"Report: East Timor women dying of unsafe abortions" | Actualização

>> 20090611




"O governo timorense devia promover o uso de contraceptivos e legalizar o aborto para evitar a morte de mulheres devido a complicações por abortos ilegais, recomenda um relatório de uma fundação de Timor-Leste divulgado quarta-feira.

"A experiência internacional indica que a criminalização do aborto torna-o perigoso e que é aconselhável em termos de saúde pública não criminalizar, mas regular o acabar com a gravidez", indica o relatório, financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a População.

O trabalho, realizado pela Fundação Alola (organização para os assuntos da mulher criada por Kirsty Sword-Gusmão, mulher do primeiro-ministro de Timor-Leste), foi divulgado uma semana depois de o Parlamento ter aprovado uma lei permitindo o aborto quando está em risco a saúde da mulher. Nos restantes casos, as mulheres que abortam podem ser condenadas a até três anos de prisão.

No país com uma população inferior a um milhão de pessoas, as mulheres têm em média sete filhos e tentam abortar com bebidas de ervas, batendo na barriga ou inserindo objectos pontiagudos, segundo o relatório, que cita centenas de entrevistas com mulheres, médicos, parteiras e estabelecimentos de saúde.

Explica que a falta de dados precisos sobre a saúde ou mortalidade materna e a clandestinidade que rodeia o aborto impedem que o relatório faça uma estimativa sobre o número de abortos.

O estudo indica, no entanto, que 40 por cento de todas as emergências obstétricas dizem respeito à gestão ou ao tratamento de complicações de anteriores interrupções de gravidez.

Por outro lado, lembra que para cumprir um dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, o de reduzir a mortalidade materna em 40 por cento até 2015, "deve ser dada atenção à questão da gravidez indesejada e não planeada e o aborto de risco", assim como "se exigem estudos mais aprofundados para calcular com precisão o número de casos".

O relatório refere que "as mulheres pedem aos médicos e às parteiras para realizarem abortos" e que "é limitado o acesso à informação sobre planeamento familiar".

Recomenda, a propósito, a aplicação efectiva da Políticas Nacionais de Saúde Reprodutiva e de Planeamento Familiar, o registo sistemático da mortalidade feminina relacionada com a gravidez e o parto e a formação dos médicos e parteiras que tratam de casos pós-aborto." (Notícias Lusófonas)

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