Magistrados cabo-verdianos “fogem" para Timor-Leste
>> 20080701
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"(...) Enquanto o problema não se resolve, fontes ligadas ao Ministério da Justiça garantem-nos que Franklin Furtado deverá seguir as pisadas do seu ex-procurador-adjunto, José Landim - que não foi substituído, depois de ter renunciado ao cargo -, e o caminho de vários outros magistrados cabo-verdianos: emigrar para Timor-Leste, país independente desde 2002.
A passagem de Franklin Furtado pela PGR "não deixou marca nenhuma" e o "silêncio" do Ministério Público, na resolução de várias questões, consideradas "quentes" pelos dois maiores partidos, no espectro político cabo-verdiano, faz com que tanto o PAICV como o MpD estejam de acordo em relação à mudança encetada pelo Governo, na liderança daquela Instituição, considerada fundamental para um bom desempenho do sector da justiça.
Fuga de magistrados
Para além de José Landim, que ainda recentemente foi trabalhar naquele país asiático, a convite da ONU, outro ex-procurador, Arlindo Figueiredo Silva, aceitou também as condições que lhe foram propostas para trabalhar em Timor-leste.
Ambos vão encontrar os ex-colegas, Anildo Martins, Filismino Cardoso e Pedro Freire, que já aí se encontram há alguns anos a exercer altas funções, e por onde passaram os magistrados Óscar Gomes e Benfeito Mosso Ramos, antigo e actual Presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Cabo Verde.
Esta fuga de magistrados, competentes, considerados até profissionais com larga experiência na matéria, pode estar ligada à falta de melhores condições para o exercício da profissão em Cabo Verde - aqui leia-se falta de promoção e melhoria dos salários da classe -, ou mesmo de desilusão em relação ao exercício da profissão no nosso país.(...)" (Expresso das Ilhas)
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