"“Pretendo aprender esse dialeto e depois expor a importância da aquisição do português”. Todos os aspectos formais, como documentação, por exemplo, são elaborados na língua oficial. “Eles precisam ter esse domínio, porque linguagem significa ter poder, e eles fazem parte de um país que precisa disso diante do mundo”, diz."
Professora da Uniplac vai trabalhar a língua portuguesa no Timor-Leste
Professora Ilsen Chaves embarca na próxima semana para o país mais jovem do mundo para qualificar docentes na Universidade Nacional do Timor-Leste
Depois de trabalhar a disciplina de língua portuguesa em diversos cursos na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) e ter sua pesquisa voltada à educação no campo, professora Ilsen Chaves aceita mais esse grande desafio profissional. Na próxima semana, ela e mais nove professores brasileiros embarcam para o Timor-Leste. Esse grupo de docentes foi selecionado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para participar do Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor-Leste. Os projetos naquele país terão uma duração de oito meses. A tarefa de Ilsen será a de trabalhar a língua oficial do país, a portuguesa, com professores que cursam licenciatura na Universidade Nacional do Timor-Leste. Além disso, ela pretende realizar atividades com a comunidade timorense, que tem como língua materna o teto. “Pretendo aprender esse dialeto e depois expor a importância da aquisição do português”. Todos os aspectos formais, como documentação, por exemplo, são elaborados na língua oficial. “Eles precisam ter esse domínio, porque linguagem significa ter poder, e eles fazem parte de um país que precisa disso diante do mundo”, diz. A expectativa da professora é de contribuir com os timorenses na socialização do conhecimento. Com o retorno, deseja reassumir as atividades na Uniplac e colaborar com o desenvolvimento regional sustentável no trabalho da educação no campo. Para compartilhar essa experiência com os brasileiros, Ilsen utilizará a internet para descrever seu cotidiano através de um blog. Assessoria de Comunicação Uniplac Para Agência São Joaquim Online
Fiquei espantado que alguem que pretende trabalhar em Timor Leste faria algo tão insensível como descrever a língua principal do páis (cujo o nome em português é 'tétum' não 'teto') como um 'dialeto', que é tão desrespeitoso. Um dialeto é uma variedade de uma língua, como o português brasileiro é um dialeto da língua portuguesa, não uma língua vernacular.
O tétum já não é apenas uma língua vernacular, é uma língua escrita, usada pela imprensa cotidiana e pelas ONGs no país. O português não é a única língua oficial, mas há uma tendência a ignorar isso à parte de algumas pessoas poderosas.
Ironicamente, o desenvolvimento do tétum como uma língua moderna deve muito à lusificação, com a língua cheio de empréstimos portugueses. Entanto, esta não faz o tétum um crioulo português, como o número grande de empréstimos franceses em inglês faz o inglês um crioulo francês.
Historicamente em Timor Português, os missionários portugueses usaram uma variedade crioulizada do tétum, que se chamou 'tétum-praça', semelhante ao uso da língua geral ou nheengatú pelos jesuitas no Brasil.
Talvez se o Marquês de Pombal não tivesse expulsado os Jesuitas do Império Português ao fim do XVII século, a língua principal do Brasil hoje seria o nheengatú ou a língua geral, como a língua principal do Paraguai é o guaraní.
Embora Timor Leste seja linguisticamente lusificado, é longe de ser um país lusófono - o indonésio é ainda onipresente por causa da herança da ocupação entre 1975 e 1999, e a dependência continuada do país sobre o vizinho gigante, seja económica ou educacional - muitos mais timorenses estudam nas universidades na Indonésia do que em Portugal, sem falar do Brasil.
A língua portuguesa não é uma língua de cultura popular - a ironia é que muitos timorenses adoram as telenovelas brasileiras, mas habitualmente veem as versões dubladas da Indonésia! É apenas nos dois anos passados que podem vê-las no português original, graças à gentileza da TV Globo, mas são sem legendas em uma língua que podem compreender.
Os portugueses têm tido uma tendência a ver Timor Leste, como Macau e Goa, em isolamento da região vizinha, em vez de no contexto dele - é a mentalidade da enclave. O Brasil não tem tal desculpa - como um gigante regional e membro do G20, como a Indonésia, e tem a vantagem de não ter nenhuma bagagem histórica e colonial.
muita treta ... e a jornalista ou o jornalista é que merecem ser criticados. vamos ver se a senhora e sua comitiva é assim ou não.\isto vale para quem cá está.
Nasceu a 17 NOV 2007, o blogue UMA LULIK (Casa Sagrada, em tétum) que pretende, maioritariamente, abordar assuntos sobre Timor-Leste. Visitas regulares são aconselhadas e contributos válidos serão bem recebidos! Escreva-nos!
5 comentários:
"“Pretendo aprender esse dialeto e depois expor a importância da aquisição do português”. Todos os aspectos formais, como documentação, por exemplo, são elaborados na língua oficial. “Eles precisam ter esse domínio, porque linguagem significa ter poder, e eles fazem parte de um país que precisa disso diante do mundo”, diz."
Professora da Uniplac vai trabalhar a língua portuguesa no Timor-Leste
Professora Ilsen Chaves embarca na próxima semana para o país mais jovem do mundo para qualificar docentes na Universidade Nacional do Timor-Leste
Depois de trabalhar a disciplina de língua portuguesa em diversos cursos na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) e ter sua pesquisa voltada à educação no campo, professora Ilsen Chaves aceita mais esse grande desafio profissional. Na próxima semana, ela e mais nove professores brasileiros embarcam para o Timor-Leste. Esse grupo de docentes foi selecionado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para participar do Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor-Leste. Os projetos naquele país terão uma duração de oito meses.
A tarefa de Ilsen será a de trabalhar a língua oficial do país, a portuguesa, com professores que cursam licenciatura na Universidade Nacional do Timor-Leste. Além disso, ela pretende realizar atividades com a comunidade timorense, que tem como língua materna o teto. “Pretendo aprender esse dialeto e depois expor a importância da aquisição do português”. Todos os aspectos formais, como documentação, por exemplo, são elaborados na língua oficial. “Eles precisam ter esse domínio, porque linguagem significa ter poder, e eles fazem parte de um país que precisa disso diante do mundo”, diz.
A expectativa da professora é de contribuir com os timorenses na socialização do conhecimento. Com o retorno, deseja reassumir as atividades na Uniplac e colaborar com o desenvolvimento regional sustentável no trabalho da educação no campo. Para compartilhar essa experiência com os brasileiros, Ilsen utilizará a internet para descrever seu cotidiano através de um blog.
Assessoria de Comunicação Uniplac Para Agência São Joaquim Online
Fiquei espantado que alguem que pretende trabalhar em Timor Leste faria algo tão insensível como descrever a língua principal do páis (cujo o nome em português é 'tétum' não 'teto') como um 'dialeto', que é tão desrespeitoso. Um dialeto é uma variedade de uma língua, como o português brasileiro é um dialeto da língua portuguesa, não uma língua vernacular.
O tétum já não é apenas uma língua vernacular, é uma língua escrita, usada pela imprensa cotidiana e pelas ONGs no país. O português não é a única língua oficial, mas há uma tendência a ignorar isso à parte de algumas pessoas poderosas.
Ironicamente, o desenvolvimento do tétum como uma língua moderna deve muito à lusificação, com a língua cheio de empréstimos portugueses. Entanto, esta não faz o tétum um crioulo português, como o número grande de empréstimos franceses em inglês faz o inglês um crioulo francês.
Historicamente em Timor Português, os missionários portugueses usaram uma variedade crioulizada do tétum, que se chamou 'tétum-praça', semelhante ao uso da língua geral ou nheengatú pelos jesuitas no Brasil.
Talvez se o Marquês de Pombal não tivesse expulsado os Jesuitas do Império Português ao fim do XVII século, a língua principal do Brasil hoje seria o nheengatú ou a língua geral, como a língua principal do Paraguai é o guaraní.
Embora Timor Leste seja linguisticamente lusificado, é longe de ser um país lusófono - o indonésio é ainda onipresente por causa da herança da ocupação entre 1975 e 1999, e a dependência continuada do país sobre o vizinho gigante, seja económica ou educacional - muitos mais timorenses estudam nas universidades na Indonésia do que em Portugal, sem falar do Brasil.
A língua portuguesa não é uma língua de cultura popular - a ironia é que muitos timorenses adoram as telenovelas brasileiras, mas habitualmente veem as versões dubladas da Indonésia! É apenas nos dois anos passados que podem vê-las no português original, graças à gentileza da TV Globo, mas são sem legendas em uma língua que podem compreender.
Os portugueses têm tido uma tendência a ver Timor Leste, como Macau e Goa, em isolamento da região vizinha, em vez de no contexto dele - é a mentalidade da enclave. O Brasil não tem tal desculpa - como um gigante regional e membro do G20, como a Indonésia, e tem a vantagem de não ter nenhuma bagagem histórica e colonial.
muita treta ... e a jornalista ou o jornalista é que merecem ser criticados. vamos ver se a senhora e sua comitiva é assim ou não.\isto vale para quem cá está.
Que horror!
Oxalá mudem de concepção sobre o "dialeto" ao pisar em Dili.
Brasileiro perplexo
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