Timor-Leste / Eleições: Ramos-Horta reconheceu derrota

>> 20120321


19 de Março de 2012, 04:52


O Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, reconheceu hoje a sua derrota nas eleições presidenciais de sábado e felicitou Francisco Guterres Lu Olo e Taur Matan Ruak, os dois candidatos que passam à segunda volta.

"No dia 19 de maio pela meia-noite um novo Presidente será empossado de entre os dois candidatos que vão agora à segunda ronda", afirmou em declarações aos jornalistas o chefe de Estado timorense.
"Felicito os dois por irem à segunda ronda e apelo aos seus apoiantes para que mantenham esse comportamento admirável de civilidade que todos testemunharam", acrescentou.
Na declaração, feita em tétum, português e inglês, o Presidente começou por felicitar os timorenses pela forma como decorreu o ato eleitoral.
"As minhas primeiras palavras são para felicitar o povo timorense pelo civismo, sentido de responsabilidade cívico em ter participado em esmagadora maioria neste processo eleitoral, apesar das chuvas, das intempéries, apesar das estradas, mais de 70 por cento do eleitorado foi às urnas", afirmou.
A seguir destacou o comportamento "admirável" de todos os candidatos e partidos políticos que participaram na campanha eleitoral e agradeceu o apoio das organizações internacionais, sublinhando que todos contribuíram para um processo pacífico e profissional.
Na declaração, o chefe de Estado timorense explicou que não fez campanha eleitoral, porque não queria fazer campanha contra algumas figuras que considera heroicas e históricas em Timor-Leste.
"Não são só os dois que vão à segunda ronda, presidente da Fretilin, Francisco Lu Olo Guterres, e general Taur Matan Ruak, mas também o vice-primeiro-ministro José Luís Guterres e o presidente do parlamento nacional, Fernando La Sama de Araújo", disse.
Aos seus apoiantes, José Ramos-Horta agradeceu por acreditarem em si.
"Deram-me uma lição de extrema generosidade. A todos eles agradeço publicamente aqui", afirmou.
O Presidente timorense concluiu, afirmando que vai entregar ao futuro chefe de Estado um país diferente do que aquele que recebeu em 2007.
"Um país tranquilo, o povo readquiriu a alegria, a fé e o otimismo, as ruas de Díli tranquilas, as nossas forças armadas, a nossa polícia razoavelmente organizadas", salientou.
Segundo os últimos resultados provisórios das eleições presidenciais, Francisco Guterres Lu Olo obteve 128.266 votos (28,45 por cento), seguido de Taur Matan Ruak com 113.553 votos (25,18 por cento) e de José Ramos-Horta com 80.291 votos (17,89 por cento).
As eleições presidenciais realizaram-se no passado sábado.
MSE.
Lusa/Fim

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Timor-Leste/Eleições - Lu Olo e Taur Matan Ruak continuam a liderar contagem de votos nas presidenciais Últimas Crónicas Presidenciais nos Districtos Timor-Leste/Eleições:Lu Olo e Taur Matan Ruak na segunda volta, depois de contados mais de 75% dos votos




Francisco Guterres Lu Olo e Taur Matan Ruak vão disputar a segunda volta das presidenciais de Timor-Leste, ainda sem data marcada, depois de apurados mais de 75 por cento dos votos do escrutínio de sábado no país.

Segundo os últimos resultados provisórios, divulgados pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) de Timor-Leste, Francisco Guterres Lu Olo obteve 128.266 votos (28,48 por cento) e Taur Matan Ruak 113.553 votos (25,18 por cento).

São os seguintes os resultados eleitorais provisórios divulgados pelo STAE quando estão contados 475.795 votos (75,94 por cento):
1 - Francisco Guterres Lu Olo - 128.266 (28,48 por cento)
2 - Taur Matan Ruak - 113.553 (25,18 por cento)
3 - José Ramos-Horta - 80.291 (17,81 por cento)
4 - Fernando La Sama de Araújo - 79.653 (17,67 por cento)
5 - Rogério Lobato - 16.090 (3,56 por cento)
6 - José Luís Guterres - 9.053 (2,01 por cento)
7 - Manuel Tilman - 2.080 (1,80 por cento)
8 - Abílio Araújo - 6.139 (1,36 por cento)
9 - Lucas da Costa - 3.826 (0,85 por cento)
10 - Francisco Gomes - 3.505 (0,78 por cento)
11 - Maria do Céu Lopes da Silva - 1.820 (0,40 por cento)
12 - Angelita Pires - 1.219 (0,38 por cento)
A nível distrital a classificação dos quatro candidatos mais votados é a seguinte:
Aileu
Taur Matan Ruak - 2.794 (15,74%)
Francisco Guterres Lu Olo - 2.598 (13,70%)
José Ramos-Horta - 6.818 (35,96%)
Fernando La Sama de Araújo - 3.269 (17,24%)
Ainaro
Taur Matan Ruak - 2.824 (11,48%)
Francisco Guterres Lu Olo - 3.357 (13,65%)
José Ramos-Horta - 5.106 (20,76%)
Fernando La Sama de Araújo - 9.637 (39,18%)
Baucau
Taur Matan Ruak - 18.509 (42,21%)
Francisco Guterres Lu Olo - 21.371 (48,74%)
José Ramos-Horta - 749 (1,71%)
Fernando La Sama de Araújo - 935 (2,13%)
Bobonaro
Taur Matan Ruak - 8.176 (20,11%)
Francisco Guterres Lu Olo - 8.268 (20,34%)
José Ramos-Horta - 9.260 (22,78%)
Fernando La Sama de Araújo - 10.215 (25,13%)
Covalima
Taur Matan Ruak - 5.613 (20,78%)
Francisco Guterres Lu Olo - 6.922 (25,62%)
José Ramos-Horta - 3.942 (14,59%)
Fernando La Sama de Araújo - 7.651 (28,32%)
Díli
Taur Matan Ruak - 27.697 (31,68%)
Francisco Guterres Lu Olo - 22.595 (25,84%)
José Ramos-Horta - 18.429 (21,08%)
Fernando La Sama de Araújo - 12.164 (13,91%)
Ermera
Taur Matan Ruak - 6.319 (13,75%)
Francisco Guterres Lu Olo - 9.014 (19,61%)
José Ramos-Horta - 16.617 (36,15%)
Fernando La Sama de Araújo - 7.584 (16,50%)
Lautém
Taur Matan Ruak - 8.749 (30,99%)
Francisco Guterres Lu Olo - 12.052 (42,69%)
José Ramos-Horta - 1.512 (5,36%)
Fernando La Sama de Araújo - 4.300 (15,23%)
Liquiça
Taur Matan Ruak - 5.575 (19,60%)
Francisco Guterres Lu Olo - 6.352 (22,33%)
José Ramos-Horta - 5.453 (19,17%)
Fernando La Sama de Araújo - 7.649 (26,89%)
Manatuto
Taur Matan Ruak - 7.026 (34,83%)
Francisco Guterres Lu Olo - 4.092 (20,28%)
José Ramos-Horta - 3.880 (19,23%)
Fernando La Sama de Araújo - 2.624 (13,01%)
Manufahi
Taur Matan Ruak - 4.131 (18,46%)
Francisco Guterres Lu Olo - 6.152 (27,50%)
José Ramos-Horta - 2.918 (13,04%)
Fernando La Sama de Araújo - 5.396 (24,12%)
Oecussi
Taur Matan Ruak - 6.380 (22,93%)
Francisco Guterres Lu Olo - 4.617 (16,59%)
José Ramos-Horta - 4.997 (17,96%)
Fernando La Sama de Araújo - 6.318 (22,70%)
Viqueque
Taur Matan Ruak - 9.760 (27,58%)
Francisco Guterres Lu Olo - 20.876 (58,98%)
José Ramos-Horta - 610 (1,72%)
Fernando La Sama de Araújo - 1.911 (5,40%)

Dos 475.795 votos contados, o STAE considerou 450.905 válidos, 18.115 como nulos e 6.478 em branco.
A taxa de abstenção ainda não é conhecida.
O STAE envia hoje os resultados provisórios para a Comissão Nacional de Eleições, que terá 72 horas para resolver reclamações e confirmar resultados provisórios.
Os resultados oficiais serão anunciados pelo Supremo Tribunal de Recurso o mais tardar até ao início da próxima semana.

19 de Março de 2012, 08:55

MSE. / Lusa/Fim

http://presidenciais.sapo.tl/2012/

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Presidenciais em Timor iniciam fase decisiva para consolidar democracia

>> 20120320



Primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e a mulher, Kirsty Sword Gusmão

Campanha decorreu sem sobressaltos. Dez anos após a independência, novo teste à estabilidade. Há 12 candidatos mas corrida parece resumir-se a três. Resultados projectam legislativas.
Será bem-sucedida a estratégia do Presidente Ramos-Horta, que optou por uma campanha minimal? O prestígio de ex-chefe das Forças Armadas, somado ao apoio de Xanana Gusmão, valerá a eleição a Taur Matan Ruak? O peso da histórica Fretilin permitirá a Francisco Lu-Olo Guterres melhorar o que fez em 2007, quando chegou à segunda volta?

Se nenhum dos candidatos conseguir hoje, na primeira ronda das presidenciais timorenses, mais de metade dos votos - cenário provável devido à existência de várias candidaturas fortes e ao elevado número de concorrentes, 12 - os eleitores regressam às urnas no dia 14 de Abril para escolher entre os dois mais votados. E a 29 de Junho serão chamados a eleger um novo Parlamento. 
Qualquer que seja o resultado das presidenciais, o que Timor-Leste está a viver - hoje e nos próximos meses - é um teste à estabilidade e ao estado da sua democracia. "Se a eleição for bem-sucedida vai demonstrar que o povo de Timor-Leste aceita e valoriza a participação eleitoral, o que reflecte a consolidação da democracia. No entanto, se não correr bem, se for marcada por violência ou práticas desleais, pode fatalmente enfraquecer a ideia de democracia", disse ao PÚBLICO Damien Kingsbury, da Deakin University, na Austrália, que se declara optimista sobre o processo.
Paulo Gorjão, director do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, concorda que a eleição presidencial é "um teste à estabilidade" de um país que em Maio completa dez anos de independência. E também não antevê problemas. "Toda a gente conviverá bem com o resultado", considera o investigador, para quem nas legislativas haverá "maior tensão". Porquê? Estará em causa o poder executivo e desenha-se um "confronto partidário com um traço de natureza pessoal" entre Xanana e Mari Alkatiri, actual e ex-primeiro-ministro, há muito desavindos. 
A campanha, marcada pela morte de Xavier do Amaral, Presidente efémero em 1975, e que também era candidato, decorreu em ambiente calmo. O que é um dado relevante. Há cinco anos foi diferente: estava bem viva a agitação de ex-militares que parecia ir mergulhar novamente o país no caos. Em 2008, os atentados contra Horta e Xanana mantiveram as preocupações na agenda. Um tal passado acentua a importância das eleições deste ano. 
Se não houver problemas será provável a partida, no fim do ano, das forças estrangeiras chamadas a estabilizar a situação, incluindo a GNR portuguesa. Ficará também facilitada a integração de Timor na ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático). Além disso, como há dias assinalava a revista Economist, os investidores externos vão perceber "que o país deixou para trás os anos de violência". 

Os favoritos e os outros
Nas terceiras presidenciais em Timor, segundas desde a independência, Ramos-Horta, Matan Ruak e Francisco Lu-Olo Guterres são, para Damien Kingsbury, os candidatos com mais possibilidades de conseguirem a maioria dos votos dos 628.454 eleitores. O primeiro procura um inédito segundo mandato depois de em 2007, na segunda volta, ter derrotado Lu-Olo, com quase 70% dos votos. Tem como crédito uma "bem-sucedida presidência", considera o investigador australiano, autor de vários estudos sobre Timor. 
Matan Ruak, chefe da guerrilha na fase final da ocupação, e até há poucos meses chefe das Forças Armadas, entra em diferentes franjas do eleitorado e conta com o apoio de Xanana - que há cinco anos estava com Horta - e do seu CNRT (Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste, criado em 2007). Lu-Olo repete a candidatura pela histórica Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente, partido mais votado mas na oposição). Em 2007, foi o mais votado entre os oito candidatos da primeira volta, com 27,89%, mas perdeu depois para Horta. "Há outros que também podem ter bom desempenho, mas só dois passam à segunda volta e a maioria das pessoas espera que sejam dois desses três", acrescenta Kingsbury.
Para Paulo Gorjão, o leque de favoritos é ainda mais restrito. "Se houver vencedor à primeira volta é surpresa, se não forem Ramos-Horta e Matan Ruak a passar à segunda também", disse ao PÚBLICO. Lu-Olo tem o apoio do maior partido, mas "não tem muito carisma" nem "capacidade de ir buscar eleitorado a outros quadrantes", ao contrário dos rivais, considera. 
"A minha dúvida é se o facto de Ramos-Horta ser o incumbente e a popularidade lhe chegam", diz o investigador português, que vê na decisão do Presidente de não fazer campanha uma forma de "se proteger de uma possível derrota". A não-campanha de Horta não o impediu de fazer declarações nem promessas. Já com as eleições à vista defendeu, por exemplo, a revisão das pensões de deputados e governantes. 
Damien Kingsbury entende que, se passar à segunda volta, o Presidente, que avançou sem apoio partidário, tem boas possibilidades de ser reeleito, mobilizando o apoio dos não alinhados com o adversário. "Se enfrentar Lu-Olo, as suas hipóteses serão talvez maiores do que se tiver como adversário Ruak e depender do apoio da Fretilin, especialmente porque a Fretilin também simpatiza com Ruak - eles tentaram, sem êxito, que fosse ele o seu candidato", afirma.

Fernando La Sama de Araújo, presidente do Parlamento, que em 2007 foi terceiro, com mais de 19%, não é incluído no lote de favoritos. Rogério Lobato, ex-ministro, condenado por autoria indirecta de quatro homicídios, indultado por Horta; e José Luís Guterres, ex-vice-primeiro-ministro e aliado do CNRT, são também candidatos. Concorrem ainda Manuel Tilman, ex-deputado ao Parlamento português; Abílio Araújo; Francisco Gomes; Lucas da Costa; Angelita Pires, julgada e absolvida por instigação do atentado que em 2008 deixou Ramos-Horta gravemente ferido; e Maria do Céu Lopes da Silva.
O teste à democracia em Timor continua em Abril, ou pelo menos em Junho, com as legislativas. Os resultados das presidenciais permitirão perspectivar as eleições para a escolha do próximo Governo, ao qual se colocam como principais desafios a paz e a luta contra a pobreza - o país tem um Produto Interno Bruto per capita de 2220 dólares (Banco Mundial, 2010) e 41% da população vive com menos de um dólar por dia.

Para Paulo Gorjão, o confronto eleitoral com maior tensão serão as legislativas, não as presidenciais. Estará em causa o executivo e adivinha-se uma disputa acesa entre a Fretilin, com Alkatiri, e o CNRT, com Xanana, tendo como pano de fundo uma "pedra no sapato" da política timorense: a exclusão por Ramos-Horta, em 2007, da Fretilin, partido mais votado, do processo de formação do Governo. "Aí, de facto, é preciso que tudo corra bem."



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Timor-Leste: Eleições presidenciais - 17 Março 2012

>> 20120316


12 Candidatos à Presidência da República



Manuel Tilman

Manuel Tilman, de 60 anos, é um dos candidatos às Eleições Presidenciais em Timor-Leste. Estudou Direito na Universidade Clássica de Lisboa, é professor, e o presidente do partido Klibur Oan Timor Asuwa’in (KOTA). O filho do rei de Maubisse, foi deputado na Assembleia da República Portuguesa entre 1980 a 1984. Viveu em Açores e Macau. Pertenceu à direção do CNRT na Convenção de Peniche como jurista.

Taur Matan Ruak

Taur Matan Ruak candidata-se às eleições presidenciais em Timor-Leste porque acredita que conseguirá replicar a “transição bem sucedida” que conduziu nas Forças Armadas para a liderança política do país.

Francisco Guterres "Lu Olo"

Francisco Guterres, conhecido popularmente como “Lu Olo”, não é um estreante nas andanças políticas, mas foi na guerrilha que passou 24 anos. O atual líder da Fretilin é um dos 13 candidatos às eleições presidenciais em Timor-Leste.

Francisco Xavier Amaral

Francisco Xavier do Amaral, natural de Same, foi fundador e presidente da Associação Social Democrática Timorense que se tornou em Fretilin. Proclamou pela primeira vez a independencia unilateral de Fretilin que durou cerca de duas semanas antes de Timor ser invadido pela Indonésia. Ele era o único oponente a Xanana Gusmão nas eleições de 2002, onde obteve 17.31% dos votos. Também concorreu nas eleições de 2007 onde obteve  14.39% , na primeira volta.

Rogério Tiago de Fátima Lobato

Rogério Lobato, proveniente da família Lobato de Bazartete, Liquiçá. Irmão do herói timorense Nicolau Lobato; era o antigo Ministro da Defesa da República de curta duração Democrática de Timor-Leste proclamado em 28 de Novembro de 1975 e também serviu no primeiro governo constitucional de Fretilin como Ministro Interior e foi demitido 2006. Resultado de uma crise político-militar no país e condenado em 2007 com sete anos e meio de prisão.

Maria do Céu Lopes da Silva

Maria do Céu Silva nasceu em Ataúro em 1957 e sempre esteve ligada ao trabalho humanitário.

Angelita Maria Francisca Pires

Com 46 anos, Angelita Pires é a candidata presidencial mais nova. Viveu em Portugal e na Austrália após a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia e é sobrinha da atual ministra das Finanças, Emília Pires, e do secretário de Estado dos Recursos Naturais, Alfredo Pires.

José Ramos-Horta

José Ramos-Horta é um dos mais conhecidos habitantes Timor-Leste, tendo ocupado todos os cargos possíveis, depois de receber o Nobel da Paz em 1996, até chegar a Presidente da República, função a que se volta a candidatar nas eleições de 17 de março.

Francisco Gomes

Um engenheiro timorense formado na Indonésia e que trabalhou numa empresa de telecomunicações indonésia até 1999.

José Luis Guterres

José Luís Guterres, também conhecido como Lugu era membro do Comité Central e ex-governante do Partido Revolucionário para um Timor Leste Independente. José Luís Guterres estudou na Universidade de Cambridge, Universidade de Western Cape, na África do Sul, no Instituto Malásia de Diplomacia e Relações Internacionais e no Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais em Portugal.

Abilio da Conceição Abrantes de Araújo

Abilio da Conceição Abrantes de Araújo, natural de Aileu, nasceu a 18 Outubro de 1949. Andou até à primeira classe em Aileu e continuou até à quarta classe na Missão Salesiana de Lahane, Dili. Continuou os seus estudos na Escola São Francisco Xavier em Dare. Em 1962 juntou-se ao Seminário de Nossa Senhora de Fátima, de Dare. Biografia: Abílio Araújo tem uma aptidão especial pela música e durante os seus anos de estudo na Missão Salesiana e no Seminário foi regente do corod do Seminário.

Lucas da Costa

Lucas da Costa é membro do atual parlamento do Partido Democrático e reitor da Universidade da Paz. Candidata-se nestas eleições como independente.

Fernando "La Sama" de Araújo

Fernando “La Sama” de Araújo é o candidato mais jovem às presidenciais em Timor-Leste e também aquele que mais apoios recolhe junto do eleitorado mais novo.Com 48 anos, Fernando “La Sama” de Araújo, é presidente do Parlamento timorense desde 2007.

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Timor-Leste: MED e GNR assinam Memorando de Entendimento

>> 20120313


MED e GNR assinam Memorando de Entendimento

Seg. Março 05, 16:32

O Ministério da Economia e Desenvolvimento e o Subagrupamento Bravo da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Portugal assinaram, dia 1 de Março no Quartel da GNR, um Memorando de Entendimento para a implementação de um novo “projecto-piloto” para a capacitação e formação de quadros técnicos.

Este Memorando de Entendimento tem como objectivo o desenvolvimento de um “projecto-piloto” de cooperação na área da capacitação profissional e da criação de micro-negócios ou cooperativas, de forma a envolver a população jovem timorense e promover o empreendedorismo, a redução da pobreza, contribuindo ao mesmo tempo para o desenvolvimento sustentável da economia.

Este “projecto-piloto” visa capacitar os formandos do Centro Profissional de Tibar, ainda sem acesso ao mercado de trabalho, com vista à sua capacitação técnica especializada nas áreas de carpintaria, electricidade, mecânica, canalização, entre outras, de forma a facilitar a sua entrada no Mercado de trabalho.

O Centro Nacional de Emprego e Formação Profissional, da Secretaria de Estado da Formação Profissional e Emprego, indicará os estagiários que devem frequentar o estágio com o objectivo de promover a capacitação dos jovens nas áreas essenciais à sustentabilidade da economia e cuja procura está em crescimento.

A Guarda Nacional Republicana, cede as oficinas e o seu “know how” no sentido de promover a capacitação técnica dos jovens timorenses, contribuindo para a sua inserção na sociedade.

O Memorando de Entendimento foi assinado pelo Ministro da Economia e Desenvolvimento, João Mendes Gonçalves, e pelo Capitão João Almeida Martinho do Subagrupamento Bravo da GNR.
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Dia Internacional da Mulher - Xanana Gusmão: “PARTICIPAÇÃO DAS JOVENS MULHERES NO DESENVOLVIMENTO NACIONAL PARA UMA MUDANÇA PARA O FUTURO”

>> 20120309




ALOCUÇÃO
DE SUA EXCELÊNCIA O PRIMEIRO-MINISTRO DA
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
KAY RALA XANANA GUSMÃO
POR OCASIÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

“PARTICIPAÇÃO DAS JOVENS MULHERES NO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL PARA UMA
MUDANÇA PARA O FUTURO”

Suas Excelências Membros do Parlamento Nacional e caros colegas do Governo
Sua Excelência RESG da ONU Ameerah Haq
Excelências representantes do Corpo Diplomático, Agências Internacionais e ONGs
Senhoras e Senhores,

É para mim uma grande honra e um privilégio estar aqui, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, e ter a oportunidade de render uma homenagem a todas as mulheres timorenses.

Sim, porque falar da Mulher em geral implica, necessariamente, fazer uma referência muito especial a todas as mulheres que nasceram em Timor-Leste e que tanto têm dado em prol da nossa querida Nação.

Considero que a mulher timorense é sinónimo de coragem e determinação!
Para além de um importante papel que tem vindo a desempenhar na construção do nosso Estado, a mulher timorense é impulsionadora da nossa vida em sociedade. É a mulher que cuida dos nossos lares, que cuida dos nossos filhos e que cuida também, e cada vez mais, do crescimento da nossa Nação e do crescimento da nossa economia.

É espantoso a capacidade da mulher em assumir tantos e variados papéis, não descuidando nenhum deles, com igual empenho.

Lembro que, mesmo durante a luta armada, nunca teríamos obtido qualquer sucesso se a mulher timorense, desde a primeira hora, não tivesse dedicado todo o seu esforço e saber à causa da libertação nacional, prestando todo o tipo de apoio indispensável à Resistência.

Muitas mulheres foram também combatentes e muitas delas deram igualmente a sua vida para que a Independência da nossa Pátria passasse a ser uma realidade.

Senhoras e senhores,

E hoje, quando já respiramos a liberdade e a soberania nacional, alcançados com tantos sacrifícios, a mulher continua a desempenhar um papel fundamental dentro da sociedade, tanto ao serviço público como na realização das actividades do sector privado, as quais constituem o motor de desenvolvimento sustentado que vai permitir ao nosso Povo desfrutar de melhores condições de vida.

A mulher timorense está representada ao mais alto nível nos diversos órgãos do Estado. Com naturalidade, a mulher alcançou posições de destaque no Governo, sendo responsáveis por várias pastas ministeriais, algumas delas vitais na acção governativa.

De igual modo desde a Assembleia Constituinte, ainda antes da Independência, até a actual legislatura, que no Parlamento Nacional se têm destacado ilustres deputadas, ocupando, desde sempre, o sector feminino uma considerável parte das diversas bancadas parlamentares.

Temos ainda a destacar as nossas Embaixadoras, em Portugal, nas Nações Unidas, na China e em Moçambique, que desempenham um papel muito relevante a nível internacional. É também uma mulher timorense que lidera o grupo do g7+ dos Estados frágeis e tanto no Comité do CEDAW como no Conselho Executivo da Organização Mundial de Saúde, são mulheres que têm representado Timor-Leste.

Na polícia, a percentagem de mulheres é uma das mais elevadas do mundo, destacando-se a sua presença não só em termos quantitativos como também, e sobretudo, qualitativos. Muitas ascenderam já, por mérito próprio, a escalões de comando que muitos pensavam, e insinuavam, estar apenas destinados para homens.

Também nas Forças Armadas, gradualmente, a mulher tem vindo a adquirir uma considerável representação, exercendo os seus deveres militares em paridade com os seus camaradas masculinos.

Na sociedade civil, as mulheres participam activamente nas ONGs e no sector privado, as mulheres timorenses abraçaram esta forma de participação com vigor e esperança.

E se, senhoras e senhores, muito ainda há a fazer para promover a igualdade do género no nosso país, não podemos deixar de constatar que temos estado verdadeiramente empenhados na emancipação da mulher timorense.

A mulher representa um papel fundamental para o futuro de Timor-Leste.

Quando falamos na promoção da igualdade do género, não podemos esquecer que o nosso objectivo é eliminar os obstáculos que impedem a realização plena da mulher.

Não chega, portanto, apenas tomar consciência de que existe igualdade jurídica, ou seja, igualdade de direitos e deveres mas antes desencadear todos os mecanismos e processos que possibilitem uma efectiva paridade aos homens em todas as dimensões da vida, quer ela seja política, social ou económica.

Na administração pública, há um cada vez maior envolvimento de mulheres nos sectores profissionais desde juízas a médicas, desde engenheiras a técnicas.

Sobretudo no âmbito da Secretaria de Estado da Promoção Igualdade têm vindo a ser desenvolvidas medidas importantes para aumentar a participação das mulheres em vários sectores da sociedade, como nomeadamente: a formação, pesquisa e desenvolvimento de políticas e estratégias de promoção de igualdade, assim como o desenvolvimento de um orçamento de Estado que seja sensível à questão do género.

Não posso terminar sem agradecer à Secretária de Estado da Promoção da Igualdade, Senhora Idelta Rodrigues, todo o seu empenho e dedicação em trabalhar em prol das mulheres timorenses e, também, pela organização desta iniciativa.

Finalmente, os meus Parabéns a todas as mulheres aqui presentes neste dia tão especial que visa colocar a mulher no lugar que ela merece e ocupa na sociedade.

Muito obrigado.

Kay Rala Xanana Gusmão

Centro de Convenções de Díli
8 de Março de 2012



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"Step by Step: Women of East Timor, Stories of Resistance and Survival"



Jude Conway (ed.), Step by Step: Women of East Timor, Stories of Resistance and Survival, Darwin, N.T., CDU Press, 2010.

Review: Surviving and resisting in Timor-Leste
Conway presents a collection of oral histories that brings to the forefront the role of women in the resistance movement

Jen Hughes and Sara Niner

.../ ... Women are almost always invisible in the telling of East Timorese history. Most of the writing on East Timor is focused on male leaders and guerrilla-fighters. However over recent years in a campaign to recognise the actions of women during the independence struggle, a series of texts have been published by Timorese women and their international supporters. This book can be counted among them. It is an act of political solidarity by editor Jude Conway, and this is its great strength.

Step by Step: Women of East Timor, Stories of Resistance and Survival was launched around Australia and in Timor in 2010. It presents 13 oral histories from women well-known in Timor for their roles in that country’s independence struggle: on the guerilla front, in the diplomatic arena and within the student movement, both in Timor-Leste and beyond. Each story is accompanied by several pages of photos of these women, many taken by Conway who was part of their struggle for an independent Timor-Leste for over twenty years. The photographs amplify the stories, showing, somewhat disconcertingly, how love, marriage, birth, friendship and personal achievement continued during the Indonesian military occupation of Timor. .../...

http://www.insideindonesia.org/stories/review-surviving-and-resisting-in-timor-leste-03031499?utm_source=All+Subscribers&utm_campaign=fd7dfe88f3-Weekly_05_Mar_2012&utm_medium=email

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'Xanana Gusmao: Strategies for the future'

>> 20120308





Este livro  'Xanana Gusmao: Strategies for the future' pode ser encomendado via:
website:



David Longfield   Longueville Media   68 Oxford Street  Woollahra NSW 2025   |   www.longmedia.com.au
T  +61 2 9362 8441  M  +61 410 519 685   |   ABN 81 099 761 878   |   Twitter: davidlongfield   |   Blog: www.davidlongfield.com


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Xavier do Amaral - "Uma perda para o País e para o Povo de Timor-Leste"

>> 20120306



Secretário de Estado do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste Ágio Pereira
6 de Março de 2012
Díli, Timor-Leste

Uma perda para o País e para o Povo de Timor-Leste

É com profunda tristeza e consternação que o Governo de Timor-Leste tomou conhecimento do falecimento de Sua Excelência o Senhor Francisco Xavier do Amaral, o primeiro Presidente e Proclamador da Independência de Timor-Leste. O Primeiro-Ministro, Sua Excelência Kay Rala Xanana Gusmão, em nome do Governo, apresenta sentidas condolências à família, amigos e colegas.

Francisco Xavier do Amaral nasceu em Turiscai, Manufahi, em 1937. Em 1974 fundou o ASDT, que depois deu origem à FRETILIN, do qual partido ele também foi fundador. A 28 de Novembro de 1975 proclamou, em nome do Comité Central da FRETILIN, a Independência da República Democrática de Timor-Leste e tornou-se o seu primeiro Presidente da República.

Xavier do Amaral veio a ser substituído por Nicolau Lobato, na sequência da invasão indonésia de 7 de Dezembro de 1975. Mais tarde, acabou por ser preso pelo país invasor e foi levado para Jacarta, onde passou largos anos em trabalho compulsivo no país ocupante.

Foi deputado desde 2001, tendo sido nomeado Vice-Presidente do Parlamento Nacional em 2002. Foi sempre um político dedicado e convicto dos seus ideais em contribuir para o desenvolvimento do país, sendo candidato a Presidente da República nas eleições que terão lugar a 17 de Março deste ano.

Quer durante a luta de libertação pela independência, quer já na fase de construção de um Estado soberano e Independente, Francisco Xavier do Amaral foi sempre um Homem corajoso e lutador pelos princípios de direito democráticos e pela dignidade dos timorenses.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão disse “Hoje perdemos uma figura histórica do nosso país que dedicou a sua vida a servir o Povo de Timor-Leste e que colocou todo o seu empenho em construir e fortalecer a nossa Nação. O nosso Povo está de luto pela perda do Proclamador e primeiro Presidente da República. 

Para a sua família, amigos e colegas e militantes do Partido, consagramos os nossos pensamentos e orações nestes tempos difíceis e de sofrimento e expressamos as nossas mais sentidas condolências.”

O Governo de Timor-Leste aprovou hoje uma resolução a decretar o Luto Nacional, durante três dias, em sinal de pesar pelo falecimento do Proclamador da Independência.” 

FIM


Para mais informações é favor contactar:
Ágio Pereira +670 723 0011
agio.pereira@cdm.gov.tl
govtlmedia@gmail.com
Portal electrónico:
www.timor-leste.gov.tl


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Xavier do Amaral faleceu hoje em Díli (Actualizada)



"O Proclamador da Independência Xavier do Amaral faleceu hoje em Dili. É uma grande perda para a Nação. 

Timor-leste perdeu mais um dos seus hérois da Independência, Um combatente da liberdade da pátria, um grande homem do Estado e uma figura incontornável da luta de libertação".


Integrava a lista de 13 candidatos à eleição para a Presidência da República no próximo dia 17. 


Sentidas condolências aos familiares e companheiros.



Francisco Xavier do Amaral (n. 1937) foi fundador e presidente da Associação Social Democrática Timorense (mais tarde Fretilin) e um dos candidatos às Eleições Presidenciais em Timor-Leste em 2002 e em Abril de 2007.


Chegou a receber as primeiras ordens, mas abandonou a via sacerdotal. Fundador da autoproclamada República Democrática de Timor-Leste. Refugiou-se nas montanhas aquando da invasão indonésia, mas foi preso em 1978 pelos companheiros, acusado de "traição", capturado e exibido em público pelos militares indonésios, que o mantiveram sob prisão virtual durante 22 anos. No regresso a Timor, apesar de reabilitado pela Fretilin, optou por fundar o seu próprio partido, a ASDT (que conquistou três lugares no Parlamento).




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