Lemos Pires em 1975

>> 20090523

Adelino Gomes entrevistou o então Governador, que faleceu ontém, nesta reportagem em Novembro 1975.



Reconheci muitos edifícios em Díli, como o quartel geral militar português, actualmente a Casa Europa, e o edifício ACAIT, que é actualmente a Embaixada Portuguesa. Neste filme há uma loja com o nome de Jape Kong Su, um empresário sino-timorense. Recentemente, voltou para Timor da Austrália, para construir o novo edifício Timor Plaza.

2 comentários:

Anónimo,  sábado, 23 de maio de 2009 às 19:35:00 WEST  

in http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/516389

Lisboa, 23 Mai (Lusa) - De Lamego a Lisboa, Mário Lemos Pires viu o seu percurso militar marcado pela retirada de Timor-Leste, onde foi o último governador português, tendo na altura considerado "abandonar a carreira das armas", pela qual foi altamente condecorado.

Nascido em Lamego a 30 de Novembro de 1930, Mário Lemos Pires mudou-se para Lisboa aos 18 anos onde ingressou na Academia Militar.

Como oficial de infantaria, foi instrutor na Escola Prática no Centro de Instrução de Educação Física em Mafra e, já mestre de educação física militar, foi fundador do Centro de Instrução de Educação Física do Exército.

No final de 1959, foi observador na guerra da Argélia, sendo posteriormente um dos fundadores do Centro de Instrução de Operações Especiais em Lamego, especializando-se em acção psicológica.

De 1961 a 1963, cumpriu uma comissão de serviço em Angola, integrado num batalhão, seguindo-se em 1966 o diploma do curso de Estado-Maior, que terminou com distinção, passou aos quadros do Estado-Maior do Exército e foi professor no Instituto dos Altos Estudos Militares.

Entre 1969 e 1971, frequentou o curso de Estado-Maior do Exercito dos Estados Unidos, passando a secretário do Instituto de Defesa Nacional e após o 25 de Abril de 1974 exerceu funções de delegado da Junta de Salvação Nacional no Ministério do Interior e chefe de gabinete do ministro da Defesa Nacional.

Seguiu-se então a nomeação para o cargo de governador e comandante-chefe de Timor-Leste, que assumiu a 14 de Novembro de 1974.

A carreira militar ficou a partir de então marcada por esta passagem por Timor-Leste, de onde sem honra nem glória, saiu após a sua administração abandonar o território em Agosto de 1975, após o início da guerra civil timorense.

O general Lemos Pires encontrava-se em Portugal quando ocorreu a invasão indonésia de Timor-Leste, a 07 de Dezembro de 1975, tendo passado a exercer funções na Ilha de Atauro, uma ilha ao largo da Indonésia, juntamente com a restante administração portuguesa por razões de segurança.

A exoneração do cargo chegaria apenas em 1976.

Mário Lemos Pires, assumiu há vários anos, numa entrevista ao jornal "O Diabo" que havia pensado "em abandonar a carreira das armas" mas que não fez por considerar "que era um acto de fuga.

Mais tarde veio a ser de novo professor no Instituto dos Altos Estudos Militares (IAEM), foi secretário-geral da Eurodefense-Portugal, membro de do Centro de Estudos Estratégicos do IAEM e colaborador de vários órgãos de comunicação social.

Oficial altamente condecorado, publicou em 1991 o livro "Descolonização de Timor".

NM.

Lusa/fim

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