Embaixada de Timor-Leste: novas instalações [II] - Discurso de Zacarias da Costa
>> 20090119
DISCURSO
DO
MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
Zacarias Albano da Costa
Lisboa, 16 de Janeiro de 2009
DO
MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
Zacarias Albano da Costa
Lisboa, 16 de Janeiro de 2009
INAUGURAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DEFINITIVAS DA EMBAIXADA DE TIMOR-LESTE EM LISBOA
Exmo. Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, Dr. Luís Amado;
Exmos. Srs. Membros do governo português;
Eminência Reverendíssima Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa D. José Policarpo;
Reverendíssimo Bispo D. Carlos Ximenes Belo;
Excelentíssimos membros do corpo diplomático acreditado em Lisboa;
Demais autoridades civis e eclesiásticas;
Irmãs e irmãos timorenses, minhas senhoras e meus senhores.
Exmos. Srs. Membros do governo português;
Eminência Reverendíssima Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa D. José Policarpo;
Reverendíssimo Bispo D. Carlos Ximenes Belo;
Excelentíssimos membros do corpo diplomático acreditado em Lisboa;
Demais autoridades civis e eclesiásticas;
Irmãs e irmãos timorenses, minhas senhoras e meus senhores.
É com imensa satisfação que me associo a este momento tão importante para aafirmação do nosso país como Estado independente e soberano.
O estabelecimento de relações diplomáticas é uma prerrogativa dos estadossoberanos e a inauguração das instalações definitivas da Embaixada de Timor-Leste em Lisboa, o passo derradeiro dessa afirmação que muito nos orgulha.
Não podemos deixar aqui de agradecer reconhecidos, o contributo decisivo e indelével do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, na pessoa do Sr. Ministro Dr. Luís Amado, pelo empenho na prossecução dos termos do protocolo entre nós firmado que possibilitou estarmos aqui hoje a proceder a esta inauguração, num edifício que é património histórico como podeis ver.
Aproveito para lhe agradecer, Sr. Ministro, a disponibilidade para estar presente neste momento significativo, bem como ao Sr. Secretário de Estado para a Cooperação, Dr. João Gomes Cravinho.
Em momento de agradecimento, não posso esquecer a excelente colaboração da EDP e naturalmente à Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém, na pessoa do seu Presidente aqui presente.
A Embaixada de Timor-Leste tem a função de representar os interesses do estado de Timor-Leste em Portugal e em Espanha, mas também tem a função de proteger os interesses dos Timorenses em Portugal e nas suas relações com Timor-Leste.
Este novo espaço, vem assim possibilitar acelerar o processo de estabelecimento dos serviços consulares, desejo muitas vezes manifestado pelos nossos concidadãos residentes tanto em Portugal como em diversos países europeus que recorrem aos serviços desta embaixada.
A presença de uma representação timorense em Portugal já é anterior à restauração da independência, tendo o CNRT, a UDT e a FRETILIN nomeado o Eng.º. Luís Cardoso, eu próprio e o Dr. Olímpio Branco como representantes em Portugal de toda a resistência timorense, tendo depois sido representada pelo Dr. Roque Rodrigues, num país que além da história comum que nos une, nunca desistiu da questão de Timor nos fora internacionais, e em que tal era até imperativo constitucional, tendo sido um verdadeiro aliado e amigo de Timor e dos timorenses.
Após 2002, foi nomeada a primeira embaixadora de Timor-Leste em Lisboa.
A Dra. Pascoela Barreto teve a difícil tarefa de pôr a funcionar a embaixada com escassos recursos humanos e financeiros.
Seguiu-se o Dr. Manuel Abrantes que consolidou a organização e estrutura daembaixada e coordenou as múltiplas tarefas que conduziram ao presente momento.
Até à nomeação do próximo embaixador, que esperamos seja em breve, o Sr.Conselheiro Antonito Araújo será o encarregado de negócios que representará o Estado de Timor-Leste em Lisboa.
Desde a tomada de posse do IV Governo Constitucional, tem sido preocupação deste Ministro e dos serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, implementar soluções definitivas para as suas representações diplomáticas.
Foram por isso tomadas medidas importantes e que representam um esforçofinanceiro considerável que se têm vindo a traduzir, por exemplo:
- Na inauguração esta semana das novas instalações da nossa embaixada em Banguecoque;Estamos por isso a fazer um esforço muito grande para, no pouco tempo que decorre desde 2002, conseguirmos ter representações condignas do nosso país no exterior.
- Na construção de raiz da nossa embaixada em Camberra cuja inauguração será no próximo mês de Fevereiro;
- As nossas embaixadas em Bruxelas, Maputo, Nova Iorque, Washington e Pequim que já têm obras em curso para novas instalações.
Mas o nosso esforço não se fica pelas instalações. Estamos também a trabalhar na medida das possibilidades do nosso estado, para dignificar as condições contratuais dos funcionários que nas diversas representações, são o rosto do nosso país.
Infelizmente não é possível resolver todos os problemas de uma vez comogostaríamos, mas passos estão a ser dados na direcção certa.
É necessário compreender que além de recursos financeiros limitados, os nossos recursos humanos ainda necessitam de muita capacitação para podermos responder cabalmente a tantas solicitações em simultâneo.
O nosso país ainda está a formar e a consolidar as suas instituições.
Um Estado leva tempo a erigir, especialmente se o ponto de partida for praticamente do nada. Temos que ter paciência e compreender os erros de percurso e não perder de vista que existimos há apenas pouco mais de 6 anos como nação.
Justamente porque vivemos num mundo globalizado, em que as relações entreestados têm de ser de interdependência, estamos apostados em dinamizar umadiplomacia activa nos diferentes quadros multilaterais em que é importante estarmos presentes. Só assim poderemos garantir a nossa independência, através da associação com espaços regionais e globais com os quais nos identificamos.
Timor-Leste é membro das Nações Unidas, aderimos à CPLP onde acabámos deempossar o nosso Embaixador Dr. Barreto Martins tornando-se Timor-Leste o 3ºpaís da Comunidade a nomear um representante permanente. Estamos apostados em reunir as condições para a plena adesão à ASEAN e olhamos com interesse o Fórum das Ilhas do Pacífico Sul.
Queremos contribuir para a estabilidade regional e internacional integrando-nos nestas organizações regionais e internacionais, porque compreendemos a importância das parcerias que contribuem para a nossa segurança.
Sabemos que temos um longo caminho ainda para percorrer, mas com a colaboração empenhada de todos os funcionários e com a ajuda e compreensão dos nossos amigos, certamente que o futuro será mais brilhante e será nosso.
Disse.
Ministro dos Negócios Estrangeiros da RDTL - Zacarias da Costa
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