Timor: um país por cumprir

>> 20100830

Se a liberdade tivesse hora para nascer, Timor não seria um dos países mais jovens do Mundo.

Quando Timor se tornou um país independente, já Sofia tinha sido ultrapassada por 100 anos de vida. Há muito que deixou de contar os dias que insiste em passar. Perdeu-se no tempo mas não no espaço.



Sofia Alda da Silva: “Eu não sei os meus anos. Os meus anos já passaram. Sei que fui para Dili, a companhia de Taibessi não existia e eu cresci em Taibesse.”


Eu agora estou cheia de sono e vocês querem falar comigo” - risos.




Bem contados, são pelo menos 120 anos que lhe moldaram a pele e a personalidade. Sofia Alda da Silva guarda no nome um país que sempre conheceu à distância, atravessou a História a trabalhar e foi na fazenda Algarve que encontrou um poiso certo.


Foi aqui, no distrito de Liquiçá que Manuel Viegas Carrascalão, preso político depurtado para Timor nos finais dos anos 20, refez a vida. Deu à fazenda que comprou o nome da terra onde nasceu e a Sofia a responsabilidade de amparar à nascença, cada um dos 12 filhos que teve. Memórias que ainda hoje lhe colocam um sorriso nos lábios, ao contrário de outras que preferia apagar.



A guerra de 75 foi horrível, as pessoas mataram-se, provocaram-se uns aos outros. Tivemos de fugir. Fugiram todos de autocarro. O melhor é eu ficar calada porque eu não sei do paradeiro dos meus filhos.”



Viu a casa onde sempre trabalhou três vezes ser destruída para três vezes ser reconstruída. As milícias pró-Indonésia enterraram-na até ao pescoço e deixaram-na entregue à sua própria sorte.


Aqueles que me quiseram matar já nem sei onde estão. Bateram-me em mim aqui. Os que me bateram e atacaram aqui estão todos mortos.”



Eu já não tenho dentes agora vocês querem que eu fale?!”



É complicado falar abertamente para quem durante 24 anos foi obrigado a ficar calado.


A 30 de Agosto de 1999 os timorenses substituíram as palavras que nunca disseram por uma votação expressiva. Quiseram ser independentes e com isso ditaram o fim da ocupação Indonésia.



Ramos Horta: “Fizemos as pazes com todo aquele mundo que esteve do lado errado da História, da trincheira. Em primeiro lugar, a Indonésia; segundo, Estados Unidos que providenciava ao Estado indonésio, ao regime da altura o equipamento bélico e a Austrália que também foi o país que mais apoiou a Indonésia durante os anos de ocupação.”



A independência restaurada em 2002 revelou afinal uma enorme dependência da comunidade internacional. Sem dinheiro e sem a paz interna necessária, Timor viveu a última década numa crise permanente, pontuada pela violência.


O episódio mais recente aconteceu há dois anos. Ramos Horta, Nobel da Paz em 96 e actual Presidente da República de Timor-Leste, foi vítima de um atentado que quase lhe roubou a vida. Hoje fala de um país mais próximo da reconciliação.



Ramos-Horta: “Haverá pela própria estatística da polícia das Nações Unidas, que Timor-Leste hoje tem uma tacha/indice de criminalidade dos mais baixos do mundo. O que não significa que os problemas estão completamente resolvidos, ultrapassados, ainda existem problemas. Subsistem nos bairros, entre jovens, ditos grupos de artes marciais que esporadicamente se batem, mas não usam armas de fogo, usam pedradas entre eles.”



A música, língua e o verde dos carros faz com que a GNR seja hoje uma das presenças mais marcantes de Portugal em Timor. Quatro anos e nove contingentes depois, a guarda portuguesa já raramente usa a força para manter a ordem pública. Na maior parte dos casos, basta aparecer.



Marco Santos – Capitão da GNR: “A GNR em Timor tem um efeito dissuasor e a própria presença da GNR leva a que, à partida, se minimizem problemas maiores. Os timorenses gostam da GNR, os timorenses acarinham, sinto carinho da parte dos timorenses para com os portugueses, para com a GNR e isso é um grande trunfo que nós temos.”




Depois do atentado a Ramos Horta a GNR passou a fazer segurança pessoal ao Presidente. Hoje preparam a Polícia timorense para essa tarefa a pensar na saída que está prevista para 2012. É pelo menos essa a data limite da Missão das Nações Unidas.



Ramos-Horta: “Creio que em 2012 as Nações Unidas podem finalmente fazer as malas, sair do país com um grande agradecimento de Timor-Leste. Nós timorenses, temos que crescer, politicamente, assumir as nossas responsabilidades, sermos dignos do sacrifício deste povo. Sermos dignos da confiança dos investimentos da comunidade internacional. Não o fazendo, não serei eu a voltar às Nações Unidas e a classe política timorense sabe toda ela, ordenada pela comunidade internacional e pelo povo.”



Os anos passaram e em Timor continua quase tudo por fazer. As estradas que serpenteiam montes e montanhas viram o primeiro e último alcatrão do tempo dos indonésios.


180Kms correspondem a seis horas de uma viagem cansativa, perigosa e com muitos precalços pelo meio.


Xanana conhece estas montanhas como poucos e durante um mês resolveu voltar a percorrer os caminhos da resistência.



É em Alas, no distrito de Manufahi que o vamos encontrar numa espécie de Governo aberto, a que a oposição chama “campanha eleitoral antecipada”.



O ídolo de um povo transforma-se aos poucos numa espécie de Deus vivo, capaz de mobilizar tudo e todos mas Xanana tem mais para oferecer. Tráz no discurso a promessa da reconstrução, a promessa de um país novo.



Xanana Gusmão: “Nestes dez anos cometemos um erro fatal que não deveremos cometer mais no futuro. Foi a crise. A crise de 2002 a 2007 que dividiu os timorenses, que destruiu muitos lares mas que depois, como consequência, exigiu do Estado colocar muito dinheiro para reparar. Venho com uma mensagem: nunca mais nos destruiremos a nós mesmos, nos destruamos.”



Benfiquista assumido, Xanana enverga hoje o equipamento do Chelsea, clube ingês que durante quatro anos foi treinado por José Mourinho. É a admiração que tem pelo treinador português que o leva a vestir a camisola azul e agora que Mourinho foi para o Real de Madrid, Xanana diz que está na hora de comprar o equipamento do Inter de Milão.


É este o Xanana que nunca fica sem resposta, do discurso fácil interminável, aguenta-se horas de microfone na mão. Pesadas as diferenças políticas é em tudo igual na forma a outros líderes históricos como Fidel Castro ou Hugo Chavez. Sempre em tétum fala das estradas que quer construir, das escolas que quer recuperar, das centrais electricas que promete espalhar pelo país. Afinal, agora Timor tem dinheiro para gastar.


Xanana Gusmão: “Hoje como estamos numas condições bastante boas, em termos políticos, em termos financeiros, ora o que se coloca agora é que devemos dar toda a atenção, prestar todo o apoio ao nosso povo.”



Timor tem sido um poço sem fundo. A maioria da população continua a viver em condições de pobreza extrema apesar dos milhares de milhões de dólares que deveriam ter servido para a reconstrução do país. Dinheiro que se perdeu entre conflitos, corrupção e falsas ajudas da comunidade internacional.


Ramos-Horta: “O apoio que temos tido é suficiente só que deveria ser melhor investido.”



Repórter, Anselmo Crespo: “Quem é que está a gerir mal?”



Ramos-Horta: “Bom, é mesmo a política dos doadores. Quando 70% da ajuda vai para os seus próprios técnicos, vai para relatórios infindáveis.”



Repórter, Anselmo Crespo: “Ou seja, o dinheiro não está a chegar a quem precisa?”



Ramos-Horta: “Exacto. Não está a chegar a quem precisa.”



Mário Alkatiri: “Se é o próprio Orçamento de Estado que não está a chegar onde devia chegar, muito menos os apoios que vêm de fora.”



Repórter, Anselmo Crespo: “Então onde é que fica esse dinheiro?”



Mário Alkatiri: “Naturalmente que isso, há dinheiro que desaparece, o próprio Governo diz que está a investigar para saber para onde é que foram 2 milhões de dólares que vieram da Coreia, outros tantos que vieram de outro sítio, não sabem para onde é que o dinheiro vai e portanto eu que estou fora do Governo muito menos posso saber” (risos de Mari)



Mário Alkatiri é o principal rosto da oposição, o líder da Fretilin e o primeiro Chefe do Governo de Timor responsabiliza Xanana Gusmão pelo atraso do país. Acusa-o de ser responsável moral pela violência em 2006 e fala de um Governo onde a corrupção é Lei.


Mário Alkatiri: “Eu vejo corrupção, tendo em consideração sinais exteriores de riqueza. Pessoas que não tinham nada antes de serem, antes deste Governo tomaram posse, antes de ser membros deste Governo e agora são pessoas que fazem a vida de uma abastança que o salário só não justifica. Portanto, em qualquer parte do mundo quando há sinais exteriores de riqueza como este, isso, compete ao Governo em primeiro lugar mandar investigar.”



Essa é uma das tarefas atribuídas a Mário Carrascalão. O Vice Primeiro Ministro decidiu começar pela Presidência da República e pelo próprio Governo, no espaço de um ano foram abertos 10 processos e nem um chegou ainda a julgamento.



Mário Carrascalão: “Com 20% do Orçamento Nacional dasaparece quer dizer, portanto, em actos de corrupção e não sei bem, conhecido ainda bem, cientificamente qual é a natureza, qual a quantidade e qual o nível preciso que já atingi, de prejuízo ao nosso processo de desenvolvimento mas sabemos sem dúvida nenhuma que ela existe, que ela precisa de ser combatida.”



A fragilidade das instituições, os discursos políticos inflamados e o desenvolvimento que tarda em chegar criam uma ameaça constante sobre o país. O Governo é formado por cinco partidos que trocam acusações entre si e todos os dias ameaçam com eleições antecipadas.


Mário Alkatiri: “Andam todos aí realmente a manter-se, por se manter só. Mas como Governo, como um colectivo, como uma instituição já não funciona. Há uma crise institucional no Governo.”



Repórter, Anselmo Crespo: “Há uma paz pôdre.”



Mário Alkatiri: “Completamente pôdre, sim.”



Xanana Gusmão: “Cair só eu é que posso fazer cair, se me demito. Se eu conseguir levar este Governo até ao fim do mandato já o povo pode estar à vontade de gritar a qualquer coligação que venha, que vier, com dois com três, se com cinco se conseguiu aguentar cinco anos, por interesses deste povo, por favor, por favor entendam-se!”



Homem de fé, Dom Basílio do Nascimento já acredita pouco nos políticos timorenses, o Bispo de Baucau sente todos os dias a insatisfação crescente de um povo farto de esperar e receia que mais dia menos dia o rastilho se acenda.



Dom Basílio do Nascimento: “ Há um drama para mim, há um drama, uma bomba se quisermos, uma bomba ao retardador, ochalá não rebente, não nunca mas como possibilidade é de admitir. Temos neste momento só em Dili temos dezanove universidades. Vamos a supôr que cada universidade forma vinte pessoas, são trezentos e tal diplomados que saiem cada ano. Para onde é que vai esta gente toda?”



Mário Alkatiri: “Se não se resolver o problema do emprego, naturalmente que mais cedo ou mais tarde isso rebenta, implode.”



Timor é um país quase em estado virgem que guarda uma riqueza incalculável. Do turismo à indústria, das pescas à agricultura entre minérios, madeiras precisosas, gaz e petróleo está quase tudo por explorar. Os interessados fazem fila entre amigos e ex-inimigos estão os suspeitos do costume. Os Estados Unidos, Indonésia e Austrália foram os primeiros a chegar e já se instalaram. A colonização dos tempos modernos já não se faz pela força das armas mas pelo poder do dinheiro.


Repórter, Anselmo Crespo: “Tem algum receio que Timor, o novo tipo de colonização se faça hoje em dia pelo lado económico?”



Xanana Gusmão: “Já existe. Já existe e estamos a tentar sair disso.”



Ramos Horta: “Há grandes interesses a quererem que nós, Timor-Leste, investamos o fundo de petróleo nos seus bancos. Por exemplo, nessas últimas semanas temos tido contactos intensos por parte da Grazpron da Rússia; da Societée General da França; BNP Banco Nacional de Paris, todos eles me contactaram directamente.



Xanana Gusmão: “Ao que nos oferecer melhores condições, é bem-vindo. Agora o problema é “business”. Faz bem, com pouco ou menos dinheiro? És bem-vindo. Agora o problema é “business thinging” não é a amizade, já acabou.



Repórter, Anselmo Crespo: “O coração não fala.”



Xanana: “O coração não pode falar.”



A carapuça serve na perfeição a Portugal, o país que durante anos levantou ao mundo a bandeira de Timor deixou-se ficar literalmente para trás. O investimento português por aqui resume-se a três grandes empresas: a Caixa Geral de Depósitos através do BNU; a Portugal Telecom com a Timor Telecom e a construtora Ensul, a única grande empresa portuguesa totalmente privada. A Delta já abandonou o país e há muito tempo que não chega ninguém de novo.


Mário Carrascalão: “Nós sentimos que os portugueses ainda não se sentiram suficientemente encorajados para virem para Timor.”



Mário Alkatiri: “Não tem sido fácil realmente uma empresa chegar aqui e conseguir afirmar-se porque sabe que as propostas, os custos das empresas asiáticas são sempre muito mais baixas.”



Ramos-Horta: “A nossa burocracia é das mais precárias e ineficientes do mundo. Temos um condão extraordinário para inventar leis e regulamentos.”



Talvez a burocracia mas a dos portugueses neste caso ajude a explicar este terreno vazio. Foi oferecido ao Governo português para aqui ser construída a nova embaixada de Portugal. Já lá vão dez anos e Portugal parece ter-se esquecido que tem este terreno, na avenida principal de Dili, ao lado do Palácio do Governo, mesmo em frente ao mar.


Não foram exemplos destes que levaram a Ensul a investir em Timor há dez anos, a construtora portuguesa encontrou recentemente uma nova área de negócio. Em Dili e em Baucau, abriu dois supermercados com produtos exclusivamente portugueses.



Hugo Ferreira - Páteo: “Existia a necessidade de termos algo mais do que unicamente o negócio, a nossa actividade principal, a construção. Dessa forma surgiu a hipótese de trazermos vinhos e a partir daí foi alargando para diversas gamas, até às últimas que recebmos, de cereais, os enchidos, o queijo, presuntos, charcutaria.”



A concorrência é feroz, os supermercados tipicamente timorenses têm muito pouco de Timor, vendem-se produtos vindos de todo o mundo. Os frangos, por exemplo, vêm do Brasil. A fruta e os legumes também atravessam o oceano para cá chegar e a custo lá encontramos alguns produtos nacionais.


Reporter: “Isto vem de onde?”



Lojista: “Timor”



Reporter: “E mais? O que é que tem aqui mais?”



Lojista: “Este, este de Timor, este da Austrália, Austrália, Timor, Austrália, Austrália, Austrália, Timor. Tudo Singapura.” (referindo-se a um expositor apenas com produtos de Singapura)



Reporter, Anselmo Crespo: “Isto é tudo de Singapura?”



Lojista: “Sim”




Portugal também está nas prateleiras dos supermercados timorenses. Exporta bebidas, alguns livros de português e pouco mais. Pode não parecer mas o português é mesmo uma das línguas oficiais em Timor.


Além do português, o tétum é a outra língua oficial e a mais usada em Timor. Na verdade o tétum não é ainda bem uma língua, é mais um dialecto em formação que absorve muitas palavras do português e do bahasa indonésio. Em Timor não há duas pessoas a falar tétum da mesma maneira mas também há muito poucas a falar português.


Brígida da Costa começou a ensinar a língua de Camões há trinta e cinco anos mas foi forçada a interromper durante o periodo de ocupação indonésia. Vinte e quatro anos que puniram com pena de morte os que fossem apanhados a falar português. A independência levou-a de volta à sala de aula mas para a nova geração de timorenses, Portugal é uma realidade distante e quase desconhecida.



Brígida da Costa: “Para mim eu acho um pouco difícil porque os alunos falam a língua materna, por isso a lingua portuguesa só aplica na sala de aula, é por isso que para eles é um pouco difícil.”





Bastam dois dedos de conversa com uma turma do sexto ano para sentir essas dificuldades.


Repórter, Anselmo Crespo: “Como é que tu te chamas?”



Chamo-me Elisabete Maria Correia”



Repórter, Anselmo Crespo: “Quantos anos tu tens?”


Dez anos”




Repórter, Anselmo Crespo: “Tu já falas muito português?”


Não”



Repórter, Anselmo Crespo para outra aluna: “Tu em casa falas que língua?”





Não, fala o tétum”





Repórter, Anselmo Crespo: “E no intervalo?”


Falo tétum... Dentro da escola falo português.”



Brígida da Costa: “No intervalo, no recreio falam língua materna, a língua tétum.”



Repórter, Anselmo Crespo: “Chegam a casa e falam em que língua?”



Brígida da Costa: “Chegam a casa e também continuam a falar tétum.”



Repórter, Anselmo Crespo: “Quando ligam a televisão vêem a televisão de onde?”



Brígida da Costa: “Eles vêem a televisão da Indonésia, por isso eles falam mais a língua indonésia.”



A Escola Portuguesa de Dili onde só entram crianças de famílias abastadas e influentes, é a excepção num país onde o português é encarado como uma língua difícil de aprender e com muita gramática.



Filipe Silva: “Não é fácil obviamente reintroduzir uma língua em pouco tempo, portanto, isto é um projecto que terá os seus resultados e eu acredito que os resultados mais visiveis, na nova geração ou seja nas crianças que agora vão aprendendo em português ou já vão aprendo em português e que, quando chegarem à universidade poderão de algum modo ser escolarizadas totalmente em língua portuguesa e aí sim, penso que será mais visíveis os resultados da acção que estamos neste momento a ter no terreno.”



Tem que falar a li depois com aquela professora, professora Ana. Ela regista o nome e vamos ver se houber lugar ainda podemos pensar em pô-lo aqui, tá bem? Se não houver tem que esperar para a próxima...”



Filipe Silva é o Coordenador do Projecto da Consolidação da Língua Portuguesa em Timor, um nome pomposo que pode enganar os mais desatentos, é que uma língua que praticamente não é falada dificilmente pode ser consolidada.



Filipe Silva: “Ainda não há um chamariz para que o português seja efectivamente, digamos, para além de estar como língua oficial na Constituição seja efectivamente um factor, por exemplo, de arranjar emprego, de dar melhores condições de vida e efectivamente o Estado timorense, na minha prespectiva terá que gradualmente fazer da língua oficial também a língua dos serviçoes públicos, do funcionalismo público para que ela efectivamente se torne oficial.”



É ingrata a missão dos 120 professores que vieram de Portugal. O objectivo agora é formar professores timorenses para que sejam eles a ensinar português aos alunos e não faltam candidatos num país que tem uma taxa de desemprego de elevada.


Quem ensina usa toda a criatividade disponível mas é fora dos muros das escolas que ela é mais necessária para não deixar morrer o português em Timor.


Filipe Silva: “Se nota que efectivamente há um interesse de querer de algum modo fazer com que o português não se desenvolva e isso nota-se perfeitamente. Há N de jornais, por exemplo como o caso da comunicação social que de algum modo têm financiamento de outros países, o que obviamente não ajuda em nada.”



A pressão para que o inglês se torne língua oficial em Timor, é cada vez maior e isso vê-se em pequenos pormenores, enquanto que dentro das salas de aula se ensina o português, cá fora militares americanos e australianos preparam a reconstrução da escola.


Dom Basílio do Nascimento: “Muito sorrateiramente fazem-se propostas de aprendizagem da língua, enfim há subsídios. Chamam-lhe pequenos subsídios mas se fossem para os meus bolsos eram bem significativos. Mas há.”



Repórter, Anselmo Crespo: “Está a falar sobretudo da Austrália?”



Dom Basílio do Nascimento: “Da Austrália, exacto.”



Em Timor já há até quem defenda que deve haver quatro línguas oficiais: o tétum, o português, o bahasa indonésio e o inglês. Uma ideia que para já não colhe entre os principais líderes políticos. Numa coisa todos parecem estar de acordo, o tétum precisa do português para sobreviver.


Ramos-Horta: “Tudo, daqui a vinte anos, quando o tétum estiver completamente modernizado, funcional como uma língua moderna, vai ver que é quase irreconhecível em relação à língua de hoje, do tétum. Vai ter muitos mais vocábulos português, passaria a ser quase um crioulo.”



Mário Alkatiri: “Tétum com o inglês, o tétum morre. Com bahasa indonésio o tétum passa a ser um crioulo. Só com o português o tétum poderá desenvolver-se.”



Xanana Gusmão: “Os professores que vierem têm que saber falar também, aprender a falar tétum para a comunicação ser mais fácil. Este é o grande problema.”



A escolha do português como língua oficial foi um acto de afirmação de Timor perante os vizinhos asiáticos, sobretudo os australianos e os indonésio mas a liberdade da escolha ainda não corresponde à independência pretendida. Se a língua faz parte da identidade de um povo, as dificuldades que o português encontra em Timor são a prova de que este país ainda não encontrou identidade própria. Na língua como em quase tudo o resto, Timor é um país ainda por cumprir e oito anos é muito pouco tempo para um povo que foi obrigado pela História a valorizar a noção mais básica da independência.”



Sofia Alda da Silva: “Independentes somos todos nós, seres humanos. Independente é ter roupa para vestir e poder andar... Vocês não percebem nada de independência.”



Já está o sol a cair, quero ir já embora.”



FIM



A entrevista pode ser vista aqui: http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Reportagem+SIC/2010/8/timor-um-pais-para-cumprir29-08-2010-2246.htm



Jornalista: Anselmo Crespo - Imagem: Rui do Ó - Edição: Ricardo Tenreiro - Grafismo: Carla Gonçalves - Produção: Isabel Mendonça - Coordenação: Cândida Pinto - Direcção de Informação: Alcides Vieira


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Dia das Gloriosas FALINTIL

>> 20100820



DISCURSO DE S.E.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
JOSÉ RAMOS-HORTA

NO 35º ANIVERSÁRIO DAS FALINTIL
Díli, 20 de Agosto de 2010



Senhor Presidente do Parlamento Nacional
Senhor Primeiro-Ministro
Senhor Presidente do Tribunal de Recurso
Senhor Ex-Presidente Xavier do Amaral
Senhor Ex-Presidente do Parlamento Nacional Francisco Lu-Olo
Senhor Ex-Primeiro Ministro Mari Alkatiri
Senhoras e senhores Deputados
Senhoras e senhores membros do Governo
Senhor Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas
Senhor Comandante-Geral da PNTL
Senhora Representante do Secretário-Geral das NU
Membros do Corpo Diplomático e Consular
Reverendíssimos Bispos
Veteranos das FALINTIL
Ilustres convidados
Excelências
Militares das FALINTIL-FDTL


Nicolau Lobato afirmou, várias vezes, que a nossa vitória era uma questão de tempo. Esta foi sempre a sua confiança profunda no futuro livre do nosso povo.

A história deu razão ao nosso irmão Nicolau, fundador e primeiro líder das Falintil.

Mas a vitória não foi só uma questão de tempo. A nossa vitória foi o resultado da visão de futuro e da capacidade da liderança. Da visão e capacidade de Nicolau e dos líderes que enriqueceram as lições do fundador e continuaram a luta.

Há 35 anos, a nossa terra e o nosso povo viviam momentos de grande perigo. O perigo nascia da instabilidade causada pela crispação e o confronto da guerra fria entre a ex-União Soviética e os Estados Unidos e dos seus efeitos na nossa região. Mas o perigo foi agravado pela divisão entre nós, timorenses.

As Falintil foram criadas para defender o povo. A vida provou que a criação das Falintil foi uma decisão acertada que mostrou grande visão da liderança para alcançar um futuro independente para a nossa Nação.

Foi uma decisão que revelou coragem. E revelou capacidade de decidir bem, num momento muito difícil da nossa história. Na pessoa do nosso irmão Mari Alkatiri, único fundador vivo aqui presente das Falintil, eu honro todos os que tornaram realidade a decisão da liderança e lançaram as Falintil.

Em 1979/1980 e nos anos seguintes, o nosso irmão Xanana Gusmão restaurou as Falintil, quando a resistência corria o risco de desaparecer. A sua inteligência e a sua vontade deram um rumo às Falintil. Quando tudo parecia perdido, Xanana acreditou. A força da sua vontade ajudou os homens e mulheres da resistência a acreditarem também. Na verdade, a nossa vitória foi uma questão de tempo.

Xanana compreendeu que, para a resistência sobreviver, além de reorganizar as Falintil ele tinha de reorganizar a própria forma de resistir. Ele decidiu criar uma nova frente – a frente clandestina – para apoiar a frente militar e a frente diplomática.

Com Xanana, a resistência soube construir a unidade do povo, para além dos partidos. Este combate novo, em três frentes, criou problemas graves aos ocupantes.

A estratégia do nosso irmão mais velho revelou-se a chave para a vitória final. Mas a frente militar, as Falintil, continuaram a ser o centro estratégico da resistência: se não houvesse frente militar, as frentes clandestina e diplomática não teriam a mesma força, nem o mesmo peso.

O nosso irmão Taur Matan Ruak tomou o comando das Falintil e desenvolveu o trabalho de Xanana.

Alguns pensavam que a resistência não recuperava da prisão do nosso líder. Mas a vontade do irmão Taur e a fé e coragem das Falintil não desistiram. Os nossos militares mantiveram a confiança do povo e continuaram a luta – até vencermos.

A boa liderança foi importante mas não foi suficiente.
O êxito das Falintil deve-se também à dedicação e espírito de sacrifício de milhares de militares, ao longo dos 35 anos da sua história. Deve-se aos grandes comandantes e aos humildes soldados.

Deve-se a muitos que faleceram em combate ou com doenças contraídas no campo de batalha, como se deve também a outros, que sobreviveram e estão aqui.
Deve-se a militares como Lere, Falur, Aluk, Trix, Bukar, Sabika, Ular, Daitula e tantos outros.

Como vosso Comandante Supremo, expresso a minha homenagem e o meu respeito por todos os militares das FALINTIL, pelos que deram a vida pela libertação e pelos que estão aqui e vestem orgulhosamente a farda das F-FDTL.

Todos foram importantes para a nossa vitória. Curvo-me humildemente perante a contribuição dos veteranos das Falintil e perante o sacrifício dos mártires. Saúdo as famílias dos militares, veteranos e mártires que hoje nos acompanham, nesta cerimónia e em todos os distritos do país.

Depois da libertação, Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak dirigem a transformação das Falintil numa força de defesa moderna. O general Taur é um dos raros líderes guerrilheiros no mundo que preside à transformação de uma força de guerrilha num exército regular, profissional, moderno.

Mas o processo de transformação tem o consenso da Nação. O seu planeamento foi iniciado por decisão do ex-Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, sob tutela do ex-Ministro da Defesa Roque Rodrigues. Foi também apoiado por mim próprio, como Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa do II Governo Constitucional.


Militares das F-FDTL

Da mesma maneira que as Falintil, as F-FDTL existem para defender o povo e o país. Mas para terem êxito nas novas missões que o país vos pede, as F-FDTL têm de operar num ambiente de grande profissionalismo e exigência técnica.

As F-FDTL têm de se preparar para aprofundarem a sua contribuição para a estabilidade e a segurança da nossa região e para o reforço das boas relações do nosso Estado com os Estados da região.

As F-FDTL desenvolvem as suas missões num país livre, democrático e aberto ao mundo, enquanto as Falintil operavam num ambiente fechado e totalitário, que nos era imposto pela ditadura dos ocupantes. Mas em ambas as situações, a disciplina, o sentido de hierarquia, o sentimento de responsabilidade e o espírito de sacrifício são essenciais aos militares e são condição para estes merecerem a confiança do povo.

As prioridades das F-FDTL estão identificadas no Caderno de Orientações Estratégicas Força 20/20. As missões ligadas à Segurança Marítima são uma das prioridades nacionais, quer na fiscalização das nossas fronteiras, quer na nossa cooperação com os vizinhos para a segurança regional. Por isso, erguer e reforçar a componente naval têm um importante investimento do Estado, sempre dependente da necessidade de utilização equilibrada dos recursos do país.

O apoio desinteressado de Portugal foi fundamental para a constituição da componente naval, desde o seu início, e o seu apoio às operações de recrutamento e à formação do corpo de oficiais das F-FDTL contribui positivamente para desenvolver e modernizar as nossas forças.

O objectivo de construir e aprofundar relações de confiança com os países vizinhos tem tido resultados positivos. O recente exercício militar naval realizado com em conjunto com as marinhas norte-americana e australiana é um exemplo positivo do contributo das F-FDTL para o esforço nacional de integração regional e boa vizinhança.

Ainda quanto à Segurança das fronteiras, as F-FDTL vão continuar a melhorar os seus meios operacionais e logísticos no âmbito da fronteira terrestre, numa perspectiva complementar em relação à função da nossa polícia nacional.

As F-FDTL devem investir na sua capacidade técnica na área da engenharia. O enriquecimento das competências militares nesta área será um contributo importante para missões civis do Estado, seja no apoio a projectos de desenvolvimento, seja em missões de emergência de protecção civil, socorro ou apoio humanitário.

Também deve ser dada prioridade às competências para participação das F-FDTL em operações de apoio à Paz – a nível regional e internacional. As nossas forças devem participar de forma positiva na projecção pacífica do Estado, contribuindo para a estabilidade e a paz.

Para desempenhar as missões que o país espera das Falintil-FDTL, o Estado terá de continuar a investir fortemente na formação dos nossos militares.

Após a libertação, as Falintil-FDTL têm sido um grande exemplo de subordinação ao poder político democraticamente eleito e de respeito da Constituição da nossa República. Sob a direcção do poder político, o comando das F-FDTL e os seus militares têm dado contributos positivos, em vários momentos, para a paz e a estabilidade da sociedade.

O apartidarismo, a subordinação ao poder civil e o contributo para a estabilidade do país reforçam o respeito e a confiança que o povo se habituou a ter nos militares das F-FDTL.

Estou convencido de que o nosso governo e todo o Estado continuarão a empenhar-se em aprofundar a formação dos nossos militares porque é da qualidade das mulheres e homens fardados que depende o serviço que prestam ao nosso povo.

Militares em parada: vocês são herdeiros de um passado de que podem sentir orgulho. Como vosso comandante supremo peço a todos trabalho, dedicação e sacrifício para continuarem o trabalho iniciado pelos mais velhos e merecerem o respeito e admiração do povo.

Vivam as Falintil-FDTL!
Viva Timor-Leste!

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Militares em formação nas Filipinas com vista à criação de força aérea


As Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), que comemoram o seu dia nacional sexta-feira, vão enviar militares para formação nas Filipinas, com vista à criação de uma componente aérea, revelou o Chefe do Estado Maior, brigadeiro-general Taur Matan Ruak.

"Vamos enviar para universidades filipinas os primeiros candidatos à formação como pilotos, engenheiros mecânicos, engenheiros electrónicos e electromecânicos", disse o líder das F-FDTL.

De acordo com Taur Matan Ruak, os militares deverão partir para as Filipinas "ainda este mês ou no início do próximo".

A estada dos formandos nas Filipinas está a ser negociada através do Ministério da Educação de Timor-Leste, no sentido de poderem beneficiar de bolsas de estudo à semelhança de outros estudantes timorenses no exterior.

"Pelas características do nosso país, naturalmente que a força aérea é uma área que nos interessa desenvolver, mas prioritariamente temos de começar a investir em recursos humanos, porque é uma área altamente especializada", disse o brigadeiro-general.

Questionado sobre uma possível negociação com a empresa brasileira Embraer para a compra de aviões militares, atendendo a que as F-FDTL não possuem actualmente qualquer aeronave, Taur Matan Ruak esclareceu que existem contactos do Ministério da Defesa com o Brasil, mas que se destinam à realização de estudos sobre a possível criação da componente aérea.

"O Ministério da Defesa fez formalmente um pedido ao Brasil para nos ajudar a fazer o levantamento das necessidades, dos custos, que fases é que teremos de cumprir, as vantagens e desvantagens das diferentes soluções. Tudo isso carece de um estudo aprofundado", comentou.

As autoridades de Timor-Leste elaboraram um plano estratégico de desenvolvimento das suas forças armadas, tendo como horizonte o ano de 2020, tornado público em 2007, que se distanciou do relatório "King's College", elaborado em 2000, ainda durante a gestão transitória do território pelas Nações Unidas. Esse documento não previa componentes naval e aérea, considerando essas vertentes irrealistas e inadequadas.

Os EUA e a Austrália também criticaram o plano, considerando-o inacessível face aos escassos recursos financeiros de que o país dispunha na altura e excessivo para as necessidades de defesa de Timor-Leste.

Apesar das críticas, as F-FDTL avançaram com a componente naval após a oferta de dois barcos patrulha da classe Albatroz, por Portugal, que foi recentemente reforçada com dois navios da classe Xangai encomendados à República Popular da China, incluindo no contrato a formação das tripulações.

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Execrável!

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Primeiro Encontro sobre as Línguas Nacionais de Timor-Leste / Enkontru Dahuluk kona-ba Dalen Nasionál Timor-Leste

>> 20100813

DECLARAÇÃO FINAL DA CONFERÊNCIA

“Primeiro Encontro sobre as Línguas Nacionais de Timor-Leste”

5-6 Agosto, 2010




Os participantes nesta Conferência:

1) Reconhecem o papel único que as línguas locais ou línguas maternas desempenham na definição da identidade e cultura dos leste-timorenses.

2) Afirmam o seu compromisso e vontade de ajudar o Governo e o Estado de Timor-Leste a respeitar as suas obrigações constitucionais de valorizar e desenvolver as línguas nacionais de Timor-Leste, através de:

a) Estabelecimento de Conselhos para a Promoção das Línguas Maternas para cada língua local, que funcionarão como guias e centros de informação para todas as pessoas que se interessem por cada uma destas línguas maternas;

b) Colaboração contínua com o Instituto Nacional de Linguística (INL) e outras autoridades relevantes para o desenvolvimento de materiais, incluindo dicionários, perfis linguísticos, material para alfabetização e documentação audiovisual/escrita das nossas línguas.

3) Apelam ao Governo de Timor-Leste que seja generoso e aumente adequadamente o seu apoio financeiro ao INL enquanto instituição responsável pela protecção e desenvolvimento das línguas de Timor-Leste, incluindo o desenvolvimento de ortografias padronizadas que possam também ser aplicadas para as restantes línguas maternas.

4) Pedem ao Governo de Timor-Leste que considere seriamente o papel das línguas maternas no nosso sistema educativo, principalmente na fase inicial do ensino básico, tendo em atenção os resultados obtidos pela experiência e as boas práticas internacionais que mostram que a língua materna é melhor para ajudar as crianças a desenvolverem as suas competências básicas de literacia.

5) Pedem ao Governo que crie um pacote para o desenvolvimento das línguas nacionais, incluindo um orçamento para a capacitação de recursos humanos.
6 de Agosto de 2010

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DEKLARASAUN KONFERÉNSIA
“Enkontru Dahuluk kona-ba Dalen Nasionál Timor-Leste”

5-6 Agostu, 2010


Partisipante iha Konferénsia ida-ne’e:

1) Rekoñese lian lokál ka lia-inan Timor-Leste nian iha pozisaun úniku atu define Timoroan sira-nia identidade no kultura.

2) Iha kompromisu ka hakarak boot atu tulun Governu no Estadu Timor-Leste hodi respeita obrigasaun ne’ebé define iha Konstituisaun hodi valoriza no dezenvolve Timor-Leste nia lian nasionál sira liuhosi:

a) Estabelese Konsellu ba Promosaun Lian Inan ida ba lian lokál ida-idak hodi sai matadalan no sentru informasaun ba ema hotu-hotu ne’ebé iha interese ba Lian Inan ida-idak;

b) Servisu hamutuk ho Institutu Nasionál Linguístika (INL) no autoridade relevante sira seluk atu dezenvolve materiál sira, inklui disionáriu, perfíl linguístiku, materiál atu dezenvolve literasia no dokumentasaun audiovizuál no hakerek ba ita-nia lian sira.

3) Husu ba Governu Timor-Leste atu, ho vontade di’ak, aumenta ninia apoiu finanseiru natoon ba INL nu’udar instituisaun ne’ebé simu knaar hodi proteje no dezenvolve Timor-Leste nia lian sira, inklui mós dezenvolve ortografia padronizada ne’ebé bele aplika ba lia-inan sira seluk.

4) Husu ba Governu Timor-Leste atu tau matan maka’as ba papél lia-nasionál iha ita-nia nasaun nia sistema edukasaun, liuliu iha fase inisiál ensinu báziku. Konsidera mós rezultadu ne’ebé mosu husi esperiénsia no prátika di’ak iha rai li’ur sira ne’ebé hatudu katak lia-inan maka di’ak liu atu ajuda labarik sira atu dezenvolve nia kapasidade bázika atu lee no hakerek ho di’ak.

5) Husu ba Governu atu kria pakote ba dezenvolvimentu dalen nasionál sira, inklui orsamentu ba kapasitasaun rekursu umanu.

6 Agostu, 2010

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... o teto? A coisa está bonita, está ...

>> 20100812

Além disso, ela pretende realizar atividades com a comunidade timorense, que tem como língua materna o teto.

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