Segundo grupo reforça contingente de professores portugueses em Timor
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Trinta e um professores portugueses assinaram hoje em Lisboa os contratos ao abrigo dos quais irão fazer formação de docentes em Timor-Leste, num ensino em português.
Dentro de cerca de uma semana, este segundo grupo de professores juntar-se-á aos 15 colegas que já se encontram em Timor-Leste, desde meados de Maio, no âmbito do Projecto de Formação Inicial e Contínua de Professores timorenses.
Os contratos foram assinados entre os professores, o Instituto Camões (IC) e o Ministério da Educação de Timor-Leste, em cerimónia que decorreu esta tarde na sede do instituto e foi presidida pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Brites Pereira, e pela presidente do IC, Ana Paula Laborinho.
O secretário de Estado disse à agência Lusa que o projecto de cooperação, no montante total de 23,7 milhões de euros para três anos, prevê o envio de 173 professores por ano.
Em relação a 2011, destacou o governante, não só disparou o número de professores portugueses que irão formar colegas timorenses (mais 93, passando de 80 para 173), mas a cooperação é também feita em moldes diferentes, com Timor-Leste a financiar 59 por cento dos custos e a liderar o projecto.
Para Luís Brites Pereira, foi “este salto qualitativo no projecto que obrigou a negociações mais amplas e morosas, feitas dentro das disponibilidades de Timor-Leste”, onde já decorreram este ano eleições presidenciais e estão marcadas legislativas para 7 de Julho próximo.
Apesar do atraso de cerca de seis meses neste primeiro ano do projecto, de que se queixam sobretudo os professores, obrigados a rescindirem os contratos a 19 de Março e desde então sem salários, o secretário de Estado desdramatizou, considerando que “todos os projectos têm os seus problemas”.
Para Brites Pereira, Portugal “está a corresponder” ao que Timor-Leste pretende em termos de cooperação na área da educação, “um sector chave para o desenvolvimento do país”.
Deste segundo grupo de professores, a maior fatia foi recrutada pela Universidade de Aveiro e os restantes pela Universidade do Minho.
Embora sejam maioritariamente jovens, todos têm experiência no ensino e, em alguns casos, até há professores que já estiveram em Timor-Leste ou fizeram cooperação em outros países de língua oficial portuguesa.
15.06.2012 - 19:36 Por Lusa
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