Maria Cavaco Silva visita escola em Díli com a 1ª Dama Isabel Ferreira


A mulher do Presidente da República, Maria Cavaco Silva, durante a visita à Escola do Farol em Dili, Timor Leste.
21 de maio de 2012.
PAULO CARRICO / LUSA


Palavras chave:
Escola do Farol Díli,
Isabel Ferreira,
Maria Cavaco Silva
Xanana Gusmão e os primeiros 10 anos da construção do Estado timorense
O
livro pode ser comprado através deste site e o seu preço (entregue pelo
correio) é de 22,30 €.
Sinopse
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Xanana
Gusmão e os primeiros 10 anos da construção do Estado timorense
Código:
04413
Edição/reimpressão: 2012
Editor:
Porto Editora
ISBN:
978-972-0-04413-6
Pré-lançamento -
disponível para envio a partir de 18-05-2012entregaSinopse
Xanana Gusmão e os primeiros 10 anos da construção do Estado timorense é mais do que apenas um livro de discursos de Kay Rala Xanana Gusmão, é um testemunho importante, contado na primeira pessoa, de uma das figuras mais proeminentes do século XXI.
Xanana Gusmão é um líder histórico da resistência pela independência de Timor-Leste, uma das mais jovens democracias do mundo. Foi o primeiro Presidente da República deste país, e neste momento, exerce as funções de Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa e Segurança.
Ao ler esta selecção de discursos, o leitor terá oportunidade de compreender as dificuldades e desafios que se colocam a uma jovem Nação, saída de uma situação de pós-conflito, na árdua tarefa de construção de um Estado de Direito democrático.
O período abrangido por este livro corresponde aos momentos mais significativos vividos por Timor-Leste como Nação soberana e independente, sendo que os discursos versam, sobretudo, a visão do autor na construção do Estado, na promoção da paz e da reconciliação nacional, na procura da estabilidade e na consolidação das relações entre Timor-Leste e a comunidade internacional, com destaque para os seus vizinhos na região e os países amigos da CPLP.
O período abrangido por este livro corresponde aos momentos mais significativos vividos por Timor-Leste como Nação soberana e independente, sendo que os discursos versam, sobretudo, a visão do autor na construção do Estado, na promoção da paz e da reconciliação nacional, na procura da estabilidade e na consolidação das relações entre Timor-Leste e a comunidade internacional, com destaque para os seus vizinhos na região e os países amigos da CPLP.
Palavras chave:
Kay Rala Xanana Gusmão,
Os primeiros 10 anos da construção timorense,
Porto Editora
Encontros oficiais, empresários e escola portuguesa na agenda de hoje de Cavaco Silva
A viagem de Estado do Presidente português está integrada numa deslocação de dez dias de Cavaco Silva que, além de Timor-Leste, inclui uma visita de Estado à Indonésia e visitas oficiais à Austrália e a Singapura.
Depois de assistir à posse do novo Presidente da República timorense, Taur Matan Ruak, e de participar nas cerimónias do X Aniversário da Restauração da Independência de Timor-Leste, Cavaco Silva inicia o segundo dia de visita de Estado com a cerimónia de início da construção da futura Chancelaria e do Centro Cultural da Embaixada de Portugal em Díli.
O chefe de Estado português segue para o Parlamento timorense, onde fará uma intervenção e ouvirá o presidente do Parlamento nacional e representantes das nove bancadas parlamentares, inaugurando depois a exposição "A UCCLA, as suas cidades e a sua ação em Timor-Leste".
Cavaco oferece em seguida um almoço a empresários portugueses e timorenses, recebendo, à tarde, em audiências separadas, o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, e o líder da oposição, Mari Alkatiri.
O dia termina com uma visita à Escola Portuguesa Ruy Cinatti, onde irá agraciar o Presidente do Tribunal de Recurso de Timor-Leste, Cláudio Ximenes, a presidente do Conselho de Curadores da Fundação Fraternidade Franciscana da Divina Providência, Maria da Luz Henriques, e o fundador do Centro de Apoio à Saúde S. João de Deus, Vítor Manuel Lameiras Monteiro.
O Presidente da República timorense irá, por sua vez, agraciar o ex-Presidente da República português Ramalho Eanes.
A agenda termina com um espetáculo musical e um convívio com a comunidade portuguesa local.
Maria Cavaco Silva terá uma agenda paralela e, juntamente com a mulher de Matan Ruak, Isabel Ferreira, vai visitar a Escola do Farol, à qual oferecerá duas bibliotecas básicas e de 200 exemplares do livro "O Anjo de Timor", de Sophia de Mello Breyner.
SMA.
Lusa/Fim
Palavras chave:
Cavaco Silva,
Centro Cultural Português em Timor,
Embaixada de Portugal em Timor
João Baeta venceu o mar de Timor (Actualizada)

João Baeta venceu há poucas horas o mar de Timor-Leste, conseguindo fazer a travessia de 28 quilómetros em águas abertas entre a Ilha de Ataúro e a capital do país, Dili.
O jovem nadador de Santarém completou o percurso com um tempo de 10 horas, 14 minutos e 57 segundos, numa prova em que enfrentou várias dificuldades provocadas pelas correntes fortes e esteve mesmo praticamente a nadar duas horas sem grandes avanços.
A travessia de 28 quilómetros no mar bravo timorense insere-se nas comemorações oficiais do 10º aniversário da independência de Timor e teve o alto patrocínio da Presidência da República timorense.
Recorde-se que, a 31 de Julho de 2011, João Baeta tornou-se no mais jovem nadador de sempre a conseguir fazer a travessia de 15 quilómetros que separa as Berlengas de Peniche. Tinha então 17 anos, e fica para a história como o quarto atleta a concluir este desafio, depois do mítico Batista Pereira, na década de 60, e Miguel Arrobas e Nuno Vicente, em 2007.
Palavras chave:
João Baeta,
Mar de Timor
"É preciso preservar a memória do legado de Timor", diz Matan Ruak
O Presidente da República de Timor-Leste, Tuar Matan Ruak, destacou a importância do novo Arquivo e Museu da Resistência, hoje inaugurado, na preservação da memória do legado do país, sobretudo para as gerações mais jovens.
"As crianças e os jovens que já nasceram num Timor-Leste livre e soberano têm a partir de hoje um local onde podem aprender a história recente do nosso país", destacou o chefe de Estado timorense, na cerimónia de inauguração deste arquivo e museu, que contou com a presença do Presidente da República português, Cavaco Silva.
Para Matan Ruak, que foi esta madrugada empossado Presidente da República Democrática de Timor-Leste, o Arquivo e Museu da Resistência vai incorporar a história dos que permitiram que Timor-Leste possa estar a festejar hoje o X Aniversário da Restauração da Independência.
"São muito mais do que um depósito seguro de um espólio a preservar, permitirão algo que considero essencial: preservar a memória e os valores de um período estruturante do nosso país", disse, no seu primeiro discurso oficial em português.
"As crianças e os jovens que já nasceram num Timor-Leste livre e soberano têm a partir de hoje um local onde podem aprender a história recente do nosso país", destacou o chefe de Estado timorense, na cerimónia de inauguração deste arquivo e museu, que contou com a presença do Presidente da República português, Cavaco Silva.
Para Matan Ruak, que foi esta madrugada empossado Presidente da República Democrática de Timor-Leste, o Arquivo e Museu da Resistência vai incorporar a história dos que permitiram que Timor-Leste possa estar a festejar hoje o X Aniversário da Restauração da Independência.
"São muito mais do que um depósito seguro de um espólio a preservar, permitirão algo que considero essencial: preservar a memória e os valores de um período estruturante do nosso país", disse, no seu primeiro discurso oficial em português.
Comitiva portuguesa
À cerimónia assistiram, além da comitiva portuguesa que integra o ex-Presidente da República Ramalho Eanes e representantes de todos os grupos parlamentares, o ex-Presidente da República timorense Ramos-Horta, a Governadora Geral da Austrália, Quentin Bryce, e o Governador Geral da Nova Zelândia, Jerry Mateparae.
O novo Arquivo e Museu da Resistência Timorense, organizado em colaboração com a Fundação Mário Soares, alberga documentos da resistência timorense e uma exposição que começa por uma introdução à história do país, passa pelos vários reinos de Timor e as revoltas dos reinos e depois aborda o aparecimento dos partidos, o princípio da guerra civil em agosto de 1974, a declaração unilateral da independência, a invasão indonésia e a resistência armada, a frente clandestina e a frente diplomática.
Benção pelo bispo de Díli
No final da cerimónia, que incluiu a bênção do edifício pelo bispo de Díli e várias atuações musicais sob um calor intenso, alguns dos convidados, incluindo Cavaco Silva, visitaram o museu e assistiram ao lançamento da obra em tétum "Dignidade - Konis Santana e a Resistência Timorense", da autoria do historiador José Mattoso.
O lançamento contou com o "patrocínio" do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que se empenhou pessoalmente na venda de vários exemplares, valorizados por conterem o seu autógrafo.
Com o final das cerimónias do X Aniversário da Restauração da Independência de Timor-Leste, o Presidente da República, Cavaco Silva, começa de imediato uma visita de Estado ao território, que inclui, à tarde, um encontro oficial com Matan Ruak e um banquete de Estado entre os dois homólogos.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/e-preciso-preservar-a-memoria-do-legado-de-timor-diz-matan-ruak=f727309#ixzz1vUrgiNFF
Palavras chave:
Arquivo e Museu da Resistência Timorense,
Cavaco Silva,
Taur Matan Ruak
Xanana Gusmão diz que o povo está satisfeito e não podia exigir mais
No dia em que se celebram os dez anos da restauração da independência, Xanana Gusmão afirmou que o país atravessou “dez anos difíceis de construção democrática”, manifestando-se satisfeito por o país ter sabido “corrigir os erros” e “consolidar as instituições e o desenvolvimento democrático”.
“Viram a calma e sossego na festa de ontem? Foi uma festa lindíssima com toda a comunidade, a juventude, a festejar com grande alegria”, afirmou aos jornalistas o primeiro-ministro timorense à margem da inauguração do edifício sede do Arquivo & Museu da Resistência Timorense.
Para os próximos dez anos, Xanana Gusmão diz que as prioridades do país vão para o “reforço das instituições do Estado, criação de emprego, desenvolvimento da agricultura, saúde e educação”.
Visão muito diferente tem Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin e antigo primeiro-ministro. “O povo não está satisfeito, continua marginalizado e a pobreza cresce”, afirmou.
Alkatiri afirma mesmo que a pobreza tem crescido: “No passado dizia-se que 80 cêntimos [de dólar] por dia chegavam para tirar as pessoas da pobreza extrema. Hoje não chegam dois dólares”.
A corrupção é apontada pelo líder da Fretilin como um dos problemas mais graves. “A corrupção grassa pelo país. Todos os dias se vê pessoas que tinham pouco e agora têm carros e casas de luxo. A corrupção em Timor tem uma característica especial: é feita às claras, toda a gente sabe, é feita às claras é transparente”.
Um museu para a memória de um povo
Xanana e Alkatiri participaram na inauguração do edifício sede do Arquivo & Museu da Resistência Timorense, um dos primeiros actos público do novo Presidente Taur Matan Ruak e que contou ainda com a presença de Cavaco Silva.
O Arquivo & Museu da Resistência Timorense foi inaugurado em 2005 com a missão de preservar, dignificar e divulgar a memória da luta do povo de Timor-Leste pela sua independência. Actualmente possui um espólio de cerca de 100 mil documentos traçando o percurso cronológico da história da luta pela independência, desde o 25 de Abril de 1974 até 20 de Maio de 2002.
“Este é um depósito seguro para preservar a nossa memória. Um espaço para as crianças aprenderam melhor o legado das nossas gerações”, afirmou o Presidente timorense.
Antes, Taur Matan Ruak e a Cavaco Silva já tinham estado juntos durante a cerimónia de içar da bandeira que decorreu no Palácio da Presidência. Uma cerimónia em que o Chefe de Estado timorense revelou que não fará nenhuma visita de estado ao estrangeiro até Maio do próximo ano, salientando que os desafios que o país enfrenta exigem o “acompanhamento e dedicação exclusiva” no primeiro ano de mandato.
Taur Matan Ruak lembrou ainda a retirada das forças internacionais no final deste ano, afirmando estar convicto que a comunidade internacional manterá em Timor uma pequena missão da ONU.
20.05.2012 - 08:03 Por Luciano Alvarez e Miguel Madeira (fotos), em Díli
Novo Presidente timorense reclama mais investimento de empresários portugueses

O novo Presidente timorense, Taur Matan Ruak, disse hoje querer empresários portugueses em Timor-Leste para dar início a um novo tipo de assistência e relacionamento entre os dois países.
"Queremos empresários portugueses aqui com a sua criatividade e ousadia, com a sua determinação e trabalho árduo" até porque"são tantas as áreas e setores que os empresários portugueses podem investir e, daqui, apostar em outros países da região", afirmou o chefe de Estado timorense.
Taur Matan Ruak falava no banquete de Estado em honra do Presidente da República, Cavaco Silva, que se encontra no país em visita oficial.
"Terminaram as fases da ajuda humanitária, as fases de configuração e estruturação do nosso Estado. A presença de empresários portugueses pode e deve ser o início de um novo tipo de assistência e relacionamento entre os dois países", afirmou o Presidente timorense.
Na segunda-feira, no âmbito da vista de Cavaco Silva, realiza-se no Centro de Conferência de Díli o Seminário Empresarial Luso-Timorense com a presença de vários empresários portugueses, nomeadamente o administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos, Rodolfo Lavrador, o administrador da Galp, Fernando Gomes.
No discurso, o Presidente timorense abordou também a cooperação entre Portugal e Timor-Leste no setor da justiça e educação como "áreas da maior importância estratégica".
Sobre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Taur Matan Ruak disse que "há trabalho a fazer" e que a organização deve refletir sobre como deve chegar aos cidadãos.
"Timor-Leste já entregou formalmente o pedido para assumir a responsabilidade da presidência da CPLP durante o biénio 2014-2016. Será um enorme desafio, mas estamos prontos e desejosos para o enfrentar com sucesso", acrescentou.
MSE
Lusa/Fim
20 de Maio de 2012, 21:14
Celebrações dos 10 anos da Independência

















Fotos: Sapo.TL, Ann Turner e Ângela Carrascalão
Taur Matan Ruak - Içar da Bandeira
>> 20120520
Foto: Ann Turner
ALOCUÇÃO DE
SUA EXCELÊNCIA O PRESIDENTE TAUR MATAN RUAK
POR OCASIÃO DA CERIMÓNIA DO IÇAR DA BANDEIRA
Díli, Palácio Nicolau Lobato
20 de Maio de 2012
Compatriotas, Povo de Timor‐Leste,
Excelências,
Foi a 20 de Maio de 2002 que iniciámos o processo complexo de estruturação do Estado, das instituições e da responsabilização dos timorenses pelo seu Estado.
Foi nesse dia, há dez anos, que recebemos o destino do nosso país das mãos da ONU, após dois anos e meio de administração internacional.
Quero usar esta oportunidade para expressar à Organização das Nações Unidas, às mulheres e aos homens que integraram as diferentes missões, aos países que possibilitaram a constituição das missões, que se dedicaram a apoiar Timor‐Leste a renascer como Nação e como País, o nosso genuíno e muito sentido OBRIGADO.
Presto hoje a minha homenagem a todos quantos sacrificaram as suas vidas para assegurar a Paz em Timor‐Leste. Apresento às famílias, as minhas condolências e a garantia de que a sua memória será sempre respeitada pelo Povo de Timor‐Leste.
No dia de hoje, quero recordar e prestar uma homenagem ao nosso querido Amigo Sérgio Vieira de Mello que permanece nos nossos corações e na nossa mente. À D. Gilda, sua Mãe, e à Carolina dirijo o meu caloroso afecto.
É também neste ano do nosso 10º aniversário que assistiremos à retirada das missões da ONU no nosso país, enquanto forças de paz, forças de manutenção da paz e de apoio à construção do Estado. Estou convicto de que a comunidade internacional aceitará manter uma pequena missão da ONU. Será, contudo, uma missão política de apoio ao processo de transformação do país, ao seu desenvolvimento.
É um sinal positivo, um sinal de que já muito foi alcançado. Quando olhamos para o dia 20 de Maio de 2002 verificamos que, para além das duas instituições democraticamente eleitas – o Presidente da República e o Parlamento Nacional, a partir do qual foi formado o 1º Governo Constitucional ‐, estava quase tudo por fazer.
Timor‐Leste era um país com uma escassez gritante de infraestruturas e a sua economia começava a dar os primeiros e tímidos passos. Sem o acesso aos fundos provenientes dos nossos recursos naturais, mas com o apoio da comunidade internacional e parceiros de desenvolvimento, construímos escolas, hospitais e centros de saúde, iniciámos o processo de formação de recursos humanos, estruturámos as nossas forças armadas tendo por base as nossas gloriosas FALINTIL, iniciamos a estruturação da PNTL, recuperamos algumas das infraestruturas essenciais ao funcionamento básico do Estado e do país.
O enorme esforço que foi realizado nos primeiros anos da restauração da nossa independência foi acompanhado pela grande generosidade da comunidade internacional que, ano após ano, não vacilou em apoiar a reconstrução de Timor‐Leste e a construção do Estado. Recordo a primeira conferência, em Dezembro de 1999, em Tóquio, onde mais de 50 países e agências internacionais comprometeram‐se a doar mais de 500 milhões de dólares para a reconstrução de Timor‐Leste.
No primeiro ano de governação timorense, apenas um terço do financiamento do orçamento geral do Estado provinha das nossas próprias receitas, sendo o restante garantido pelos países doadores, que também garantiam financiamento de inúmeros projectos bilaterais extra orçamento.
Este grupo de países e organizações doadoras e parceiros de desenvolvimento não será esquecido por nós. Refiro‐me à Indonésia e Austrália, nossos vizinhos, ao Japão, à China, Tailândia, Malásia, Coreia e Nova Zelândia, na nossa região, mas também a países fisicamente mais distantes, como Portugal, Irlanda, Noruega, Finlândia, Suécia, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Suíça, Itália, Brasil, Estados Unidos de América, Cuba e Canadá. Refiro‐me também às organizações internacionais e integrantes do sistema da ONU, União Europeia, Banco Mundial, Global Fund, BAD (Banco Asiático de Desenvolvimento), ACNUR, FAO, FMI, FNUAP, IFC (International Finance Corporation), OIT (Organização Internacional do Trabalho), OIM (Organização Internacional para as Migrações), OMS, PAM, PNUD, UNCDF, UNICEF, UNIFEM, UNIDO e a UNESCO.
Olhar o país hoje, dez anos decorridos, é ter motivo de orgulho por tudo o que foi alcançado e construído por nossa responsabilidade e com o apoio, assistência e cooperação internacionais.
Da mesma forma que alteramos a designação da essência do apoio internacional que nos é concedido ‐ de doadores para parceiros de desenvolvimento – também a nossa relação e integração na região e no mundo é alterada.
Timor‐Leste é hoje uma Nação diplomaticamente activa que tem vindo a diversificar e a alargar o seu âmbito de acção e de trabalho. Para além das organizações internacionais como a ONU, a CPLP e, num futuro não muito longínquo, a ASEAN, os responsáveis políticos e diplomatas do nosso país intensificam e alargam a sua acção e trabalho em inúmeras organizações de estados e não‐governamentais, em todas as áreas sociais, económicas, políticas, culturais e científicas.
Timor‐Leste é uma Nação jovem mas não receia em se afirmar como um país que quer dar a sua contribuição à região e ao mundo, à Paz e ao desenvolvimento para a melhoria das condições de vida dos povos.
Ao nível da região, desejamos elevar a relação estreita e cordial que mantemos com os países nossos vizinhos – a Indonésia e a Austrália – para uma relação de aliados, em que os nossos Estados vivam connosco a cooperação equitativa e de respeito, numa aliança que assegura a paz, a segurança e o bem‐estar dos nossos povos.
Ao nível internacional, reafirmo o nosso empenhamento na Organização das Nações Unidas e respectivas agências. Ao longo de doze anos e meio vivemos um relacionamento intenso, por vezes de enorme dependência, que terá também de ser transformado numa relação em que Timor‐Leste coopera equitativamente com os restantes estados‐membro, nomeadamente nas operações e missões que a ONU mantém no mundo no interesse da Paz e da estabilidade.
A CPLP é a nossa família de identidade que deriva de laços históricos seculares que ligar‐nos‐ão para sempre. Também com a CPLP, desejo ver alterações de qualidade e em quantidade.
Apesar do trabalho que já é realizado em inúmeros sectores, há espaço para mais e, acima de tudo, há muito trabalho a fazer para viver a aliança dos nossos povos de forma mais intensa, para que esta família seja sentida pelas nossas populações.
Nos últimos anos, temos vindo a preparar a nossa futura adesão à ASEAN. O trabalho que Timor‐Leste ainda tem por realizar para a concretização da nossa adesão é imenso, pois trata-se de uma organização com requisitos muito exigentes de adesão. Este é o espaço em que geográfica e politicamente Timor‐Leste também se insere. Permitam‐me esta oportunidade para dirigir uma palavra especial a Sua Excelência, o Presidente da República Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, de agradecimento pelo empenhamento e determinação que tem vindo a dedicar ao pedido de adesão de Timor‐Leste à ASEAN.
Permitam‐me que aproveite esta ocasião para me dirigir aos nossos convidados internacionais aqui presentes. Timor‐Leste está determinado em contribuir de forma activa para um relacionamento de Paz e cooperação equitativa internacional. Contudo, os desafios que o país enfrenta exigem o meu acompanhamento e dedicação exclusiva durante o primeiro ano do meu mandato. Assim, decidi que até Maio do próximo ano, não farei qualquer deslocação ou visita ao estrangeiro. Timor‐Leste não deixará, naturalmente, de se fazer representar por titulares de órgãos de soberania sempre que para tal for convidado.
Excelências,
Querido Povo de Timor‐Leste,
Ao proferir esta noite o discurso de tomada de posse, apontei algumas das deficiências que ainda revelamos após dez anos de restauração da independência, e apontei caminhos a percorrer para transformarmos o nosso país e garantir o bem‐estar e a estabilidade.
Não apresentarei uma análise do estado do país, ou uma síntese do que foram os últimos dez anos. O facto de termos organizado e realizado um processo eleitoral que foi elogiado pelo seu civismo e revelador da maturidade da nossa democracia, é por si só demostrativo da estabilidade em que Timor‐Leste vive, enquanto Estado de Direito Democrático.
Muito brevemente, o Povo de Timor‐Leste será novamente chamado a votar e eleger os seus representantes no Parlamento Nacional. Vista a forma como decorreu o processo eleitoral de Março e Abril últimos, não tenho dúvidas de que a maturidade e civismo dos nossos eleitores e instituições merecerão, de novo, reconhecimento.
Quero usar esta oportunidade para dirigir um agradecimento muito especial à Igreja Católica de Timor‐Leste e a todas as confissões religiosas representadas no nosso país, às autoridades tradicionais, às organizações do Estado e da sociedade civil pela inestimável contribuição que deram para assegurar que o processo eleitoral decorresse de forma pacífica e tranquila.
As eleições de 7 de Julho próximo, têm características distintas das últimas realizadas.
São eleições que se alicerçam, essencialmente, nos partidos políticos, a sua escolha de candidatos e os respectivos programas políticos.
Actualmente, já estão registados mais de 20 partidos políticos. Alguns são antigos, têm história, experiência política e organização consolidada. Outros resultam da fragmentação de partidos existentes, outros ainda resultam da identificação de interesses e objectivos comuns a grupos de cidadãos que não se identificam com os partidos políticos já existentes.
Um Estado de direito democrático, uma democracia parlamentar como a nossa, configura‐se e organiza‐se tendo por base os partidos políticos. Por sua vez, os partidos políticos organizamse com base em programas políticos e estratégias que traduzem a respectiva visão em como desenvolver e melhorar o país e a vida do povo.
Em Timor‐Leste temos diversos partidos políticos que correspondem a esta definição.
Contudo, temos também outros, e respectivos grupos de apoiantes, que se movem mais pela emoção e empatia que sentem por determinadas lideranças. Quando, por um qualquer motivo, essas emoções ou empatia sofrem uma desilusão, abandonam a organização e formam uma nova.
Esta fragmentação a que temos vindo a assistir por diversas vezes, são um motivo de preocupação pois dividem o tecido social e minam a coesão e unidade nacionais.
É por esta razão que escolhi o dia de hoje, e este momento em particular, para formular um apelo.
Apelo aos partidos políticos, militantes e apoiantes, para que esclareçam os eleitores sobre os vossos programas políticos, os vossos objectivos e estratégias para os atingir, fundamentando-se no respeito pelos adversários e pela diferença de ideias.
O nosso povo quer ver o país avançar, aprecia lideranças responsáveis, com valores e princípios do progresso e da democracia, associados aos valores e princípios dos nossos antepassados e à tradição dos nossos Pais e Avós.
Confio que os partidos políticos, as suas lideranças, militantes e apoiantes, tudo farão para que o processo eleitoral de 7 de Julho seja pacífico, ordeiro e uma nova manifestação da maturidade do nosso povo e da nossa democracia.
Confio no sentido de responsabilidade, no patriotismo e no empenhamento democrático das lideranças partidárias.
Apelo à nossa população, aos cidadãos eleitores, que vivam a festa da democracia em Paz.
As diferenças que existem podem ser a riqueza da nossa democracia. Saibamos respeitar a diferença. Saibamos ser tolerantes para o reforço da nossa democracia, para o reforço da nossa unidade nacional.
Muito Obrigado!
Tomada de Posse do PR Taur Matan Ruak
Foto: Ann Turner
ALOCUÇÃO DE
SUA EXCELÊNCIA O PRESIDENTE TAUR MATAN RUAK
POR OCASIÃO DA TOMADA DE POSSE
Taci Tolu, 20 de Maio de 2012
Excelências,
Convidados e Amigos,
Amado Povo de Timor‐Leste!
Sentindo o peso das responsabilidades mas firmado no exemplo da Vossa capacidade de fazer face a todas as adversidades que a vida nos tem colocado, dirijo‐me a todos: Povo de Timor‐Leste, amigos e convidados nacionais e estrangeiros. Em nome do Estado de Timor‐Leste, saúdo todos de forma calorosa e agradeço os nossos convidados vindos de tão longe e que nos honram com a sua presença. Muito obrigado por partilharem este momento tão recheado de significado.
Acabo de tomar posse como 5º Presidente da República Democrática de Timor‐Leste. Neste mesmo local, em 1989, Sua Santidade o Papa João Paulo II celebrou missa.
Há dez anos, também neste local, festejámos com o nosso Povo e perante o mundo, a restauração da nossa independência e a tomada de posse do nosso terceiro Presidente, Kay Rala Xanana Gusmão.
Recebo hoje a responsabilidade de chefiar um Estado em paz, sereno e estável. O meu antecessor, Presidente José Ramos‐Horta dedicou as últimas quatro décadas ao serviço do nosso Povo e do nosso país. É uma referência exemplar, de trabalho e de entrega, em que todos nos devemos inspirar. Agradeço a forma como coordenou a transição assegurando que decorresse de modo competente e sereno.
A força que me motivou a iniciar este caminho da responsabilidade da chefia do Estado de Timor‐
Leste proveio do Povo de Timor‐Leste, mas também me foi transmitida pela minha família, a minha
mulher, os meus filhos, os meus irmãos e parentes e os meus amigos.
Assumi a responsabilidade que hoje me é formalmente concedida, em resultado de eleições livres e justas. Mas também assumo esta responsabilidade em resultado de um chamamento que foi gerado por tudo o que ouvi do nosso Povo, pela análise que fiz da situação do nosso país e da nossa História, por aquilo que acredito que pode ser o nosso futuro.
Quando olhamos a nossa História verificamos inúmeros momentos em que o trabalho árduo,
dedicado e honrado levantou o nosso país, tirando‐o de uma situação de destruição e caos. A nossa
História é de luta, é de muito trabalho. Por isso conseguimos chegar até aqui, até ao dia em que
iniciamos a celebração do 10º aniversário da restauração da independência.
Este passado de trabalho e de dedicação ao país ‐ que tanto nos deve orgulhar ‐ tem de ser revivido, tem de ser transposto para o presente, para retirar o nosso Povo e o nosso país de um estádio em que a maioria é pobre para um estádio em que a maioria é próspera.
Só com trabalho e dedicação ao futuro do nosso país é que alcançaremos o tão desejado desenvolvimento social, económico, físico, político, científico e cultural que o nosso povo merece e tem o direito de viver.
Hoje, quando fazemos o diagnóstico do nosso país, vemos claramente que já alcançámos muito ‐ de que nos devemos orgulhar enquanto Povo e Nação ‐, mas também devemos, com honestidade, reconhecer, enfrentar e corrigir as deficiências que subsistem.
Ao celebrarmos este 20 de Maio, o país tem de se unir em torno de objectivos concretos.
Objectivos que o nosso Povo sinta justificarem e merecerem o esforço e trabalho de todos os timorenses, pois, alcançá‐los, significará alcançar o bem‐estar, a prosperidade, a segurança, a estabilidade e a coesão nacional.
Durante a campanha eleitoral apresentei uma Visão, onde detalhei as linhas de orientação e as prioridades para a transformação do nosso país. Foi com base nesta Visão que fui eleito.
Assim, as minhas maiores preocupações são: a Segurança e o Bem‐estar. Este binómio é indissolúvel.
A soberania e a independência nacionais fundamentam‐se num sistema económico coerente e sustentável, que, por sua vez, lança as bases do bem‐estar.
Penso ser crucial alterar a essência do sistema económico em que se assenta o país.
A diversificação da nossa economia, conjugada com um sistema de produção que garante a criação de emprego e reduz a dependência externa, implica fortalecer o sector privado nacional e aproveitar, de forma racional e sustentável, os imensos recursos naturais com que a natureza nos abençoou.
Parte significativa deste desafio obriga
‐ a formação e qualificação dos nossos recursos humanos, devidamente imbuídos de valores patrióticos e éticos;
‐ a descentralização da actividade económica com a criação de polos de desenvolvimento devidamente infraestruturados e dotados de recursos humanos;
‐ a capacidade de atrair investimento externo, preferencialmente em associação com o empresariado timorense e com a criação de emprego para os nossos cidadãos, que não se limite aos principais centros urbanos.
‐ a redução da dependência externa e do petróleo.
São condições mínimas e viáveis para o aproveitamento integral de todo o nosso potencial, de modo
a assegurar a satisfação das necessidades do nosso Povo.
É pois urgente dar maior atenção às zonas do país onde a acção do Estado não se faz sentir e onde o progresso social, físico e económico tarda em chegar.
Simultaneamente, a vivência democrática, o respeito integral pelos direitos e deveres dos cidadãos, o reforço do espírito de tolerância e a consolidação do nosso Estado de Direito, propiciam a coesão social e a unidade nacional.
Como garante do funcionamento das instituições, afirmo que é essencial envolver os cidadãos neste processo de transformação do nosso país no sentido do arranque definitivo para o progresso. A inclusão dos nossos cidadãos é indispensável para um bem‐estar sustentável e duradoiro.
A segurança e bem‐estar do nosso Povo, a consciencialização dos nossos cidadãos de que somos um só Povo, o aperfeiçoamento do sistema de defesa e segurança, complementado pela acção diplomática no desenvolvimento de relações de boa vizinhança e cooperação equitativa na região e no mundo, são o garante mais certo da integridade de Timor‐Leste.
Não é possível pensar a segurança nacional sem ter em conta a interacção com os países da região e do mundo. Na era em que vivemos, é impossível escapar aos acontecimentos que têm lugar noutros pontos do planeta e que, de uma ou outra forma, modelam a vida de todos nós.
Timor‐Leste recebeu e beneficiou do apoio e generosidade da comunidade internacional para afirmar o seu direito inalienável de ser livre e soberano. Foram muitas as organizações e indivíduos que deram o seu apoio incondicional. Posteriormente, a assistência a Timor‐Leste assumiu um carácter mais formal e de Estado, o que permitiu a sua reconstrução física e a configuração do Estado.
Quero usar esta ocasião para, a todos, expressar a nossa gratidão e o nosso reconhecimento.
Timor‐Leste e o seu Povo querem um País de Paz, aberto ao mundo e em diálogo com ele. Somos membros da ONU, da CPLP, do Movimento dos Países Não‐Alinhados, somos membros de diversas organizações do Pacífico, e damos passos seguros para nos inserirmos na ASEAN.
Esta condição de membros de múltiplas organizações internacionais e o trabalho que também realizamos em inúmeras outras organizações estatais e não‐governamentais, são uma alavanca para tornar a cooperação num instrumento útil no alcançar dos grandes desígnios nacionais. No quadro das nossas obrigações internacionais reafirmo a determinação de Timor‐Leste em cumprir as convenções, os pactos e acordos que subscreveu ou que venha a subscrever no futuro, sempre que contribuam para a Paz, o respeito pelos direitos humanos e o bem‐estar e segurança do nosso Povo.
Todos os desafios que temos pela frente implicam TRABALHO.
As dádivas da natureza têm de ser regadas com o suor do nosso esforço! Alturas houve em que nos foi exigido o sangue e a luta, hoje, é‐nos exigido o suor e o trabalho!
O reforço da nossa Identidade Nacional, o gerar do orgulho de sermos timorenses, o resgatar dos valores legados pelos nossos antepassados, que configuraram a nossa História, são factores cada vez mais pertinentes num mundo em rápida mudança onde as soberanias se desgastam e as fronteiras se esbatem.
Este é o NOSSO país e, independentemente do apoio e cooperação que países amigos e parceiros de
desenvolvimento possam prestar, a responsabilidade de transformar o país é NOSSA!
Essa transformação é possível. É disso que falamos ao referirmo‐nos ao desenvolvimento social, económico, físico, político, técnico‐científico e cultural. Mas, falar apenas do que é necessário fazer não chega.
É fundamental que todos os timorenses sintam o futuro como seu.
É fundamental que todos os timorenses se empenhem na transformação de Timor‐Leste.
É fundamental que todos os timorenses encarem o trabalho árduo e ético como o seu contributo individual para um país que é de todos nós e deve assegurar o bem‐estar e a estabilidade a todos.
Ao assumir hoje o cargo de Presidente da República, assumo perante o Povo ser o exemplo do que hoje estou a pedir‐vos: trabalhar arduamente, assumir ética profissional e de cidadania, respeitar profundamente a Constituição e as instituições que salvaguardam e aprofundam a democracia e o Estado de Direito e cumprir o objectivo supremo de servir o nosso Povo.
É este o caminho que peço que percorram comigo. Para que, dentro de cinco anos já possamos olhar para trás e dizer: o esforço valeu a pena! O país está diferente. A estabilidade é sentida por todos. O bem‐estar começa a ser vivido por aqueles que mais merecem, que se esforçam, que trabalham e apenas nos pedem para viver com dignidade e em Paz.
Queridos Timorenses,
Povo de Timor‐Leste,
Não temos tempo a perder com conflitos e palavras duras e sem significado.
Já não há espaço para pensarmos na fama, prazeres, poder e riqueza pessoais.
Chegou o momento de trabalhar arduamente, o momento de olharmos para o futuro, o tempo de caminharmos juntos para sairmos da pobreza e do sofrimento que destrói as nossas vidas e o futuro.
Demos as mãos para, juntos, transformarmos a nossa Nação num Timor‐Leste rico, forte e seguro.
Deus nos abençoe a todos.
Muito Obrigado!
TMR: Forças de paz deixam país no final do ano e ONU passará a ter missão política
O Presidente timorense, Taur Matan Ruak, disse hoje, num discurso para assinalar o 10º aniversário da restauração da independência, que as forças de paz deixam este ano Timor-Leste e que a ONU passará a ter uma missão política.
"É também neste ano do nosso 10º aniversário que assistiremos à retirada das missões da ONU do nosso país, enquanto forças de paz, forças de manutenção da paz e de apoio à construção do Estado", afirmou Taur Matan Ruak, na cerimónia de Içar da Bandeira.
A Missão Integrada das Nações Unidas para Timor-Leste (UNMIT) e a Força de Estabilização Internacional, liderada pela Austrália, tem previsto o final do seu mandato para dezembro deste ano.
"Estou convicto de que a comunidade internacional aceitará manter uma pequena missão da ONU. Será, contudo, uma missão política de apoio ao processo de transformação do país, ao seu desenvolvimento", afirmou o Presidente timorense.
Taur Matan Ruak disse também que a saída daquelas missões é um "sinal de que já muito foi alcançado".
Ao olhar para o dia 20 de maio de 2002, disse, "verificamos que, para além das duas instituições democraticamente eleitas - o Presidente da República e o Parlamento Nacional, a partir do qual foi formado o 1º Governo Constitucional, estava quase tudo por fazer".
"Olhar o país hoje, dez anos decorridos, é ter motivo de orgulho por tudo o que foi alcançado e construído por nossa responsabilidade e com o apoio, assistência e cooperação internacionais", acrescentou.
No discurso, Taur Matan Ruak falou também da relação e integração de Timor-Leste na região e no mundo.
"Timor-Leste é hoje uma Nação diplomaticamente ativa que tem vindo a diversificar e a alargar o seu âmbito de ação e de trabalho", disse.
Segundo o Presidente, ao nível da região deseja "elevar a relação estreita e cordial" com a Indonésia e Austrália para uma "relação de aliados".
"Ao nível internacional, reafirmo o nosso empenhamento na Organização das Nações Unidas e respetivas agências", disse.
Sobre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Taur Matan Ruak disse que é a "família de identidade que deriva de laços históricos seculares".
"Também com a CPLP, desejo ver alterações de qualidade e em quantidade", disse, salientando que apesar do trabalho realizado em muitos setores há espaço para mais.
Para o novo Presidente timorense, na CPLP ainda "há muito trabalho a fazer" para que a família seja sentida pelas populações.
Em relação à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Taur Matan Ruak lembrou que se prepara a adesão à organização e que Timor-Leste ainda tem muito trabalho por realizar.
No discurso, o Presidente timorense agradeceu a todos os que contribuíram para o "renascer" de Timor-Leste, deixando uma homenagem a todos quantos sacrificaram as suas vidas para assegurar a paz no país.
Novo Presidente, visitas oficias e eventos culturais marcam Comemorações da Independência de Timor-Leste
As comemorações do 10.º aniversário da restauração da independência em Timor-Leste, no domingo, serão marcadas pela tomada de posse do novo Presidente, Taur Matan Ruak, quatro visitas de Estado, exposições, lançamentos de livros e inaugurações.
Em Díli, toda enfeitada de bandeiras e com as cores nacionais, ultimam-se os preparativos para a festa com os arranjos finais em estradas, parques e monumentos.
O aeroporto Nicolau Lobato vive o maior movimento dos últimos meses com a chegada de convidados e delegações avançadas das altas entidades que vão marcar presença no evento.
Na tomada de posse do novo Presidente timorense e nas comemorações do 10.º aniversário da restauração da independência vão estar presentes o Presidente português, Cavaco Silva, o chefe de Estado da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, o antigo secretário-geral da ONU Kofi Annan e os governadores-gerais de Austrália e Nova Zelândia.
O arranque das comemorações começa hoje no Ministério dos Negócios Estrangeiros com a celebração do 10.º aniversário de relações diplomáticas de Timor-Leste com o mundo.
Na quinta-feira é inaugurada também no Ministério dos Negócios Estrangeiros a exposição "Timor no Mundo", seguido da apresentação do livro "Por Timor - Memórias de dez anos de independência", com testemunhos de várias personagens timorenses e internacionais, coordenado por Sónia Neto.
A tomada de posse do novo Presidente, Taur Matan Ruak, está marcada para o final do dia de sábado, devendo o antigo chefe das Forças Armadas do país assumir funções aos primeiros minutos de domingo.
Será ao longo do dia de sábado que chegam os chefe de Estado de Portugal, o Presidente Indonésio, bem como os governadores-gerais da Austrália, Quentin Bryce, e Nova Zelândia, Anand Satyanand, para visitas oficiais.
Do programa de visita provisório do Presidente da Indonésia a que a agência Lusa teve acesso consta uma visita aos cemitérios de Santa Cruz e indonésio, o lançamento da primeira pedra do centro cultural indonésio, bem como a assinatura de um acordo de cooperação entre a petrolífera estatal timorense Timor Gap e a Pertamina, empresa petrolífera estatal indonésia.
No domingo, as cerimónias começam às 08:00 (00:00 em Lisboa) com o içar da bandeira nacional, seguido da inauguração do Arquivo e Museu da Resistência Timorense.
É também no domingo que Tasi Tolu, onde há dez anos foi proclamada a restauração da independência, vai ser palco de uma série de concertos, que prosseguem em Díli até dia 26.
Timor_Leste - Preparativos em curso para as Celebrações Nacionais!
COMUNICADO DE IMPRENSA
Secretário de Estado do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste Ágio Pereira
18 de Maio de 2012
Díli, Timor-Leste
Preparativos em curso para as Celebrações Nacionais!
O povo de Timor-Leste está a preparar as celebrações do décimo aniversário da restauração da independência. No dia 20 de Maio de 2002, a Nação celebrou o seu reconhecimento oficial e internacional como a República Democrática e soberana de Timor-Leste, no seguimento de uma votação esmagadora em favor da independência no Referendo Nacional de Agosto de 1999.
Muitos visitantes internacionais irão aterrar no Aeroporto Internacional Presidente Nicolau Lobato, ao longo dos próximos dias, para manifestarem o seu apoio e juntarem-se às celebrações do povo timorense. Entre os visitantes estarão velhos amigos que durante muitos anos defenderam a soberania timorense.
De momento está previsto receber a visita de cinco chefes de Estado, nomeadamente o Presidente da República da Indonésia, S. Exa. Susilo Bambang Yudhoyono, o Presidente da República Portuguesa, S. Exa. Aníbal Cavaco Silva, a Governadora-Geral da Commonwealth da Austrália, S. Exa. Sra. Quentin Bryce, o Governador-Geral da Nova Zelândia, o Ilustre Tenente-General Sir Jerry Mateparae e o Governador-Geral de Tuvalu, S. Exa. Sir Iakoba Italeli.
Estes chefes de Estado estarão presentes na cerimónia de tomada de posse do Presidente-eleito da República de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, a ter lugar na noite de dia 19 de Maio, bem como na cerimónia de içar da bandeira no Palácio Presidencial na manhã do Dia da Independência, o 20 de Maio.
Os chefes de Estado internacionais e os representantes governamentais aproveitarão também a visita para manter reuniões bilaterais com o novo Presidente da República e com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste.
No seu discurso de encerramento na Reunião de Timor-Leste com os Parceiros de Desenvolvimento, há poucos dias, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, S. Exa. Kay Rala Xanana Gusmão, referiu que as celebrações serão “uma ocasião de grande orgulho para o nosso povo” que nos “enche a todos de um sentimento de realização.”
Sempre ciente dos sacrifícios feitos em prol da independência, o Primeiro-Ministro afirmou que “É também uma altura para recordarmos e honrarmos os sacrifícios que foram feitos para que hoje possamos desfrutar deste aniversário.
Por tudo o que o nosso povo sofreu, por tudo o que o nosso povo deu de si, e por tudo o que o nosso povo lutou, o nosso povo merece celebrar no dia 20 de Maio!”
agio.pereira@cdm.gov.tl ou
govtlmedia@gmail.com Portal eletrónico: www.timor-leste.gov.tl
Palavras chave:
10 anos da Independência de Timor-Leste,
20 Maio 2002,
20 Maio 2012
Três chefes de estado inauguram Arquivo e Museu da Resistência no domingo
>> 20120519
O Arquivo e Museu da Resistência de Timor-Leste, em Díli, vai ser inaugurado no domingo, no âmbito das comemorações do 10.º aniversário da restauração da independência com a presença dos chefes de Estado timorense, português e indonésio.
Numa das primeiras cerimónias oficiais como novo chefe de Estado timorense, Taur Matan Ruak, empossado na véspera, descerrará a placa e fará o corte oficial da fita do remodelado museu na presença dos homólogos de Portugal, Cavaco Silva, e Indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.
O novo Arquivo e Museu da Resistência Timorense "pretende albergar um conjunto de equipamentos de natureza cultural que ajude a conservar a memória da resistência", afirmou á agência Lusa Alfredo Caldeira, da Fundação Mário Soares.
A Fundação Mário Soares começou a colaborar com as autoridades timorenses em 2001 para recolher, interpretar e preservar os documentos da resistência timorense.
Ampliado e renovado pela arquiteta portuguesa Tânia Correia, o museu, antigo edifício de um tribunal português, vai ter novas valências como um auditório, cafetaria, livraria e um 'bunker' para guardar documentos.
No domingo, os três chefes de Estado vão ver a exposição permanente intitulada "Resistir é Vencer", que era uma dos principais lemas da resistência.
"É uma exposição que faz de alguma forma um retrato sintético da resistência à ocupação", explicou Alfredo Caldeira.
A exposição começa por uma introdução à história de Timor, aos vários reinos de Timor e às revoltas dos reinos e depois aborda o aparecimento dos partidos, o princípio da guerra civil em agosto de 1974, a declaração unilateral da independência, a invasão indonésia e a resistência armada, a frente clandestina e a frente diplomática.
"Aborda através de um conjunto de documentos, fotografias e outros materiais gráficos tridimensionais a história do país até chegar ao Timor independente", acrescentou Caldeira.
No domingo, no Arquivo e Museu da Resistência vai também ser lançada a obra em tétum "Dignidade - Konis Santana e a Resistência Timorense", da autoria de José Mattoso.
A inauguração deste projeto do Estado timorense, apoiado pela Fundação Mário Soares, insere-se nas comemorações dos dez anos da restauração da independência de Timor-Leste, que se celebram no domingo.
MSE.
Lusa/Fim
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