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Governo AMP combate legado de pobreza herdado dos governos anteriores

foto arquivo ATC Online / DR / Reitoria da Universidade de Lisboa

Díli - Novembro 26, 2008

Relatório divulgado hoje mostra que a pobreza aumentou entre 2001 e 2007 em Timor-Leste

Governo AMP combate legado de pobreza herdado dos governos anteriores

A pobreza aumentou em Timor-Leste entre 2001 e 2007, segundo indica o relatório “Timor-Leste: Poverty in a Young Nation”, hoje divulgado em Díli conjuntamente pelo Banco Mundial e pelo Ministério das Finanças do IV Governo Constitucional. O relatório indica que cerca de metade da população timorense vive abaixo do limiar superior da pobreza e que um terço vive abaixo do limiar mínimo da pobreza, ou seja, em situação de pobreza extrema.

Só o próximo relatório poderá mostrar o impacto das medidas que o IV Governo Constitucional tem vindo a tomar na população de Timor-Leste, mas, de acordo com o Fundo Monetário Internacional, podemos dizer já que a economia de Timor-Leste se encontra actualmente em crescimento acelerado: depois de, em 2007, o crescimento se ter situado nos 8%, estima-se que o Produto Interno Bruto real (não petrolífero) cresça 10% em 2008. Isto demonstra que o trabalho desenvolvido pelo Governo AMP - que tomou posse em Agosto de 2007 - para reduzir a pobreza e melhorar as condições de vida de todos os timorenses está já a fazer a diferença e a conseguir resultados positivos para o futuro da nação.

O relatório sobre a pobreza em Timor-Leste (“Timor-Leste: Poverty in a Young Nation”), baseia-se nos dados do estudo (“Timor-Leste Survey of Living Standards (TLSLS) for 2007”, conduzido pela Direcção Nacional de Estatística, organismo ligado ao Ministério das Finanças, com o apoio do Banco Mundial, e concluído em Janeiro deste ano.

O trabalho de recolha de informação decorreu entre Janeiro de 2007 e Janeiro de 2008, tendo participado no inquérito 4477 famílias de todo o país. Juntamente com o primeiro estudo do género realizado em 2001, o “2007 TLSLS” proporciona uma excelente oportunidade para verificar a evolução registada nos últimos seis anos. É importante sublinhar que foi utilizada a mesma metodologia nos estudos realizados em 2001 e em 2007.

Os dados relativos à situação actual indicam que cerca de metade da população timorense vive abaixo do “limiar superior da pobreza” e que, se for considerado o “limiar mínimo da pobreza”, um terço da população vive abaixo desse limite, ou seja, numa situação de extrema pobreza.

Entretanto, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), nos últimos meses de 2007 a economia sofreu já um impulso positivo, acabando o crescimento por se situar nos 8% no ano transacto. Mas o grande salto é conseguido já este ano, uma vez que o FMI estima que o Produto Interno Bruto real (não petrolífero) cresça 10% em 2008.

A agricultura foi um dos sectores onde a produção aumentou bastante. No caso específico do café, as exportações nos primeiros nove meses de 2008 atingiram as 13,7 toneladas, duplicando os números registados nos anos precedentes.

Mas a maior fonte de crescimento, sustenta o IMF, foi o enorme aumento do dinheiro injectado na economia pelo Governo: nos cinco anos anteriores a execução orçamental totalizou 497 milhões de dólares norte-americanos; desde Agosto de 2007 até hoje a execução orçamental totaliza 477 milhões de dólares norte-americanos, sem contar com as obrigações.

Na cerimónia de lançamento do relatório, que decorreu hoje à tarde numa unidade hoteleira de Díli, a Ministra das Finanças, Emília Pires, sublinhou que “o aumento significativo da pobreza pode ser explicado pelo facto de ter havido um decréscimo na economia não sustentada no petróleo entre 2001 e 2007”, citando o próprio relatório para acrescentar que “o Rendimento Per Capita não petrolífero caiu 12%, apesar das receitas petrolíferas terem crescido continuamente, como resultado do aumento do preço do petróleo”.

Emília Pires adiantou que o relatório hoje divulgado “indica que o baixo crescimento económico entre 2001 e 2007 como a razão principal para o aumento da pobreza em todo o território nacional”.

Frisando que até ser produzido o próximo relatório não podemos ver que impacto têm as medidas tomadas pelo Governo AMP na população de Timor-Leste, a governante afirmou que, “com o aumento crescente e contínuo da injecção de dinheiro na economia desde 2007, o Produto Interno Bruto não petrolífero subiu exponencialmente, o que vai fazer com que o Rendimento Per Capita cresça e, desse modo, começar a reduzir os níveis de pobreza na popualação de todo o país”.

Apesar da conjuntura internacional ser negativa, a nossa economia deve continuar a crescer. Através da melhoria da execução orçamental, a despesa pública vai continuar a estimular a economia, o que será ainda acentuado pelo facto de ser dedicada ao investimento nas tão necessárias infraestruturas básicas”, afirmou Emília Pires.

A Ministra das Finanças sublinhou que “o Orçamento de 2009 vai prosseguir na mesma direcção. O orçamento total para 2009 será de 902 milhões de dólares norte-americanos, o que corresponde à soma dos 681 milhões de dólares norte-americanos do Orçamento do Estado e dos 221 milhões de dólares norte-americanos que se estima serão gastos pelos parceiros de desenvolvimento”.

A concluir, Emília Pires afirmou que “é através deste tipo de investimento na nossa população e nas infra-estruturas que esperamos que o próximo estudo possa mostrar que a pobreza começa a diminuir e que a vida do povo de Timor-Leste pode melhorar”.

FIM: COMUNICADO DE IMPRENSA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE IV GOVERNO CONSTITUCIONAL

2 comentários:

  1. onde se lê
    "atingiram as 13,7 toneladas", deverá ler-se "atingiram as 13,7 mil
    toneladas".

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  2. Só tenho pena de ter chegado atrasada ... De qualquer modo, foi um momento (várias horas de momentos!!!) especial.

    Peço desculpa pelo egoísmo mas sinto-me privilegiada por ter estado presente.

    abraço,
    M.

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