Mostrar mensagens com a etiqueta Woodside. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Woodside. Mostrar todas as mensagens

Timor-Leste exige a distribuição equitativa dos benefícios (Mar de Timor, “Greater Sunrise”)

>> 20100601


COMUNICADO  DE  IMPRENSA

Secretário de Estado do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste
Ágio Pereira

31 de Maio de 2010
Díli, Timor-Leste

Declaração do Secretário de Estado do Conselho de Ministros Timor-Leste exige a distribuição equitativa dos benefícios (Mar de Timor, “Greater Sunrise”)

O Governo de Timor-Leste reafirma que um gasoduto entre o Greater Sunrise e Timor-Leste é agora o único caminho que se apresenta à transformação destes recursos soberanos em moeda, atendendo a que a Austrália já vem beneficiando do gasoduto Bayu-Undan. A distribuição equitativa dos benefícios entre os dois países, Austrália e Timor-Leste, e respectivos povos, é um imperativo incontornável num desenvolvimento conjunto.

A Woodside e os seus parceiros de consórcio só podem participar, “assistindo”, na “implementação” pelos dois países da sua política para o Mar de Timor, quando e se, na qualidade de operadores privados, entenderem, aceitarem e se subordinarem, de forma inequívoca e incondicional, aos princípios fundamentais que informam os tratados em vigor.

A actividade extractiva autorizada no Mar de Timor, bem como o processamento do petróleo ou do gás integrado a montante, servirão para promover o investimento de longo-prazo nos territórios de Timor-Leste e Austrália, e definitivamente, não apenas e exclusivamente no da Austrália. A decisão sobre a forma como poderão ser integrados os diferentes direitos ou interesses autorizados (por via de contrato ou licença), relacionados a montante com os recursos soberanos que no Mar de Timor são partilhados pelos dois povos, é uma decisão soberana, não é uma decisão comercial.

É parte inalienável da autoridade do Governo, de acordo com as leis em vigor e em nome do povo que representa (legitimidade democrática), decidir que direitos sobre o domínio público possam em concreto ser constituidos, “autorizados”, e de forma consistente com o título que lhes dê base, decidir depois que “desenvolvimentos” podem em conformidade avançar.

Os acordos internacionais do Mar de Timor não privatizaram o mar e o património comuns, o que significa que o Mar de Timor não foi, nem nunca será, gerido pelos privados.

A comunidade internacional e os timorenses devem estar plenamente cientes dos enormes benefícios económicos, que em terra, podem advir do desenvolvimento destes recursos petrolíferos. Eles estão delineados de forma muito clara num relatório produzido em 2002, conduzido pela firma de consultoria ACIL para o Governo do Território do Norte da Austrália, intitulado, “Opções de Desenvolvimento para o Gás no Mar de Timor: Implicações para a Austrália”.

Este relatório apresentava dois cenários:

1. Cenário A: gasoduto entre o Bayu-Undan e Darwin e plataforma flutuante de processamento de gás natural dedicada ao Greater Sunrise;

2. Cenário B: gasoduto entre o Bayu-Undan e Darwin, e um outro duto, entre o Greater Sunrise e a mesma cidade Australiana.

Não foi incluída ou avaliada a alternativa que constituiria um gasoduto para Timor-Leste.

Em relação aos Cenários “A” e “B”, o “Centro de Economia Internacional” (CEI) estimou os benefícios económicos gerados nas economias do Território do Norte da Austrália e da Austrália no seu todo pelas actividades petrolíferas desenvolvidas pelos segmentos do upstream e do downstream. O CEI identificou, em cada uma dessas economias, (60) sessenta sectores de produção que seriam tocados por esses benefícios, incluindo, claro, a produção de petróleo e de gás, a produção de metanol, a indústria dos alumínios, a actividade de transporte/distribuição de gás, a produção de electricidade, além de diversas outras indústrias; incluindo a provisão de outras contribuições de capital para a produção geral de bens e serviços.

O modelo macroeconómico utilizado foi assumidamente “conservador” nas suas premissas – o que é hoje uma verdade indesmentível em face dos benefícios económicos que o Bayu-Undan já produziu no território Australiano. Além disso, o relatório também auto-exclui os projectos identificados pelo seu início posterior ao ano de 2012, tais como o da produção de petroquímicos e o de amónia/ureia.

A produção de hélio, expressão mais recente do potencial económico que vai agregado ao trazer o gás para terra, também não foi considerada.

O impacto económico anual, conforme estimado no relatório, era então o seguinte:

Cenário A: gasoduto entre o Bayu-Undan e Darwin, e plataforma flutuante de processamento de gás natural dedicada ao Greater Sunrise (anual)

1. Um crescimento local da ordem dos 35% no “Produto Bruto” do Território do Norte da Austrália (TN), e a nível federal, de três mil milhões de dólares no Produto Interno Bruto (PIB), isto é, em toda a Austrália;

2. Um aumento do investimento real na economia do Território do Norte correspondente a 48 milhões de dólares;

3. Exportações líquidas a partir do Território superiores a 2.700 milhões;

4. Criação de 3264 novos empregos (permanentes) no Território e quase o dobro em toda a Austrália;

5. Um aumento nas receitas federais superior a 110 milhões de dólares.

Cenário B: gasoduto entre o Bayu-Undan e Darwin, e um outro duto entre o Greater Sunrise e a mesma cidade Australiana (anual)

1. Um aumento de 45% no “Produto Bruto do Território do Norte da Austrália”, e um aumento de (4) quatro mil milhões de dólares no PIB federal;

2. Um aumento do investimento real na economia do Território de 82 milhões de dólares;

3. Exportações líquidas a partir do Território superiores a 3.300 milhões de dólares;

4. Criação de 5156 novos empregos (permanentes) no Território e quase o dobro em toda a Austrália;

5. Um aumento nas receitas federais superior a 210 milhões de dólares.

Estes valores não incluem quaisquer benefícios económicos para Timor-Leste.

Os estudos independentes demonstram de forma clara que um gasoduto é muito mais vantajoso para os proprietários dos recursos soberanos do que uma plataforma flutuante (no mar) de processamento de gás natural em gás liquefeito, e que os benefícios económicos para Timor-Leste (a juzante da extracção), unicamente possíveis através da construção de um gasoduto entre o Greater Sunrise e o território (terrestre) de Timor-Leste, têm o poder de transformar esta nação.

De igual modo, o [Relatório 49] Austrália, sobre o “Tratado do Mar de Timor” - Comissão Permanente, Conjunta, para os Tratados (Novembro de 2002) - contém as seguintes declarações:

1. [4:15] A Woodside estimou as reservas existentes no Greater Sunrise em 8 biliões [pés cúbicos de gás];

2. [4:11] A Shell e a Woodside estão já a investir – 2002 - em tecnologia relacionada com unidades flutuantes de processamento de gás natural em gás liquido;

3. [4:31] Que Timor-Leste poderia “esperar” por ano, 100 milhões, do desenvolvimento do Greater Sunrise;

(* nota – Timor-Leste recebe actualmente 100 milhões de dólares americanos “por mês”, a partir da exploração do Bayu-Undan);

4. [4:25] Caso os participantes do Sunrise trouxessem o gás para solo Australiano, Peter Brain, do “Instituto Nacional de Investigação Económica e Industrial”, estimava que nesse caso os benefícios financeiros para a Austrália seriam da ordem dos 22 mil milhões de dólares, sendo criados cerca de 20.000 novos postos de trabalho.

Em 2010, a operadora Woodside, de forma súbita e sem explicação, reviu em baixa o valor das reservas do Greater Sunrise, passando dos 8 biliões de pés cúbicos de gás in situ (em 2002) para apenas cerca de 5 biliões, tornando assim o valor total das reservas compatível, “à justa”, com a capacidade máxima que uma plataforma flutuante de processamento de gás natural em gás liquefeito pode anualmente processar em termos ainda competitivos (de acordo com o que actualmente já é conhecido dos seus estudos de desenvolvimento).

De acordo com o estudo “Uma vitória para a implantação de plataformas flutuantes de processamento de gás natural em gás liquefeito?” (“Poten Partners”, Nova York e Reino Unido), as plataformas flutuantes de processamento de gás natural em gás liquefeito constituem uma nova opção para o desenvolvimento petrolífero, a ser usada, com o objectivo de serem evitados longos gasodutos, em locais (reservas offshore) distantes da costa ou de quaisquer infraestruturas de transporte; isto é, “reservas de gás isoladas, consideradas como demasiado remotas, ou noutros casos, demasiadamente pequenas, em que o desenvolvimento convencional em terra do Gás Natural Líquido seria demasiadamente difícil ou oneroso”, tudo desafios que explicariam custos e riscos adicionais associados ao seu desenvolvimento.

Todavia, o Greater Sunrise, uma reserva de classe mundial, não pode ser referida às condições anunciadas acima, que estão por detrás e justificam a necessidade de implementar plataformas flutuantes de processamento de gás natural em gás liquefeito, dado que dista apenas 150km da costa de Timor-Leste, e que a construção do gasoduto que a ligue (reserva) a Timor é uma tecnologia já sobejamente testada, e portanto, com menos riscos associados, comercialmente viável e assente num modelo económico mais transparente.

Os peritos advertem também para o facto de que as plataformas flutuantes de gás líquido serão no futuro, se alguma vez passarem a existir, a mais complexa operação de produção de petróleo (GNL) alguma vez tentada em alto mar, repleta de desconhecidos absolutos, que se reflectem depois no facto de essa tecnologia permanecer por enquanto ‘atolada num pântano de incerteza económica,’ dificilmente a opção “mais barata” que a Woodside sugere, considerando os seus riscos marítimos e a incerteza que a rodeia ou os substanciais desafios técnicos muitos dos quais por identificar.

Embora o relatório também enuncie outros riscos ‘substantivos’ - de natureza comercial, legal, ou ligados a aspectos da regulação administrativa - a localização no mar acarreta uma gama muito mais ampla de preocupações específicas, incluindo, legislação nacional, normas de Estado de bandeira, regras de classe de embarcação (ou de tipo de estrutura flutuante) e convenções internacionais. Todos estes aspectos têm de serem levados em conta antes de se poder considerar ou dizer que a plataforma flutuante de processamento de gás natural em GNL seja um conceito imediatamente viável.

Embora por enquanto considerado “opaco”, o “custo do capital” a aplicar numa plataforma flutuante de processamento de gás natural (também uma função dos riscos associados) impõe uma taxa mínima de 14% em ordem a ser devidamente recompensada a percepção de maior risco associado a uma nova tecnologia ainda por testar, sendo que um gasoduto convencional apenas requer 10,5%. Dado que a tecnologia é tão nova, concerteza outros investimentos seriam mais tarde necessários (e pagos) a partir das receitas do Greater Sunrise até os processos usados atingirem a sua fase de estabilidade.

Os custos a incorrer durante a fase de construção (desenvolvimento), e mais tarde, durante a fase operacional de uma plataforma flutuante de processamento de gás natural em gás líquido, à semelhança do que acontece com qualquer nova tecnologia, podem disparar e reduzir significativamente as receitas que Timor-Leste espera obter do Greater-Sunrise, não criando por outro lado em terra os benefícios e as indústrias essenciais ao desenvolvimento nacional de Timor-Leste.

Independentemente das considerações anteriores, mesmo antes de 2002, e desde então para cá, a opção relativa à plataforma flutuante de processamento de gás natural em gás líquido tem sido a prioridade das prioridades da Woodside e dos seus parceiros de consórcio: utilizar as reservas do Greater Sunrise como terreno de introdução e teste desta nova tecnologia, que embora ainda muito arriscada, tem no entanto a virtude, aos olhos dos privados, de ser “portátil”; isto é, pode ser re-utilizada noutro lugar uma vez esgotada certa reserva, aspecto económico que a torna mais apetecível aos operadores, mas que tem por outro lado o enorme senão de não “fixar” nenhum benefício de longoprazo junto do território nacional dos proprietários dos recursos, apesar de serem eles quem no final paga esses activos.

Uma verdade simples: a Woodside escolheu a melhor vantagem comercial para a Woodside e para os seus parceiros de consórcio. Timor-Leste, um país pobre e altamente dependente das suas receitas petrolíferas, mais do que qualquer outro, não pode responsavelmente aceitar - e não aceitará - tão elevado nível de incerteza e de risco.

Timor-Leste já afirmou de forma clara que não irá amortizar a nova tecnologia a partir dos seus recursos monetizados e para beneficio exclusivo futuro dos gigantes corporativos, ou contribuir para uma vantagem comercial que é também exclusivamente retida pelas mesmas companhias, ao mesmo tempo que são prejudicados os interesses nacionais dos proprietários dos recursos. Do mesmo modo, Timor-Leste, não irá reembolsar os custos de novas tecnologias que não criam nenhum dos benefícios que associamos às indústrias do downstream que são possiveis em terra, a que Timor-Leste, legitimamente, tem agora direito e tanto precisa.

O Secretário de Estado, Ágio Pereira, descreve a “venda” do conceito através dos meios de comunicação social como “inacreditável”. “Não faz qualquer sentido procurar vender a proposta da plataforma flutuante de processamento de gás natural em gás liquído como sendo aquela que de acordo com a ‘melhor prática da indústria’ maiores vantagens comerciais trará para Timor-Leste, sabendo-se que essa prática ainda nem sequer existe.”

Ágio Pereira confirmou que Timor-Leste não tem problemas em aguardar pelo momento em que finalmente os operadores privados sejam capazes, por si, de perceber o papel que podem cumprir debaixo do enquadramento dos tratados. O Secretário de Estado concluiu, afirmando, “A falta de profissionalismo e transparência, bem como as inúmeras tentativas de deturpar processos não serão aceites pelo nosso Governo nem tão pouco pelo nosso povo. Enquanto nação, os timorenses estão unidos numa visão clara que se traduz numa estratégia nacional que irá garantir ao nosso país o desenvolvimento sustentável e competitivo, para benefício também das gerações futuras.”

FIM


Para mais informações é favor contactar:
Ágio Pereira +670 723 0011
Correio electrónico:
agiopereira@cdm.gov.tl   ou  govtlmedia@gmail.com


Portal electrónico:
http://www.timor-leste.gov.tl/

Read more...

Xanana lembra à Austrália acordo brindado com Alatas durante a ocupação

>> 20100505


5-May-2010 - 19:35

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, lembrou hoje que a discussão sobre o gás do campo petrolífero Greater Sunrise só existe porque a Austrália brindou com a Indonésia a partilha das riquezas timorenses.

Xanana Gusmão, que hoje esteve em Vemasse, Baucau, a apresentar o "seu" Plano Estratégico de Desenvolvimento, disse que não aceita por isso a solução da Woodside para o campo de Sunrise, mas também porque não está disposto a continuar a ver os recursos das águas que, pela aplicação das 200 milhas marítimas à sua Zona Económica Exclusiva, seriam timorenses, a beneficiar sobretudo a Austrália.

"Foi para lá que foram as estruturas em terra do outro bloco, agora as que são para o Greater Sunrice têm de vir para Timor-Leste, até porque se encontra mais perto da costa timorense", defendeu.

Perante as diligências australianas, fez uma lembrança: o Greater Sunrise só tem discussão porque o Governo australiano assinou com a Indonésia, que ocupava então Timor-Leste, em 1989, a partilha das riquezas timorenses, brindando com Ali Alatas.

Recebido em Vemasse com “pompa e circunstância” à maneira tradicional, Xanana Gusmão ouviu do chefe de Suco (presidente de Junta) as carências e realizações locais, antes de começar a desfolhar o “seu” Plano.

Apesar de rouco, manteve-se durante várias horas a falar sobre o passado, o presente, e o futuro que tem planeado.

Lembrou a resistência dos timorenses para chegarem à independência de hoje e fez a comparação entre os países frágeis como Timor-Leste e países emergentes como o Japão e Singapura, ou a zona económica especial chinesa de Hong-Kong.

“O segredo para o conseguirem foi a aposta nas infra-estruturas”, disse.

Expôs detalhadamente os planos do governo que passam, principalmente, pelo petróleo e gás natural do Mar de Timor.

A construção de uma refinaria em Betamo, de uma plataforma logística no Suai, de uma fábrica para processar o gás natural em Basso.

Exibiu projecções e maquetes num “power-point” e explicou para que servirá cada uma das instalações previstas.

Anunciou grandes projectos de obras públicas, como a construção de um novo aeroporto e de um porto em Tibar, com três ponte-cais e uma zona industrial associada, sendo o actual porto transformado numa marina de recreio, além da construção de um porto pesqueiro em Laga ou Manatuto.

Não esqueceu a base rural da economia, apontando para a transformação da agricultura de subsistência numa agricultura de produção comercial, para abastecer as necessidades futuras.

Disse ainda contar com o desenvolvimento da indústria extrativa, nomeadamente de cobre, ouro, magnésio e mármores, para mudar a face do país, mas não escondeu que o “seu” Plano Estratégico de Desenvolvimento tem como principal motor a exploração do gás e petróleo do Mar de Timor.

Read more...

Governo timorense não aceita "agora ou no futuro" plataforma flutuante no Greater Sunrise

>> 20100429



O Governo de Timor-Leste reagiu hoje com um comunicado oficial ao anúncio da Woodside de uma plataforma flutuante para o gás do campo Greater Sunrise, no mar de Timor, avisando que não vai aceitar essa solução "agora ou no futuro".

Num comunicado divulgado pelo Conselho de Ministros, o porta-voz do Governo, Ágio Pereira, e o Secretário de Estado dos Recursos Naturais, Alfredo Pires, consideram que o conceito de plataforma flutuante para o Greater Sunrise "nem é dos melhores para os interesses do povo Timor-Leste, nem técnica e comercialmente".

O porta-voz do Governo e Secretário de Estado do Conselho de Ministros, Agio Pereira, reitera a posição do Governo: "A nação está firmemente empenhada em construir uma indústria do petróleo em terra, inclusive um gasoduto para Timor-Leste a partir do campo Greater Sunrise".

© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Read more...

Planos da Woodside não serão aprovados para o Greater Sunrise

>> 20100412

Fotografia © Uma Lulik Blogue / DR

Secretário de Estado do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste
Ágio Pereira
10 de Abril de 2010
Díli, Timor-Leste

Planos de desenvolvimento da Woodside não serão aprovados para o
Greater Sunrise

O Porta-voz do Governo de Timor-Leste, o Secretário de Estado Ágio Pereira, voltou hoje a confirmar a posição emitida pelo Governo de Xanana Gusmão a 13 de Janeiro de 2010 em como os planos propostos pela Woodside e pelos parceiros do consórcio relativos ao transporte de gás do campo do Greater Sunrise para Darwin ou para uma plataforma flutuante de GNL não serão aprovados.

Ágio Pereira afirmou que “todos os mecanismos para as negociações referentes à exploração do Mar de Timor foram estabelecidos, sendo que incluem reuniões de regulador para regulador da Comissão Conjunta e da Comissão do Sunrise, e sempre que necessário do Conselho Ministerial.

A Woodside não possui qualquer autoridade
unilateral sobre decisões relativas aos recursos de Timor-Leste. As asserções da Woodside nos meios de comunicação social são enganadoras para o público e para os seus accionistas.”

‘O país está fortemente empenhado em construir uma indústria petrolífera em terra, incluindo um gasoduto desde o Greater Sunrise até Timor-Leste. O país está igualmente empenhado em proteger os recursos de Timor-Leste em benefício de todas as gerações futuras.” FIM

Para mais informações é favor contactar:
Ágio Pereira +670 723 0011
Correio electrónico:
agiopereira@cdm.gov.tl
ou
govtlmedia@gmail.com
Portal electrónico:
http://timor-leste.gov.tl/

Read more...

Mari Alkatiri mal informado sobre Negociações do Mar de Timor

>> 20100211


COMUNICADO DE IMPRENSA

Secretário de Estado do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste
Ágio Pereira
11 de Fevereiro de 2010
Díli, Timor-Leste

Mari Alkatiri mal informado sobre Negociações do Mar de Timor; interferência
prejudicial ao interesse nacional




Relativamente às declarações de Mari Alkatiri à imprensa, parece que o Secretário-Geral da Fretilin está mal informado e que representou erroneamente a posição do Governo de Timor-Leste a respeito da situação actual das negociações do Mar de Timor.


Mais preocupante ainda, o Sr. Alkatiri parece não apoiar a estratégia nacional mais importante implementada pelo Governo de Xanana Gusmão, que visa assegurar uma indústria petrolífera dinâmica para Timor-Leste.


Alkatiri informou também erroneamente o público, ao afirmar que o Governo de Xanana Gusmão assinou um contrato com a Petronas para “substituir” a Woodside no projecto do Greater Sunrise.


Estas afirmações são incorrectas e enganadoras.


O Governo de Timor-Leste não assinou qualquer contrato com a Petronas para substituir a Woodside e os seus parceiros de consórcio. O Governo de Timor-Leste não atribuiu nem está em vias de atribuir direitos de exploração (a montante) relativos ao campo do Greater Sunrise, uma vez que estes continuam a pertencer legalmente à Woodside e aos seus parceiros de consórcio.


Não obstante isto, é igualmente importante salientar que o Governo de Timor-Leste não atribuiu quaisquer contratos a jusante relativos ao projecto do Greater Sunrise a qualquer empresa, incluindo a Woodside. O segmento a jusante irá incluir o contrato referente ao transporte (gasoduto) e ao processamento (central de GNL).


Todas as negociações conduzidas por representantes de Timor-Leste fizeram uso das informações mais actualizadas e detalhadas, permitindo aos negociadores abordarem devidamente as questões técnicas, comerciais e socioeconómicas respeitantes ao transporte para Timor-Leste do Gasoduto e da central de GNL. Os dados foram obtidos a partir de diversos estudos encomendados pelo Governo do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, incluindo um estudo batimétrico realizado com a cooperação de um Consórcio da Coreia do Sul e um estudo de viabilidade conjunto entre Timor-Leste e a Petronas.


Os resultados destes estudos demonstraram de forma convincente que, ao contrário do que achavam Alkatiri e outros, incluindo a Woodside, que no passado afirmaram que não era tecnicamente viável transportar o gasoduto para Timor-Leste, a construção de um gasoduto para Timor-Leste não só é viável como economicamente válida. Os estudos
encomendados pelo Governo de Xanana Gusmão demonstraram, por exemplo, que o gasoduto para Timor-Leste só precisará medir 200km, enquanto um gasoduto para Darwin precisaria medir 450km.


Foram estabelecidos todos os mecanismos referentes a negociações e discussão de questões relativas à exploração do Mar de Timor, incluindo o projecto do Greater Sunrise. Estes mecanismos incluem discussões entre Reguladores, reuniões das Comissões Conjunta e do Sunrise e, quando necessário, reuniões do Conselho Ministerial.


O Governo avançará agora com a negociação, através destes mecanismos, de planos de desenvolvimento para o Greater Sunrise. Esta política recolhe apoio unânime em Timor-Leste e faz parte da estratégia nacional ampla do Governo do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão para garantir benefícios económicos duradouros para Timor-Leste, por via de uma gestão prudente dos activos nacionais não renováveis (recursos minerais).


O Secretário de Estado do Conselho de Ministros confirma assim que o Governo de Timor- Leste não irá comprometer, seja de que forma for, o princípio de que quaisquer Planos de Desenvolvimento do Campo Greater Sunrise terão de beneficiar em primeiro lugar o desenvolvimento a longo prazo e sustentável do Povo de Timor-Leste.

FIM


Para mais informações é favor contactar:
Ágio Pereira
+670 723 0011
agiopereira@cdm.gov.tl




Read more...

  © Blogger template Simple n' Sweet by Ourblogtemplates.com 2009

Back to TOP