O Ministério da Educação realizou, nos passados dias 11 e 12 de Abril, a primeira conferência sobre a educação inclusiva, no salão do Centro João Paulo II, em Comoro, Díli, sob o tema “Realizar Educação para Todos”.
A conferência teve como objectivo alargar as perspectivas e conhecimentos dos participantes sobre a educação inclusiva, para assegurar um conhecimento comum sobre a mesma, e também para desenvolver uma política sobre este tema, em Timor-Leste.
O Ministro da Educação, João Câncio, afirmou que a conferência foi importante para estabelecer o fundamento da educação inclusiva em Timor-Leste uma vez que o artigo 59 da Constituição prevê que todos os cidadãos têm o mesmo direito à educação e à cultura. Para implementar o referido artigo, o Parlamento Nacional aprovou, em 2008, a Lei de Base da Educação Nº 14/2008 que serve como um fundamento para a educação inclusiva no nosso país. A lei prevê que todas as crianças de idade escolar 6 (seis) anos até aos 37 (trinta e sete) anos, e as populações que têm vontade de estudar, devem ter o mesmo acesso à educação desde os níveis básicos até aos níveis mais superiores.
O Presidente da República, que também participou na conferência, referiu no seu discurso que a educação inclusiva é uma prioridade nacional, por isso deve ser discriminada também no Orçamento Geral do Estado. Mesmo nos países já desenvolvidos, a educaçao é sempre a primeira prioridade. Um bom exemplo é Singapura onde, sendo um país desenvolvido, a educação, desde os níveis elementares até aos níveis mais avançados, continua a ser uma prioridade.
Participaram na conferência os directores nacionais e regionais, inspectores de 13 distritos, chefes dos departamentos nacionais e distritais, representates dos professores, da igreja e das ONGs, nacionais e internacionais. O Ministro da Educação, João Câncio Freitas, o Comissário Nacional dos Direitos das Crianças, Sra. Adalgisa Ximenes, o Consultor da Educação, Dr. Sheldon Shaefer, a Directora do Centro El, peritos da educação inclusiva da Austrália, Vientiane Capital, Lao PDR, o Sr. Frances Gentle e a Sra.Kristiyanti, Helen Keller Internacional, Indonésia, foram os oradores.
Foi uma espécie de Acção de Formação para os presentes. Uma espécie de aula ... Não sei que conclusões tiraram, provavelmente aquelas que já conhecemos a nível internacional no que diz respeito a estas políticas e filosofias. Para mim não foi possível ficar pois não me sei expressar em tetun nem entender os detalhes da língua.
ResponderEliminarÉ bom ver estas iniciativas mas não é simpático sentirmo-nos descriminados. Digo isto sem mágoa e com objectivo determinado i.e. contribuir para que Timor-Leste venha realmente a ter uma prática inclusiva.