Próximos cinco anos são para construir infraestruturas, diz o primeiro-ministro timorense Xanana Gusmão
>> 20120622
Xanana-Gusmão, primeiro-ministro de Timor-Leste
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, que se recandidata ao cargo nas legislativas de 7 de julho, disse em entrevista à agência Lusa que o próximo mandato servirá para a construção de estradas, ponte, portos e aeroportos.
"O mandato que vem a seguir, se assegurarmos a vitória, vai ser de estradas, pontes, portos e aeroportos", afirmou Xanana Gusmão.
Segundo o primeiro-ministro timorense, presidente do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), que lidera a coligação governamental no poder nos últimos cinco anos, o programa do partido vai continuar a apostar no setor agropecuário e na industrialização da pesca e pecuária e no turismo.
Outro destaque no programa de governo do CNRT para os próximos cinco anos é o Projeto Tasi Mane.
"Ai somos inabaláveis", afirmou Xanana Gusmão.
O Projeto Tasi Mane tem como principal objetivo desenvolver a costa sul do país através da indústria petrolífera e inclui a construção de três grupos industriais, que serão a espinha dorsal daquele setor empresarial do país.
Tasi Mane inclui a base de fornecimento do Suai, a refinaria de Betano e um grupo de indústria petroquímica.
Para concretizar o projeto, as autoridades timorenses precisam de chegar a acordo com a empresa petrolífera australiana sobre a construção de um gasoduto do Greater Sunrise para a costa sul timorense.
A exploração do campo de gás Greater Sunrise, situado no Mar de Timor, divide a petrolífera australiana Woodside e as autoridades de Timor-Leste.
Enquanto a empresa australiana defende a exploração numa plataforma flutuante, Timor-Leste insiste em ter um gasoduto e uma fábrica de processamento de gás natural na costa sul do país, com o objetivo de criar postos de trabalho e desenvolver aquela região.
"Não exigimos pressa para não tomarmos decisões de que depois nos viríamos a arrepender. Queremos sentar-nos à mesa com os dados e não sentar-nos à mesa apenas com a intenção e o desejo de trazermos o 'pipeline' para aqui. Queremos sentar-nos na mesa com os dados concretos, cientificamente elaborados de que isso se pode fazer", explicou Xanana Gusmão, em declarações anteriores à agência Lusa.
Numa mensagem para o dia 7 de julho, o primeiro-ministro disse que a democracia pede consciência na escolha e uma cultura de paz e entendimento.
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