Sector da saúde em Timor-Leste aumenta capacidade com a graduação de mais de 400 médicos timorenses
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Cada um destes alunos concluiu com êxito os exames finais, depois de quatro anos de estudo em Cuba e dois anos na Universidade de Timor-Leste, e vão agora juntar-se aos 80 médicos, que estão a praticar, e que se formaram em 2010/2011. Mais 90 alunos vão voltar a sentar-se para os exames finais em Abril de 2013 e, no final de 2013, mais 250 estudantes vão realizar os exames finais depois de seis anos de estudo.
Em 2016 prevê-se que haja mais de mil timorenses licenciados em medicina, praticando como médicos totalmente qualificados em Timor-Leste.
Este resultado, verdadeiramente notável para Timor-Leste, em apenas dez anos após a restauração da independência, foi conseguido com o apoio, investimento e cooperação de Cuba. Ao participar na cerimónia dirigida aos estudantes, o Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão pediu ao Embaixador cubano em Timor-Leste para transmitir ao Comandante, ao Presidente, ao Governo e ao povo de Cuba a sua gratidão pessoal e a gratidão de todos os timorenses.
"Não posso deixar de referir-lhe o quanto estamos gratos, por Cuba ter acolhido generosamente estas centenas de jovens, valorizando-os com conhecimentos e preparação técnica para exercerem as suas obrigações para com o seu povo, na área da medicina."
No seu discurso, o Embaixador Cubano, Luis Julián Rodríguez Laffitte, recordou a reunião em Fevereiro de 2003, quando Xanana Gusmão, José Ramos-Horta e Mari Alkatiri se reuniram com o Comandante Fidel Castro, na Malásia.
Realçou que foi nesse momento que "nasceu a ajuda cubana para Timor-Leste, que se materializou através de o envio de uma brigada de profissionais de saúde para prestar assistência médica, da concessão de bolsas de estudo a jovens timorenses para estudarem medicina em Cuba e da assistência técnica para eliminar o analfabetismo em Timor-Leste".
Na semana passada, antes desta graduação Timor-Leste tinha 13 médicos especialistas, 139 médicos de clínica geral, 1.271 enfermeiros e auxiliares de enfermagem, 427 parteiras e 416 técnicos de saúde.
Dirigindo-se aos estudantes, o Primeiro-Ministro foi assertivo ao descrever os desafios que têm pela frente, que são os de Timor-Leste, com 10 anos de independência. Delineou os planos para enfrentar esses desafios, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento e do Programa de cinco anos do V Governo Constitucional.
O Primeiro-Ministro referiu que "iremos continuar a investir fortemente no desenvolvimento dos recursos humanos, até conseguirmos o objectivo de ter pelo menos um médico, dois enfermeiros, duas parteiras e um técnico de laboratório em cada Suco do País (com pelo menos 2.000 habitantes)".
Em nome de Cuba, o Embaixador aconselhou os formandos: "Certamente agora vão enfrentar grandes desafios e necessidades nos distritos e sucos do país onde estiverem destacados. Devem ser bons médicos, muito humanos com seus pacientes e, especialmente, fazerem todos os esforços para salvar vidas, tanto quanto possível".
O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão resumiu o significado do momento concluindo: "A graduação de um número considerável de filhos desta terra, num sector tão essencial para o nosso povo, como é o da saúde, é motivo de grande regozijo e de esperança renovada no futuro".
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Ágio Pereira
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