Estudantes no estrangeiro são os "novos heróis" do país

>> 20091208


O secretário de Estado e porta-voz do Governo de Timor-Leste considerou hoje os jovens estudantes no estrangeiro como "os novos heróis", de quem se espera um forte contributo para o desenvolvimento do país e consolidação da democracia.

Ao participar esta tarde, em Coimbra, num conjunto de enventos culturais dedicados ao seu país, Ágio Pereira, secretário de Estado do Conselho de Ministros timorense, disse que a experiência destes jovens, de viver em democracias consolidadas como a portuguesa, será importante para a consolidação de um Estado soberado de direito democrático.

“O papel dos ‘novos heróis’ é essencial. Edificar um Estado de valores de democracia liberal é um desafio”, frisou, acrescentando que a vivência em democracia implica a “arte de concordar e de discordar”.

No entendimento de Ágio Pereira, o papel que Timor-Leste espera destes jovens, com as suas competências técnicas e vivências, não ofusca o contributo dos ‘antigos heróis’, daqueles que lutaram para alcançar a independência, assumida em 2002.

“O quão difícil é edificar um Estado a partir do zero. É preciso muita coragem e patriotismo, para regressar a Timor-Leste com muitas incertezas, mas é um acto sagrado que todo o timorense tem de assumir”, observou.

Para Ágio Pereira, regressar ao país “é apenas o primeiro passo”, mas “é com os ‘novos heróis’ que se ganham alicerces a longo prazo”.

“Quando olho para a Guiné-Bissau doi-me muito. Ainda está à procura do seu caminho”, observou, ao realçar que em Timor-Leste, apesar dos problemas vividos, tem sido possível encontrar vias para a democracia.

Élio Guterres, presidente da associação de estudantes timorenses em Coimbra, que afirmou o propósito de regressar a Timor-Leste no próximo ano após concluir o mestrado em Geologia do Petróleo, disse que os principais problemas com que se defrontam estão relacionados com o mau domínio da língua portuguesa.

Realçou que o problema está relacionado com o facto de só a partir de 1999 a língua portuguesa ser ensinada nas escolas timorenses, após o domínio indonésio.

A embaixadora de Timor-Leste em Portugal, Natália Carrascalão, disse que isso exige uma melhor preparação dos estudantes que vêm para o ensino superior em Portugal, o que já está a ser feito com a abertura de novas escolas portuguesas.

O programa cultural dedicado a Timor-Leste, além de um encontro entre responsáveis políticos e estudantes, compreendeu a inauguração de exposições de fotografia e uma “noite de música”.

1 comentários:

Margarida Azevedo quarta-feira, 9 de dezembro de 2009 às 03:04:00 WET  

Agio Pereira (sem acentos).
Hélio Guterres, com 'h'.

:/

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