ciclos de 2-4 (crianças de 6 a 11), a alfabetização é ensinado em alemão, para a língua de instrução em todas as seções, exceto o francês. A aprendizagem do francês começa na quinta trimestre do Ciclo 2.
Ensino secundário geral (12 anos de idade; classes Ist a VII):
Até a quinta classe (3º ano do ensino secundário), o idioma é o alemão para todas as seções, exceto para o francês e a matemática. O inglês é ensinado desde o ensino (ensino moderno), respectivamente, V (educação clássica, seção em latim). A partir da classe de quarta (4º ano do ensino secundário), todas as seções são ensinadas em francês, exceto cursos de alemão e inglês, onde o idioma é usado. De classe III (5º ano do ensino secundário), os alunos podem acrescentar uma quarta língua estrangeira: italiano, espanhol ou português.
Ensino secundário técnico (12 anos de idade; classes 7 a 13):
Nas classes inferiores, o ensino da língua é o alemão. Há aulas especiais, onde a língua é o francês. O inglês é ensinado a partir de 8 de classe.
Luís Filipe Vieira e Nuno Gomes seguem com digressão em Timor-Leste. Depois dos encontros com o presidente Ramos Horta e com os soldados da GNR, em Dili, presidente e capitão do Benfica seguem em direcção às montanhas para se encontrarem com o primeiro-ministro Xanana Gusmão.
Bem-humorado, embora a exprimir-se num tom bastante baixo — as marcas do atentado que lhe ia custando a vida fazem-se ainda sentir —, o presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, explicou com uma blague a razão para ter esperado por Luís Filipe Vieira no aeroporto: «foi o presidente do Sporting que me pediu», afirmou com um sorriso nos lábios. Mas a conversa, embora breve (será retomada hoje ao jantar), entre os dois homens, abordou outros temas, passando pelo atentado de há dois anos, prosseguindo com o papel das Nações Unidas e terminando com a esperança de que a visita de Luís Filipe Vieira a Timor possa desenvolver o desporto no país.
Ramos Horta teve estas palavras para o presidente do Benfica, mas não esqueceu Nuno Gomes: «a sua vinda vai inspirar muitas pessoas.» Antes, tinha-se mostrado surpreendido com o ar desenvolto de Luís Filipe Vieira, que se confessou emocionado por partilhar o palco com o Prémio Nobel da Paz. «Você está muito bem conservado, pela TV pensei que era mais velho», disse o presidente timorense. Sempre de salenda de tais (o cachecol maubere...) ao pescoço, Vieira e Nuno Gomes estiveram, ao longo do dia, ao nível da simpatia timorense. E às seis da manhã de domingo em Timor (dez da noite de sábado em Portugal) já estarão a alinhar em nova e difícil etapa...
Xanana na montanha
Xanana Gusmão, líder histórico da resistência, primeiro presidente da República de Timor-Leste e actual chefe do Governo, é o responsável da estadia de Luís Filipe Vieira e Nuno Gomes nos antípodas. Foi a um convite deste benfiquista de gema que o presidente encarnado não quis dizer não e é esta figurada história que vai levar a comitiva da Luz a fazer duzentos quilómetros numa estrada de montanha cheia de curvas e contracurvas [vide fotografia, em baixo`], a que os locais chamam de super-ming, em honra de uma massa muito em voga cheia de voltas.
Read more...De Díli a Maubisse a viagem é agreste mas o prémio é bom. Estar com Xanana e, acima de tudo, corresponder ao apelo feito pelo primeiro-ministro de Timor no sentido do Benfica ajudar o desenvolvimento do desporto local, é um desejo de Vieira que não esquece que, por exemplo, quando a australiana Kirsty Sword Gusmão, mulher de Xanana, esteve há menos de um ano em Lisboa, uma das missões que o marido lhe confiara — e que ela cumpriu a rigor — foi a de fazer os três filhos do casal sócios do Benfica." (Fonte: A Bola online )
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A situação com respeito a línguas em Timor Leste é como o elefante nesta história.
Era uma vez seis cegos à beira de uma estrada. Um dia, lá do fundo de sua escuridão, eles ouviram um alvoroço e perguntaram o que era.
Era um elefante passando e a multidão tumultuada atrás dele Os cegos não sabiam o que era um elefante e quiseram conhecê-lo.
Então o guia parou o animal e os cegos começaram a examiná-lo:
Apalparam, apalparam...Terminado o exame, os cegos começaram a conversar:
— Puxa! Que animal esquisito! Parece uma coluna coberta de pêlos!
— Você está doido? Coluna que nada! Elefante é um enorme abano, isto sim!
— Qual abano, colega! Você parece cego! Elefante é uma espada que quase me feriu!
— Nada de espada e nem de abano, nem de coluna. Elefante é uma corda, eu até puxei.
— De jeito nenhum! Elefante é uma enorme serpente que se enrola.
— Mas quanta invencionice! Então eu não vi bem? Elefante é uma grande montanha que se mexe.
E lá ficaram os seis cegos, à beira da estrada, discutindo partes do elefante. O tom da discussão foi crescendo, até que começaram a brigar, com tanta eficiência quanto quem não enxerga pode brigar, cada um querendo convencer os outros que sua percepção era a correta. Bem, um não participou da briga, porque estava imaginando se podia registrar os direitos da descoberta e calculando quanto podia ganhar com aquilo.
A certa altura, um dos cegos levou uma pancada na cabeça, a lente dos seus óculos escuros se quebrou ferindo seu olho esquerdo e, por algum desses mistérios da vida, ele recuperou a visão daquele olho. E vendo, olhou, e olhando, viu o elefante, compreendendo imediatamente tudo.
Dirigiu-se então aos outros para explicar que estavam errados, ele estava vendo e sabia como era o elefante. Buscou as melhores palavras que pudessem descrever o que vira, mas eles não acreditaram, e acabaram unidos para debochar e rir dele.
Morais da história:
Em terra de cego, quem tem um olho anda vendo coisas.
Quando algo é tido como verdade, o que é diferente parece mentira.
Problemas comuns unem.
Se você for falar sobre um bicho para uma pessoa que nunca viu um, melhor fazer com que ela o veja primeiro.
A «Peregrinação de Enmanuel Jhesus» pretende ser um olhar tão distanciado sobre o que se passou na antiga colónia portuguesa que o autor não incluiu nenhum português no grupo de narradores, onde se destacam um militar e um padre indonésios e um timorense funcionário da administração de Jacarta colaborador da resistência de Timor-Leste.
«Distância intelectual» foi o objetivo desta opção, disse o escritor à agência Lusa, reconhecendo que escreveu um «'livrito' sobre Portugal», com «alguma coisa a dever» aos filósofos e pensadores José Gil e Eduardo Lourenço ou a Luís Filipe Thomaz, um dos maiores especialistas na história timorense.
Passo a citar:
"Caros amigos,
Chamo a vossa atenção para a carta de resposta ao artigo publicado no passado dia 3 de Maio na PNN, intitulado Timor-Leste: a língua portuguesa em dúvida.
Isabel Feijó"
Exmo Senhor Director PNN,
Tomo a liberdade para chamar a vossa atenção para um texto em anexo que pretende esclarecer algumas inverdades e afirmações abusivas contidas no vosso artigo Timor-Leste: a língua portuguesa em dúvida, publicado no passado dia 3 de Maio. Se for possível agradeço que este esclarecimento seja divulgado da mesma forma que o artigo que lhe deu origem.
Esta mensagem segue com cópia para a Sra. D. Kirsty Sword Gusmão, uma vez que a sua pessoa é visada no vosso artigo e no meu texto de resposta e esclarecimento.
Sou cidadã portuguesa, intérprete de conferência. Fui responsável por um projecto de formação de tradutores e de intérpretes para as instituições da Justiça em Timor-Leste em 2004-2005 e membro de uma missão PNUD de avaliação da situação linguística e das necessidades de tradução e interpretação na Administração Pública de Timor-Leste, Outubro-Dezembro de 2008. Acompanho diariamente a situação em Timor-Leste através do vosso site, bem como de outras publicações online, diversos blogs e contactos pessoais.
Exmo. Senhor Director,
A Portuguese News Network (PNN) publicou no passado dia 3 de Maio, um artigo intitulado Timor-Leste: a língua portuguesa em dúvida onde se afirma que a manutenção do português como língua oficial de Timor-Leste tem vindo a ser questionada nos últimos meses. O artigo contém uma série de afirmações não fundamentadas, erros e imprecisões que podem criar nos leitores menos conhecedores da realidade leste-timorense a impressão de que existe um qualquer movimento recente contra a língua portuguesa.Apresentam-se de seguida algumas correcções e esclarecimentos relativamente ao texto publicado:
1.
Dizer que a manutenção do português como língua oficial de Timor-Leste tem vindo a ser questionada “nos últimos meses” por “várias vozes” é incorrecto. Não houve, em meses recentes, declarações nesse sentido por figuras da sociedade timorense.Houve, isso sim, declarações de algumas figuras públicas timorenses a favor de uma maior utilização da língua tétum, língua nacional e co-oficial de Timor-Leste. Foi o caso, nomeadamente, do CEMGFA Taur Matan Ruak, que se referiu especificamente à situação nos tribunais e do Ministro da Educação João Câncio, que falava na cerimónia de lançamento de um grupo de trabalho criado no âmbito da Comissão Nacional da Educação para a elaboração de uma política linguística para o sector do ensinoO Major-General Ruak fez eco de preocupações sobre a situação linguística no sector da justiça de Timor-Leste que são partilhadas por diversos especialistas e observadores. Essas preocupações relacionam-se com a necessidade de garantir um mais fácil acesso dos cidadãos às leis e à justiça através do recurso ao tétum e outras línguas nacionais e têm sido referidas ao longo dos anos em diversos relatórios sobre o sector. Ainda recentemente, tais preocupações foram reiteradas no relatório de uma comissão independente mandatada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para analisar o sector da justiça, presidida por um juiz luso-americano e que incluía uma juíza portuguesa e formadora no Centro de Estudos Judiciários.O Ministro da Educação João Câncio, nas suas declarações públicas, reafirmou princípios que constam do documento orientador da política educativa de Timor-Leste em vigor desde Outubro de 2008 (Lei nº 14/2008 de 29 de Outubro, a Lei de Bases da Educação) onde se afirma que o português e o tétum são as línguas de ensino do sistema educativo (artigo 8º).
2.
Também não é correcto dizer que o o Representante Especial Adjunto do Secretário-Geral da ONU em Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, “questionou, de forma aberta, o uso da língua portuguesa em Timor-Leste” numa conferência internacional em Díli. O Sr. Reske-Nielsen, que falava em nome das agências, fundos e programas das Nações Unidas na conferência dos parceiros de desenvolvimento de Timor-Leste, afirmou que as questões linguísticas são essenciais para a construção de uma nação e a sua estabilidade a longo prazo e que esperava que as disposições constitucionais se traduzissem em breve numa política linguística a médio- e longo-prazo. Acrescentou que se tratava de uma questão importante que cabia unicamente aos Timorenses resolver, manifestando a disponibilidade das entidades que representa para operacionalizar e implementar qualquer política que fosse adoptada.
3.
Quanto à Sra. Kirsty Sword-Gusmão, é igualmente incorrecto afirmar que “tem usado como estratégia para a defesa do Tétum o ataque à língua lusa”, uma estratégia que o autor do artigo qualifica de “perigosa”.
Em primeiro lugar, porque o articulista lhe atribui pessoalmente uma “estratégia” que, a existir, seria partilhada pelos demais membros do Conselho Nacional da Educação (CNE), órgão consultivo do Ministro da Educação. Com efeito, a iniciativa atrás referida de criação de um grupo de trabalho para a definição de uma política linguística para o sistema de ensino é uma iniciativa da CNE, e o grupo de trabalho agora constituído inclui representantes do ministério, sociedade civil, instituições ligadas ao ensino, Igreja Católica, etc.Depois, porque sugere a existência de uma “estratégia” quando, na verdade, o objectivo do grupo de trabalho é precisamente discutir e delinear uma estratégia que permita melhorar o desempenho escolar das crianças.Em seguida, porque a atitude da Sra. Sword-Gusmão não é de “defesa” da língua tétum que, quer se queira quer não, é crescentemente utilizada na sociedade timorense desde que o país se tornou independente, mas de “promoção” da sua utilização correcta, nomeadamente recorrendo ao padrão ortográfico conhecido como tetun ofisiál que foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Linguística com o contributo fundamental do Prof. Geoffrey Hull.E ainda, porque não são conhecidas afirmações públicas da Sra. Sword-Gusmão de “ataque à língua portuguesa”, nem o autor do artigo apresenta quaisquer citações que sustentem tal afirmação.Finalmente, porque para quem conhece a língua tétum e a fala fluentemente, como é o caso da Sra. Sword-Gusmão, não faz qualquer sentido defender o tétum atacando o português.
Com efeito, Timor representa um caso único no contexto dos territórios colonizados por Portugal. Ao contrário das restantes colónias, onde nenhuma língua indígena conseguiu disseminar-se por todo o território, as características específicas da colonização em Timor fizeram com que fosse uma língua local, e não uma variedade de português, a transformar-se numa quase língua franca.
Essa quase língua franca foi o tétum-praça, variedade do tétum que nasceu do contacto entre as formas pré-existentes de tétum e a língua portuguesa, da qual assimilou um vocabulário muito significativo bem como formas e estruturas gramaticais. O actualmente designado “tétum oficial”, cuja ortografia e gramática foram fixadas pelo INL, inspira-se numa variante (acrolectal) do tétum-praça, enriquecida com sons, formas gramaticais e vocabulário das formas indígenas do tétum e do português, a que recorre para novos vocábulos e formas. Ao fazê-lo, o INL mantém-se fiel à génese e natureza do tétum-praça, consciente de que a associação renovada de ambas as línguas será positiva e frutífera, tanto no que se refere ao seu desenvolvimento como à sua aprendizagem.
Em Timor-Leste é pois pertinente falar de um “binómio tétum-português”, reflexo da cultura híbrida leste-timorense, onde se misturam elementos indígenas e latinos numa síntese que é elemento essencial da identidade de Timor-Leste. Assim sendo, a língua tétum, na sua variante praça ou oficial pode, com propriedade, ser considerada também “património da lusofonia”, pelo que não faz sentido dizer de alguém que a conhece e fala fluentemente que “para a defesa do Tétum [promove] o ataque à língua lusa”.
4.
Tendo em conta o que atrás ficou dito, torna-se difícil sustentar a existência, por parte das figuras nomeadas no artigo e, em particular, da Sra. Sword-Gusmão, de um plano de “abolição da língua portuguesa e de defesa do inglês e do bahasa indonésio”. Um plano que, como defende o articulista, “sob o véu de uma estratégia para a educação” configuraria um “ataque” ao português destinado a conseguir seu “afastamento” do tétum, resultando na “vulnerabilidade” deste e podendo mesmo “abrir as portas à implosão de todo o esforço de preservação da herança cultural e histórica”.
É inegável que o grupo de trabalho atrás referido tem pela frente uma tarefa complexa e terá de lidar com uma questão delicada, o recurso às línguas maternas na fase inicial do processo de escolarização. No entanto, e ao contrário do que afirma o autor do artigo, a diversidade linguística de Timor-Leste é considerada uma parte essencial da “herança cultural e histórica” do país e não um fenómeno que “subsiste” ou que se pode “agravar ainda mais”.
_______________A concluir
Do que acima ficou escrito pode-se concluir que as “várias vozes” que recentemente se manifestaram sobre questões linguísticas em Timor-Leste o fizeram sobre problemas muito reais e sérios que afectam a sociedade leste-timorense (no sector da justiça, no sistema de ensino), e que preocupam não apenas os responsáveis do país mas também a comunidade internacional.Em momento algum, porém, qualquer das figuras públicas mencionadas no artigo da PNN se referiu ou pôs em causa a opção constitucional de Timor-Leste por duas línguas oficiais – o português e o tétum.Dito isto, a questão do português em Timor-Leste, seja qual for o modo como for apresentada – reintrodução, consolidação, manutenção – é suficientemente importante para merecer um tratamento ponderado e rigoroso. Nesse sentido, sugere-se à PNN, enquanto agência noticiosa independente, generalista, e de difusão global em língua portuguesa, a realização de um trabalho de investigação jornalística sério e imparcial acerca da situação das línguas em Timor-Leste.
Read more...Isabel Feijó
Cidadã portuguesa, intérprete de conferência, responsável por um projecto de formação de tradutores e de intérpretes para as instituições da Justiça em Timor-Leste em 2004-2005, membro de uma missão PNUD de avaliação da situação linguística e das necessidades de tradução e interpretação na Administração Pública de Timor-Leste, Outubro-Dezembro de 2008.
Apenas as sonoridades se tornam desagradáveis. De resto, a natureza adapta-se e ... é amiga.
Consta que nos tempos de Guerrilha era frequente (e bem sucedido) pedir-se nevoeiro para que o inimigo não avistasse os nossos heróis. Parece que imóveis, se confundiam com árvores...
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