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Maternidade-Escola entregue à Diocese de Dili

>> 20091228


D. Alberto Martins não fecha portas a uma possível continuação da colaboração da Igreja portuguesa

Foi hoje descerrada a placa da Maternidade-Escola Nossa Senhora de Fátima, pelo Bispo de Díli, D. Alberto Ricardo, numa cerimónia onde participaram também o presidente da Fundação Mater Timor, Fernando Maymone Martins, e o Cónego Francisco José Tito Espinheira, representante do Cardeal Patriarca de Lisboa.

Dezenas de personalidades timorenses e portuguesas compareceram no evento, mas esta ainda não é uma inauguração. A estrutura concebida pela Igreja Portuguesa, através da Fundação Mater Timor, está agora entregue à Diocese da capital timorense, que, em declarações à Renascença, assumiu a responsabilidade de a acabar até ao princípio de 2010.

D. Alberto Martins disse acreditar que o processo será mais rápido se conduzido a partir de Timor, mas não fecha portas a uma possível continuação da colaboração da Igreja portuguesa nesta segunda fase da obra. “O objectivo é tão grande, a finalidade é tão de valor, que há que dar mãos para um trabalho com eficiência”, afirmou.

Uma vontade também expressa na mensagem enviada pelo Cardeal Patriarca de Lisboa. Num texto lido na cerimónia pelo Cónego Tito Espinheira, D. José Policarpo recorda que o plano inicial previa que nesta segunda fase houvesse “uma colaboração mais estreita com a diocese de Díli, através de um órgão de responsabilidade mútua”, sob a liderança da Fundação Mater Timor, “só e apenas para garantir a fidelidade ao projecto inicial e a eficácia na execução do mesmo projecto”. E acrescenta o Cardeal Patriarca: “Se Vossa Excelência Reverendíssima assim o desejar, não é este acto administrativo de registo de propriedade que o impedirá”.

Falta agora equipar a maternidade e contratar técnicos qualificados para levarem a bom porto o objectivo inicial da Igreja Portuguesa quando pensou este projecto: colocar uma semente de vida num país onde antes imperou a morte.

O projecto de construção da Maternidade-Escola Nossa Senhora de Fátima foi iniciado em 2000, por iniciativa do Cardeal Patriarca de Lisboa, com o objectivo de ajudar a reduzir a elevada taxa de mortalidade materna e infantil em Timor. Do conselho de fundadores fazem também parte a Conferência Episcopal Portuguesa, as dioceses de Díli e Baucau, o Santuário de Fátima, a Associação Portuguesa de Médicos Católicos, a Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos e a Rádio Renascença, que em 2007 angariou 89 mil euros na sua campanha de Natal para ajudar a erguer a infra-estrutura que hoje foi entregue.

As obras começaram em 2005 e resultaram num edifício dotado de espaços de consulta, salas de partos e bloco operatório e ainda com espaço para alojar médicos deslocados e mães com necessidade de internamento.

A intenção inicial era que a Fundação Mater Timor liderasse todo o processo de aquisição de material e contratação de profissionais de saúde, mas a Diocese de Díli preferiu tomar desde já essa responsabilidade, pelo que ficou hoje terminada a missão daquela Organização Não Governamental para o Desenvolvimento.






(Catarina Santos, Rádio Renascença)






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Timor necessita de médicos para mães e crianças, diz bispo

>> 20091208

Foto: Helena Espadinha



Díli, 8 dez (Lusa) – O Bispo de Díli, D. Alberto Ricardo, disse nesta terça-feira ser urgente que o país asiático seja dotado de estruturas de assistência materno-infantil, tendo em conta os níveis preocupantes de mortalidade.

D. Alberto Ricardo falava na entrega formal pela Fundação Mater-Timor, de iniciativa do Patriarcado de Lisboa, da Maternidade-Escola Nossa Senhora de Fátima à Diocese de Díli.

“Quase 90 em cada mil crianças morrem antes do seu primeiro aniversário, cerca de 130 em cada mil crianças não sobrevivem até aos cinco anos e 660 em cada 100 mil mães morrem durante o parto. Estas cifras alarmantes exigem que o país seja dotado de infra-estruturas capazes de responder a estas necessidades”, realçou o bispo de Díli.

Presente na cerimônia, o presidente timorense, Ramos-Horta, mostrou-se confiante de que a saúde pública vai melhorar no país, com a formação de médicos em andamento e sua respectiva distribuição pelo território.

“Há dezenas já de médicos timorenses e centenas de enfermeiros, mais de mil médicos potenciais timorenses nos próximos cinco anos, sendo 800 formados em Cuba, 200 em Timor e outros em diferentes outros países, pelo que, com tempo, Timor-Leste deixará de ter falta de médicos”, disse o presidente à Agência Lusa.

Dados recolhidos pela Fundação Mater-Timor indicam que uma em cada 16 mulheres em Timor-Leste morrem durante a gravidez e uma em cada dez morre devido a complicações relacionadas com a gravidez e o parto. Além disso, apenas 27% dos partos são devidamente assistidos, segundo um estudo de 2007 do Instituto de Ciências da Saúde.

Questão cultural

Além da falta de estruturas e de profissionais de saúde qualificados, existem fatores culturais e tradicionais que contribuem para esse quadro negro.

As grávidas recorrem quase que exclusivamente às parteiras tradicionais, excepto em casos dramáticos quando surgem complicações graves, e há práticas que radicam em crenças tradicionais desfavoráveis à saúde da mãe e da criança.

A Fundação dá como exemplo que tradicionalmente só seja permitido às mulheres, após o parto e até ao seu restabelecimento, comer arroz, açafrão, gengibre para mascar e malos (uma das folhas que ajuda no processo de cicatrização).

Em relação aos bebês recém-nascidos, não lhes é permitido mudar de roupa durante 40 dias e, durante este período, mãe e bebê ficam geralmente perto da lareira e não tomam banho.

Em todo o país existem apenas cinco hospitais distritais (Maubisse, Suai, Mailana, Bobonaro e Viqueque) e um Hospital Central (Hospital Guido Valadares em Díli).

Fora isso, existe apenas um médico por cada quatro mil habitantes, sendo o objetivo do Ministério da Saúde dispor de um médico por cada mil habitantes em 2015.

Na área da saúde materno-infantil não existem obstetras e ginecologistas locais, sendo os partos e outros cuidados materno-infantis assegurados por médicos de outras especialidades e outros técnicos de saúde.

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Fundação Mater Timor

>> 20090421


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