Três chefes de estado inauguram Arquivo e Museu da Resistência no domingo
>> 20120519
O Arquivo e Museu da Resistência de Timor-Leste, em Díli, vai ser inaugurado no domingo, no âmbito das comemorações do 10.º aniversário da restauração da independência com a presença dos chefes de Estado timorense, português e indonésio.
Numa das primeiras cerimónias oficiais como novo chefe de Estado timorense, Taur Matan Ruak, empossado na véspera, descerrará a placa e fará o corte oficial da fita do remodelado museu na presença dos homólogos de Portugal, Cavaco Silva, e Indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.
O novo Arquivo e Museu da Resistência Timorense "pretende albergar um conjunto de equipamentos de natureza cultural que ajude a conservar a memória da resistência", afirmou á agência Lusa Alfredo Caldeira, da Fundação Mário Soares.
A Fundação Mário Soares começou a colaborar com as autoridades timorenses em 2001 para recolher, interpretar e preservar os documentos da resistência timorense.
Ampliado e renovado pela arquiteta portuguesa Tânia Correia, o museu, antigo edifício de um tribunal português, vai ter novas valências como um auditório, cafetaria, livraria e um 'bunker' para guardar documentos.
No domingo, os três chefes de Estado vão ver a exposição permanente intitulada "Resistir é Vencer", que era uma dos principais lemas da resistência.
"É uma exposição que faz de alguma forma um retrato sintético da resistência à ocupação", explicou Alfredo Caldeira.
A exposição começa por uma introdução à história de Timor, aos vários reinos de Timor e às revoltas dos reinos e depois aborda o aparecimento dos partidos, o princípio da guerra civil em agosto de 1974, a declaração unilateral da independência, a invasão indonésia e a resistência armada, a frente clandestina e a frente diplomática.
"Aborda através de um conjunto de documentos, fotografias e outros materiais gráficos tridimensionais a história do país até chegar ao Timor independente", acrescentou Caldeira.
No domingo, no Arquivo e Museu da Resistência vai também ser lançada a obra em tétum "Dignidade - Konis Santana e a Resistência Timorense", da autoria de José Mattoso.
A inauguração deste projeto do Estado timorense, apoiado pela Fundação Mário Soares, insere-se nas comemorações dos dez anos da restauração da independência de Timor-Leste, que se celebram no domingo.
MSE.
Lusa/Fim
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