Uma pequena homenagem ao Presidente de Timor-Leste
>> 20080214
Com os nossos votos de rápidas melhoras e boa recuperação
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4 comentários:
Mana Lenalorosae,
"Médicos demonstram optimismo após quarta cirurgia a Ramos-Horta
15.02.2008 - 14h51 Lusa
O Presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta, voltou à unidade de tratamento intensivo do Hospital de Darwin após nova operação cirúrgica, bem sucedida, que leva a equipa médica a um prognóstico "optimista", disse hoje à Lusa a irmã do chefe de Estado timorense."
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1319744
Parece que seus/nossos votos estão sendo ouvidos ...
Bem-haja!
Maria
TIMOR: CONFLITOS INTERNOS E INTERESSES ESTRANGEIROS
Barbedo de Magalhães
professor catedrático da Faculdade de Engenharia
do Porto e presidente do IASI
Em 18 de Janeiro de 2008, dia seguinte ao do lançamento do seu livro sobre Timor na Fundação Mário Soares, o autor teve uma longa conversa com o embaixador da Austrália em Lisboa. Preocupado com a situação em Timor, disse ao embaixador que considerava imprescindível que o novo primeiro-ministro, Kevin Rudd, um velho amigo de Timor e um amigo pessoal de Ramos-Horta, controlasse as forças australianas colocadas em Timor, e os seus serviços secretos. De facto, em governos anteriores, estas tinham estado mais ao serviço da Austrália e de interesses económicos de algumas petrolíferas do que da estabilidade e da democracia no novo país.
A ineficácia dos serviços de informações das forças internacionais, quase exclusivamente australianas, que não souberam prever e evitar os ataques contra as duas principais figuras do Estado timorense, nem capturar ou neutralizar os militares que apoiavam o major Reinado, é um sinal de que, até ao dia do atentado, a política herdada do Governo anterior ainda não tinha sido mudada no terreno.
Convém não esquecer que em Março de 2002 o Governo de Howard retirou a Austrália dos tribunais internacionais relacionados com fronteiras marítimas. Em Dezembro desse ano, uma semana depois do MNE Downer ter ameaçado o PM timorense de lhe dar uma lição de política, a casa de Alkatiri foi revistada por um australiano e incendiada. A fúria de Downer contra Mari resultava de este não ceder às excessivas e ilegais exigências australianas relativamente ao petróleo do mar de Timor.
Aos exacerbados interesses económicos estrangeiros soma-se uma diferença de estratégias e um conflito quase permanente entre Mari e Xanana.
Ela vem dos anos oitenta, quando Xanana substituiu a política radical e exclusivista da Fretilin, por uma política mais realista e abrangente, de inclusão de todos os timorenses, mesmo que colaborassem com o ocupante. Nesse quadro assumiu o compromisso de que Timor-Leste não se tornaria numa "ameaça à estabilidade da área" e de que se oporia à eventual tomada de poder por qualquer partido hegemonista e pouco democrático.
A Constituição foi feita para marginalizar Xanana do processo político. Esta marginalização, os conflitos com a Igreja e o clima de medo criado pelo ex-ministro Lobato contribuíram fortemente para a eclosão da crise de 2006. A reacção de Xanana, tipicamente de guerrilheiro, também não foi a mais feliz.
Ao afirmar que o actual governo, de maioria parlamentar, era ilegítimo, Alkatiri continuou a tentar destruir politicamente um líder essencial para Timor. Com isso enfraqueceu a democracia, debilitou o estado e contribuiu para que este ficasse ainda mais dependente de forças e interesses estrangeiros.
(1) Barbedo de Magalhães, António Pinto - Timor-Leste - Interesses internacionais e actores locais. Afrontamento. Porto, 2007
Obrigada pela honrosa visita!
Abraço fraterno.
Pela parte que me toca, muito obrigada. Tenho a sensação que não se referiria a mim mas como também não se sabe bem ...
Abraço 'fraterno',
Maria
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